Capítulo 14 - Aquele dos homens que amo.

1.2K 143 8
                                    


Capítulo 14

Aquele dos homens que amo.

''Cheguei ao local que seu carro estava estacionado, aliviado por ele ainda estar no colégio. Demorei alguns minutos antes de avista-lo vindo em direção do veículo. Mesmo depois de um dia corrido ele continuava lindo. Se possível o ar de bagunça e cansaço o deixava ainda mais charmoso. Assim que seus olhos me encontraram um genuíno sorriu apareceu em sua face.

— Perdido? — Indagou.

— A sua proposta ainda está de pé, professor? —''

Sentado ao seu lado naquele carro preto, a minha determinação foi-se esvaindo a medida que deixávamos o estacionamento do colégio. Afinal, o que eu tinha na cabeça? Como eu poderia me rebaixar ao ponto de dar em cima de um homem cujo tenho completa repulsa?

— Noah... — Fui interrompido.

— Sabe Daniel, eu estou muito feliz que você tenha aceitado sair comigo. Devo admitir estar muito surpreso. Desde o nosso primeiro encontro você começou a agir tão diferente... Eu tenho uma teoria do motivo, mas... — Eu não ouvia uma só palavra do que ele falava, eu só queria descer daquele carro.

— Para, por favor. — Pedi em voz baixa. O Noah me encarou com seus olhos azuis, mas não parou o veiculo.

— Tem razão, não é o momento para conversarmos, pararei de falar. Aonde você quer ir? — E foi quando aconteceu, junto com aquela pergunta veio o seu sorriso. O sorriso mais falso que eu já vira em toda a minha vida. Por que o Sean não me sorria assim? Se ele me desse sorrisos como esses eu não sentiria a dor no peito que estou sentindo agora. O seu sorriso sempre fora genuíno e apaixonante. Apaixonante... Ele era inteiramente apaixonante. Seus olhares, suas risadas, suas bochechas vermelhas. Eu não escolhi isso, não escolhi. Mas ele não me dera escolha. Era inevitável, eu estava... Não, eu não posso estar, não por ele.

— Um motel. — Como resposta recebi o mesmo sorriso vazio. Era isso que eu queria, algo vazio e sem significado, algo que não iria me machucar. Eu não estava apaixonado, eu estava confuso. E toda essa confusão ia deixar meu corpo assim que eu me entregasse àquele homem ao meu lado. Tudo que eu precisava era de um corpo quente sobre o meu, até que toda essa carência sumisse e eu percebesse que não é amor.

As luzes vermelhas no outdoor do lugar deixavam bem sugestivo o tipo de estabelecimento. Eu já estivera aqui, muitas outras vezes com homem diferentes e conhecia o lugar. Fizermos o check-in rapidamente onde usei minha identidade falsa e apertamos o botão a espera do elevador. Noah me despia com os olhos e eu podia sentir o calor que emanava do seu corpo antes mesmo de toca-lo. Era desejo, puro e completo desejo.
Finalmente a caixa de metal chegara, sem ninguém dentro. Entramos juntos e o Noah apertou o botão pro nosso andar.

— Foda-se! — Foi tudo que disse antes de colar seus lábios aos meus, beijando-me com tanto desejo, com tanta fome que se alguém nos visse, iria achar que ele queria devorar-me. Respondi na mesma intensidade. Era aqui que eu queria, calor, desejo e prazer. Sem promessas e sem medo de perder. Sua mão passeava pelo meu corpo apertando-me com força. A porta do elevador se abriu, havíamos chegado ao nosso andar.

xXx

A noite fora extremamente prazerosa, mas tão rápido quanto o prazer veio ele também se foi. Agora sozinho naquela cama de motel eu pensava na besteira que eu havia feito. Conseguia ouvir o barulho do chuveiro, onde agora Noah tomava um banho. Os lenções se encontravam completamente encharcados de suor e do meu prazer. Agradeci mentalmente por lembrar Noah da camisinha, tudo que eu menos queria agora era ter resquícios dele em mim. Pensei em esperar-lo sair para me limpar, mas simplesmente não aguentava mais ficar ali. Ao olhar para cima podia vê meu reflexo no espelho fixado no teto. Os cabelos bagunçados, a pele marcada de vermelho, e no rosto o completa e absoluta vergonha. Peguei o telefone ligando para a recepção pedindo que chamassem um táxi. Não queria ficar mais que o necessário naquele comodo. Vesti meu uniforme as pressas, procurando pelas peças que foram jogadas por todo o quarto.

Agora é guerra!Onde histórias criam vida. Descubra agora