O Fim - Coleção Herdeiros

Bônus

Elisabeth POV - Segunda Guerra, Sicília - Itália

Já fazia três dias que não comia e minha barriga começava a fazer barulho, algo que não posso ter o luxo, pois estou escondida e poderei ser descoberta principalmente depois de ter assassinado o homens mais querido da sociedade Seaman. 

-Elisabeth... - escuto alguém sussurrar chamando por mim e levanto os olhos acima da janela do carro velho onde estou vendo o homem que amo me procurar com os olhos. -Seja rápida, estão te caçando... - dou uma olhada em volta abro a porta e rapidamente passo por ele puxando-o para um beco a alguns metros do carro com minha bolsa de couro.

-Senti saudades! - agarro sua nuca lhe dando um beijo e sentindo suas mão apertando minha cintura.

-Eu também, mas você tinha que ser um dos que matou Mussolini? - reviro os olhos.

-Tinha sim, você sabe como não suporto tirania, e ele ia matar nossa filha! - ele assente. -Escondeu o livro que lhe entreguei? - ele assente novamente e me puxa para um canto escuro ao escutarmos alguns tiros.

-Mas você ainda está com o colar? - assenti tirando a pedra negra que me salvou tantas vezes. -Se as pessoas soubessem o que realmente é isso... - coloquei a mão em sua boca e o joguei para trás de mim antes de receber quinze balas sem fazer cócegas, levantei a mão e as armas derretem, logo Luiz está matando os três que estavam a minha frente. -Você precisa fugir e levar nossa filha, virão mais atrás de nós. Aqui está os documentos, mude de aparência... - bufo ao ouvir a última parte. 

-Odeio transformação! - ele sorri de lado me dando um selinho e me abraça forte. 

-Mas é preciso, você sabe a razão de trazermos Carol para esse lugar, e não é tão ruim assim! - assenti concordando e pegando os documentos. -Não esquece, a sociedade vai coloca-la de volta logo que você voltar para casa e deixa-la sozinha nesse mundo! 

-Vou precisar esconder a pedra da morte! Não posso leva-la comigo, ela pertence... - Luiz escuta um barulho e faz sinal de silêncio. 

Me abaixo tocando o chão e sinto a vibração das pessoas que se aproximavam, me levanto e fito Luiz que leu minha mente já sabendo quantos estariam ali para nos caçar. 

-Use a pedra, pela última vez, e a escondo para você... - assenti logo antes de sentir algo gelado cobrir meu corpo e rapidamente toco a parede logo atrás de nós fazendo um portal ser aberto com a imagem de minha menina em um berço de ouro negro. -Como amo te ver vestida assim! - ele sorri maliciosamente antes de passar para o quarto de nossa filha e logo em seguida eu acompanha-lo, deixando os homens que nos caçavam sem nada para matarem. 

-Mama! - ouço a voz doce dela e sorrio, olhos escuros como o pai e lembrando como me apaixonei por ele, sinto minhas roupas de volta e o portal se fechar.

-Tome a pedra, nunca esqueça que nunca devem saber do que isso é capaz! - ele torce a boca, nunca concordou com minha ideias sobre a tecnologia que eu trouxe quando cheguei aqui. 

-Você sabe que se a pessoa que carrega a maldição... - ele olha nossa filha brincando com uma boneca de pano e dando gargalhadas fofas sozinhas. -Usar os poderes dessa pedra, tudo o que fizemos para esconder suas origens vai por água baixo e tudo piora! - esse era meu maior medo a Maldição Seaman se juntando a pedra da morte, o pesadelo real entre mundos. 

-Então ore muito para que a Sociedade não encontre Carol e ninguém vá atrás do livro e não junte a três chaves, se não nossos antepassados terão que surgir e a reunião familiar não será tão bonita...

-Papa! - a voz doce de Carol chama a atenção de Luiz que vai até ela no berço e a pega rapidamente girando-a no ar. -Papaaaaaa! - logo da uma risada fofa que faz meu coração explodir. 

-Vou sentir tanta falta! - ele fala abraçando-a forte em seus braços grandes e musculosos que sempre fui apaixonada. -E nunca vou deixar de amar as mulheres mais importantes da minha vida. - Luiz me olha sorrindo e caminha até mim me dando um beijo. -Eu te amo! 

-Eu te amo! - sinto um vento gelado e logo ouço o som que marcava nossa partida para longe do homem que sempre será o único em nossa vida. 

Pego Carol nos braços que recebe um beijo do pai e sorri graciosamente para meu marido pela última vez antes de atravessarmos o portal que nos deixou no meio de Nova Iorque, me fazendo chorar em silêncio por dentro pois dali em diante teria que criar minha filha sozinha antes do destino leva-la de volta ao caminho que a maldição sempre buscou leva-la. Para um mundo de morte e sofrimento. 

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A história está começando a ser completada, quem leu o primeiro livro vai se lembrar de Carol. 

Votem e comentem....

Bjs