Um Novo ser na Vida de Sherlock Holmes

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Sinopse: Molly se dá conta de que esqueceu algo muito importante. De repente, se vê completamente sozinha em meio a algo que mudará completamente sua vida.

Nota da autora: Esse capítulo foi um misto de alegria e tristeza ao mesmo tempo. 

EM ALGUM LUGAR EM LONDRES, UMA CERTA PATOLOGISTA ESTÁ COM UM POUCO DE DESESPERO.

Calma Molly. Calma.

Você não é tão jovem assim e provavelmente isso não tenha acontecido com você por um esquecimento de nada.

Calma.

Certamente eu entendi tudo. A questão é que eu me desacostumei a tomar a pílula porque já não estava mais com Sherlock. Com Vitor, usávamos preservativos, assim como Tom e todos os outros. Com Sherlock eu me permiti ter algo muito mais íntimo e não usava a camisinha (Eu tinha plena confiança que esse homem não tocava em mulher nenhuma, mas não recomendo ninguém fazer isso pelo amor de Deus). Com ele era somente com uso de anticoncepcional. O problema é que nossa reconciliação foi muito repentina e estando em um lugar diferente e fora da rotina, acabei por realmente me esquecer desse pequeno detalhe.

Erro humano.

Mas calma. Nada vai acontecer.

Não é só porque esqueci de tomar uma pílula que ficarei grávida. Não teria esse azar.....

Eu andava de um lado pro outro como uma condenada ansiosa para ir para a cadeira elétrica e até Toby começou a me seguir pela sala ficando assustado com minha reação. De qualquer forma o mais assustador é que Vitor estava doente e não tínhamos relação já faziam alguns meses. Se tivesse que estar grávida, o feto com certeza seria de Sherlock. Isso não havia dúvidas.

Comecei a contar na cabeça quantas vezes eu e Sherlock fizemos sexo sem proteção na ilha e simplesmente perdi a conta. Estávamos tão empolgados que certamente exageramos na dose. Eramos praticamente um casal recém-casado tentando ter um filho desesperadamente de tanto que ficamos no maior bem bom ali.

Mas calma. Nada vai acontecer.

Não posso ficar desse jeito, eu preciso tirar a prova antes que eu tenha um ataque de ansiedade. Coloquei meu casaco e sai em disparada para a farmácia mais próxima. Eu poderia tirar minha dúvida no hospital mas era fim de semana e com certeza eu não aguentaria esperar até segunda-feira.

Cheguei na farmácia ofegante, pois, tinha corrido que nem louca pelas ruas. Essa era a hora. Confesso que olhei para todos os lados para ver se eu encontrava alguém familiar mas não vi ninguém. Estava totalmente paranoica mas eu tinha plena consciência de que Sherlock não queria ter filhos e se ele me visse comprando um teste de gravidez com certeza teria um ataque e terminaria nosso relacionamento ali mesmo na frente de todo mundo. Avistei a caixinha do teste e enxugando minha testa molhada de nervosismo, fui rapidamente até o caixa. Comprei alguns desodorantes para disfarçar. Chegando no caixa eu me sentia meio tonta.

- Moça, você está bem?

- O-o que? Estou s-sim.

- Xiiiiiiii

- O-o que foi?

- O sistema pifou de novo.

- Posso te dar em dinheiro?

- Não moça, se o sistema pifa, não consigo tirar a nota fiscal.

- Não preciso da nota! Fica com ela.

- Mas moça, preciso registrar a compra. Espere alguns minutos. Vou chamar o gerente.

Ai meu Deus. Só podia ser azar proveniente do universo. Logo na minha vez a droga do sistema pifa! Fiquei ali parada suando nervosa como se fosse um porco e tentando olhar ao redor pra ver se ninguém conhecido aparecia. Avistei o gerente vindo e meu coração começou a ficar aliviado, quando no mesmo momento, ouvi meu nome ecoar pela farmácia.

Série Crônicas de Amor de Sherlock Holmes e Molly HooperOnde histórias criam vida. Descubra agora