JOÃO PEDRO (maratona/2)
Flashback ainda ativado.
Quando peguei a informação, não perdi tempo e corri para minha casa. Eu me desenvolvi muito rápido para os meus 15 anos, pegava algumas armas do meu pai escondido para aprender a atirar e ia treinar em um terreno baldio que ficava atrás da minha casa.
Ainda sou muito ruim em luta corporal, vivo apanhando na rua por motivos que eu mesmo provoco, busco brigar pra aprender a me defender e devolver. Espero que um dia eu consiga bater essa meta.
(...)
Ao chegar em casa fui verificar se meu pai estava presente, ao me certificar que não, entrei em seu quarto e peguei sua glock, estava carregada mas mesmo assim peguei uma caixa de munição.
Meu pai é delegado, o homem mais amado pelo povo e odiado pelos bandidos. Ele não tem pena de ninguém, principalmente se esse alguém for envolvido no mundo do crime.
Ao sair do quarto do meu pai, fui para o meu e escondi sua arma na minha gaveta. Não iria ir hoje atrás do desgraçado, não sem antes vigiar o local. Eu sou fascinado por investigação, principalmente se ela for ao meu favor.
Quatro dias depois, em uma manhã ensolarada, arrumei minha mochila nas costas e montei na minha bicicleta, eu soava frio, mas não era de calor e sim de nervosismo. Eu tinha plena certeza do que queria, sabia que iria tirar uma vida, não estava me importando, só queria fazer justiça pela minha mãe. No meio do caminho eu fui abordado por dois carros pretos, me assustei mas não me intimidei, eu não sentia medo de nada, se aquela fosse a hora da minha morte que fosse.
Tirei a arma da minha cintura e a segurei em minhas mãos. A porta de um dos carros se abriu, e no mesmo instante eu destravei a glock. Não posso negar que senti um alívio ao ver o Fábio sair daquele carro. Fábio era policial e amigo do meu pai, o conheço desde pequeno.
— Está apontando uma arma pra mim?- perguntou ele, levantando suas mãos em sinal de rendição. Sorri, e abaixei a Glock.
— Colé Fábio.
— iai moleque, você cresceu hein.- ele veio até mim e bagunçou meu cabelo.
— Qual foi, queria que eu fosse criança pra sempre?
— Jamais, mas tu tá enorme, olha só pra isso.- dei risada da cara do mesmo.
— Cadê a tia Kátia?
— Cuidando das crianças, hoje é aniversário de 11 anos da Katy, vamos pra lá.
— Mais tarde eu vou, ela deve está com aquelas amigas que só brincam de Barbie.- ele riu.
— Vim te buscar para irmos agora.
— Como você soube?
— De que?
— Pra onde eu estava indo.
— Estava passando e te vi.
— Conta outra tio Fábio.- ele deu risada.
— Você realmente cresceu.
— Meu pai tá contigo né? - ele assentiu. Passei a mão em meus cabelos, esperando o sermão. — Tô fodido.
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Titânio: destinados por Deus
Teen FictionSEGUNDO LIVRO DA SAGA TITÂNIO. Essa história contém : Drogas Palavras obscenas Linguagem inapropriada para menores de 18 anos Sexo Violência. Se você curte um clichê barato, do famoso bad boy e da mocinha ingênua, então irão gostar desse livro. A...