+11

292 31 4
                                    

/Não revisado\

João Pedro

Essa casa é imensa, mas não precisei andar muito para achá-la. Meu coração estava quase parando com medo de alguma coisa acontecer com ela. Relaxo meu corpo ao vê-la sentada no canto da parede com um olhar impaciente.

Essa é brava.

Não deveria ir até ela mas era necessário, isso sem contar que essa merda não é lugar para ela.

Minhas mãos pareciam soar a cada passo que dou até a mesma, tomei todo o resto da cerveja em um só gole e fui.

— Levanta.- fui firme, seu olhar sobe e para no meu, ou eu estou muito louco por essa mulher ou estou vendo coisas que não existem. Seus olhos brilhavam de uma forma que eu nunca tinha visto antes.

— Você está me ouvindo?- saio do meu transe, e volto minha atenção para suas palavras.

— O que?

— Eu falei que você não é o meu pai pra achar que manda em mim.

— Birra a uma hora dessas, Ana clara. Vamos embora, é hora do neném nanar.- tento puxar a mesma mas ela esquiva.

— Sai você.

— Acho que você não ouviu o que eu falei, mas vamos conjugar o verbo ok?- a mesma rola seus olhos. — Eu vou, você vai, ele vai, nós vamos.- dou ênfase a frase final.

— Nós não vamos a lugar nenhum, até eu encontrar o Gabriel.- meu sangue ferve ao ouvir esse nome sair da sua boca.

Ainda me lembro da merda que ele fez. Mas quem tem como me pagar, nada me deve.

— Seu namorado te deu perdido foi?- a provoco.

— Ele não é meu namorado.- tento esconder meu sorriso, desviando meu rosto para o outro lado. Meus olhos batem na loira que estava me dando mole a alguns minutos atrás, ela me chama com a mão, mas eu finjo não ver.

— Parece que você ganhou à noite.- encaro a dona das palavras.

— É, ganhei.- fito a Ana clara da cabeça aos pés, percebo o quão linda ela está, apenas com uma jardineira e uma blusa. Ela dar de 10 a 0 em qualquer mulher dessa sala.

— O que é?

— Você está linda.- sorrio fraco ao ver seu rosto mudar de cor.

— Você também.- ela vira seu rosto, com certeza estava envergonhada.

— Se eu soubesse que você tava aqui, tinha vindo bem melhor.

— Aquela loira tá me encarando, sai daqui eu não quero problemas.

— Vamos ter problemas se continuarmos aqui.

— Estou esperando o irmão do meu amigo, ele vai me levar até o Gabriel.

— Não ele não vai.

— Por que não?

— Só confia em mim, tá bom?- abaixo, ficando a mesma altura que a mesma.

— O que você fez foi errado.

— Eu nunca te fiz mal algum.

— Mas você fez pra alguém que eu gosto.- tento me controlar pra não explodir com ela.

— Olha só, Ana Clara, você é a última pessoa desse mundo que eu iria magoar.

— Mas você..- a interrompo.

— Já te ajudei uma vez lembra? Precisa confiar em mim agora também.- ela me encara por um tempo, até concordar.

— Mas você precisa prometer que vai me ajudar a procurar o Gabriel.

Titânio: destinados por DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora