I.L.o.v.e.Y.o.u

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Sinopse: Molly é surpreendida com uma ligação de Sherlock: ele a obriga a dizer o que ela sempre guardou durante todos esses anos. Junto com a tragédia de Mary e o jogo de Sherlock, Molly começa a ver que talvez, sua vida não tenha mais sentido.

Nota da autora: Ah estou tão feliz com os comentários de vocês! Enfim, chegamos ao fim das cenas da série! Estava ansiosa para esse capítulo. Foi difícil imaginar como Molly finalmente iria se declarar, mas é assim que imagino que seria. Com um namorado como Sherlock seria difícil ser diferente. Acompanhem!  

ALGUNS ANOS ANTES DO INÍCIO DESSA HISTÓRIA, UMA JOVEM PATOLOGISTA RECÉM-CASADA ESTÁ COM MUITO TRABALHO NO HOSPITAL BART'S....

Dia de cão.

Era o inferno. Aquele dia estava o caos.

Um acidente na Baker Street ocasionou a morte de muitas pessoas e vários jornalistas desalmados tentaram invadir o hospital e atrapalhar o nosso trabalho. Aparentemente um táxi bateu em outros dois carros e 7 corpos foram trazidos para cá.

Quando li no relatório que havia tido um acidente na Baker Street, mandei uma mensagem para meu amigo e fiquei aliviada com a resposta dele. Sempre que eu ouvia o nome dessa rua, meu coração pulava de angústia. Não sei porque isso acontecia ainda. Ou melhor, eu realmente não entendia que após tanto tempo, eu ainda ficava mexida quando alguém citava o nome dele ou dizia alguma coisa que ele estivesse envolvido.

O noticiário também não cooperava.

Sherlock se envolveu em tantos casos nos últimos dois anos como eu nunca tinha visto ele se envolver nos últimos sete. Segundo John, ele estava empenhado feito uma fera e quase ninguém mais conseguia acompanha-lo. Nem mesmo Mycroft. Meus pensamentos foram interrompidos bruscamente com a chegada de Janete:

- E aíiiiiiii, me conta, como foi a lua-de-mel?

- Er....foi boa, claro.

- Nossa, que empolgação baixa, Molly!

- Nada disso. Foi boa, é que você sabe, eu não consigo falar muito sobre minha vida pessoal.

- Sei.

Janete me olhava com desconfiança. A questão é que eu não queria falar sobre tudo o que acontecia comigo pra todo mundo. Eu era assim antes e não iria mudar agora. Para resumir, após dois anos de namoro, Vitor me pediu em casamento e eu aceitei. O casamento foi grandioso e lindo e passei a lua-de-mel no Caribe, obviamente. Foi tudo mágico e parecia um conto de fadas. No meu casamento estavam todos os meus amigos, menos um.

Sherlock não foi.

Desde aquele dia em que ele pediu para que eu ficasse com ele, não nos vimos e nem nos falamos mais. Sherlock também não tentou mais contato. Será que ficou magoado com minha recusa? Eu não podia fazer nada, era a coisa certa a se fazer.

Sherlock nunca mais veio no Bart's. John disse que ele estava investigando corpos em outro hospital. Eu também me afastei um pouco dos amigos dele. Não dava certo comparecermos nos mesmos lugares. Sherlock conseguia calcular exatamente quando eu iria ou não iria para um lugar e segundo John, fazia tudo para evitar me encontrar.

Outro dia, perguntei para o John como Sherlock reagiu quando soube que eu iria me casar. John me disse que ele não reagiu, apenas desconversou e voltou ao assunto do caso que estavam investigando. John disse que achou estranho esse fato. Sherlock não tocou mais violino, começou a comer normalmente e a parecer "normal". Eu fiquei incomodada com isso. De certa forma, é como se ele tivesse aceitado. Mas o que eu estava pensando afinal? Eu queria que ele seguisse em frente. Eu estava cansada de ser desprezada por ele e arrumei uma pessoa muito legal. Eu merecia ser feliz. Vitor me tratava como uma princesa. Era essa a minha vida agora. Eu tinha que aceita-la.

Série Crônicas de Amor de Sherlock Holmes e Molly HooperOnde histórias criam vida. Descubra agora