Universitária Apaixonada por Sherlock Holmes

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Sinopse: Universidade de Londres. Molly Hooper ingressa para mais uma etapa em sua duvidosa carreira. Tudo muda quando ela o conhece. O jovem arrogante e misterioso que todos odeiam, menos ela. Ele é interessante demais para ignorar.

Nota da autora: Sempre suspeitei na série que Sherlock e Molly se conheciam há muito tempo, desde a universidade. Digo isso porque ambos parecem confortáveis um com o outro e já trabalham juntos de certa maneira. Acho que essa história se encaixa em como Molly se apaixonou pelo futuro detetive de Londres.  

Minha cabeça dói. Sinto como se eu estivesse flutuando. Já sei. Estou no céu.

Acordei de supetão e desajeitadamente, fui de encontro à bela cabeça com cabelos cacheados que estava encostada deliberadamente na minha. O avião estava prestes a pousar e Sherlock acabou acordando com minha agressão involuntária. Provavelmente dormimos todo o vôo e agora acordamos ambos com uma bela dor de cabeça. Com os olhos ainda cansados, forcei-os para abrir e olhei para a pequena janela do avião, verificando que estávamos mesmo em Paris. Aquela cidade maravilhosa e romântica. Sherlock tinha prometido que teríamos essa viagem como presente do Dia dos Namorados após uma controvérsia absurda cometida pelo meu inacreditável ex-noivo. Fizemos ás pazes e mesmo indo contra a natureza anti-social do meu atual namorado, ele concordou em sair um pouco da Baker Street e visualizar o mundo afora junto comigo.

Eu estava ansiosa, confesso. Não é todo dia que consigo tirar Sherlock do seu cafofo absurdo. Ele não estava com uma cara muito feliz. Era visível o sacríficio que estava fazendo por mim, porém, eu não iria desanimar. Precisava fazer isso por nós. Precisava ficar mais perto dele. Precisávamos dessa proximidade. Saímos de mãos dadas do avião, algo muito raro. Obviamente eu tomei a iniciativa, pois, Sherlock jamais faria isso primeiro, mas para minha surpresa ele não tirou sua mão da minha. Pegamos a bagagem e fomos direto para o táxi que iria pro hotel exato que escolhemos. Foi um parto miserável escolher o hotel ideal. Sherlock colocava defeitos em todos: banheiro muito pequeno, camas muito grandes, janelas demais, enfim. Mas finalmente encontramos o correto e confortável para os dois. No táxi, segurei sua mão de novo e ele não tirou novamente, parece que o clima de Paris estava fazendo efeito até no mais arrogante detetive de Londres. Foi então que aconteceu.

Quando o carro bateu, só consegui ouvir um ruído muito alto e um impacto muito grande indo direto para meu corpo. Tudo ficou escuro e eu não sabia mais aonde eu estava. Tive a impressão que ouvi Sherlock gritar o meu nome. Mas por que ele estava gritando? Não me recordo, só sei que quando abri os olhos eu estava na minha cama, mas não exatamente na minha cama de Londres. E sim na minha antiga cama. Quando acordei, só me recordava que precisava me trocar e ir para meu primeiro dia de universidade. Eu não lembrava que era namorada de Sherlock Holmes. Eu só lembrava que tinha 18 anos e precisava estudar. Eu voltei no tempo, afinal? Não sei.

ALGUNS ANOS ANTES....

Fatídico dia. Indecisão. Cama gostosa. Quero dormir. Não quero estudar.

Eu não queria acordar e isso era um fato irreversível. 18 anos de idade e com o futuro não escolhido propriamente por mim. Eu realmente não fazia ideia do que queria ser ou qual carreira seguir. Era muito nova afinal, será que obrigatoriamente tinha que deliberar minha mente sobre tudo o que eu deveria fazer nos próximos 5 anos com apenas 18 anos? Chatice. Eu queria viajar, respirar ar puro e quem sabe, fazer algumas loucuras ainda. Não queria responsabilidades agora.

Eu me matriculei no curso de química simplesmente porque eu tinha decorado toda a tabela períodica com a música que meu pai me ensinou quando eu era pequena. Exatamente. Parece extremamente idiota mas o motivo era esse. Apenas uma musiquinha infantil. Mas o que eu poderia fazer? Não gostava de absolutamente nada. Não gostava de humanas ou exatas. Não sabia se por acaso eu tinha nascido com alguma habilidade. Odiava estudar ou mesmo ler. Não gostava muito de conversar. Ok, eu sabia ser sociável quando eu me esforçava mas na maior parte do tempo, eu ficava sozinha e todas as profissões do mundo requer uma certa socialização. Eu terminaria em uma mercearia ou vendendo sapatos no final da vida e tinha absoluta certeza disso.

Série Crônicas de Amor de Sherlock Holmes e Molly HooperOnde histórias criam vida. Descubra agora