Capítulo 26

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Tudo que eu menos precisava agora era estar cara a cara com Ashley dentro do meu carro

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Tudo que eu menos precisava agora era estar cara a cara com Ashley dentro do meu carro. É um abuso inadmissível da parte dela, já que ela não é minha amiga e nem porra nenhuma. Eu estou levemente incomodada por ela estar tão próxima de Colin, ela estava planejando algo contra ele? O que ela queria?

— Calma só vim cumprimentar a nova namorada de Colin, gostaria de tomar um café? — pergunta ela com uma voz cínica.

— Já disse que não tenho tempo!

— É algo do seu interesse, querida, não vou tomar muito do seu tempo.

Eu a encaro por uns longos minutos e então decido ir, ela olha para meu vestido e engole seco, tento ignorar seu gesto e dou partida no meu carro novamente. Ela ligou a radio do meu carro me deixando mais furiosa do que já estava, tento me concentrar na estrada e sigo para o starbucks mais próximo.

Ao estacionar no lugar designado, fomos direto para a entrada e encontramos o lugar parcialmente cheio. Ela sorriu amavelmente para mim com aquele típico sorriso de cobra venenosa que está prestes a dar o bote, mas calcula antecipadamente os passos que vai tomar. Eu não sei qual é sua intenção, eu nem mesmo tenho intimidade com ela, mas algo me diz que não é para ser a minha amiga ou para me alertar.

Fizemos nosso pedido e procuramos uma mesa mais próxima e nos sentamos. Não sei porque não estou tendo uma boa impressão com essa repentina aproximação. Vai ver ou ela é sozinha ou só está tentando me confundir. Meu coração disparava a todo momento e esta situação me deixava desconcertada. Ela mantinha aquele sorriso dela estampado a todo momento, mas seus olhos verdes não se desgrudaram dos meus um minuto.

Então ela deu um gole em seu frapuccino e eu dei um gole no meu café expresso esperando pelo o que ela vai falar.

— Então Alice, eu estava um tempo te procurando, queria falar uma coisa que acho que agora é do seu interesse. — dispara ela.

— O que é? — pergunto um pouco ríspida.

Eu sei que ela entendeu meu tom de voz, então deu outro gole e ajeitou sua postura na cadeira e juntou suas mãos em cima da mesa. Seu sorriso de "amável" passou a ser cinismo.  Como eu suspeitava, ela estava fungindo e o clima ficou tenso. Seus cabelos rubros estavam ondulados e jogados para o lado, usava um batom vermelho vivo e uma sombra arroxeada nas pálpebras. Usava uma roupa casual, blazzer marrom claro, camisa de mangas curtas preta e uma calça jeans escura. Ela usava um cordão de ouro com um pingente em formato de coração. E algumas pusleiras e relógio em seus pulsos, as unhas estavam pintadas de preto.

Ela parecia uma megera completa, mas carregava um ar de boa moça que costumava enganar as pessoas. Sua cor alva contrastava com seus olhos verdes que ficam escuros quando o sol batia. Aquilo podia enganar a muitos, mas não a mim. Eu conheço esse jogo.

— Como agora você e Colin estão bem próximos, presumo — acusa ela. — tenho que deixar a par de uma situação delicada.

— Qual seria? — pergunto querendo falar pouco, mas creio que não será possível.

— Colin Sanders é um homem rico, você sabia?

Eu engasgo com minha própria salvia e espero ela dizer mais. Ela sorri como se estivesse pronta para a batalha e ensaia um suspiro dramático.

— O pai dele é dono de um banco em Londres, ele veio para o Estados Unidos em busca de abrir um banco internacional e aconteceu deles se instalarem aqui...

— E onde eu me encaixo nisso tudo? — pergunto com um tom sarcástico na voz.

— Como ele se recusa a aceitar a tomar conta do legado do pai, ele fugiu e eu estou atrás dele esses longos anos e quando o encontro por coincidência, descubro que ele está com você. Eu quero pedir com que faça que ele fale com o pai e...

— Você é a ex dele, por que não fala diretamente com ele?

— Ele não irá me ouvir. Talvez da nova namorada sim.

— Farei o possível. Com licença.

Me levanto para ir embora, estou muito atrasada para o trabalho. Peter deve estar muito aborrecido comigo. Mas quando  eu penso que estou livre, Ashley segura meu pulso e seu olhar mudou de calma para raiva num palmo.

— E só vou dizer mais uma coisa: esqueça Colin, ele sempre vai ser meu e aconselho que o que seja que estão tendo, acho bom isso acabar, acho que seu marido não gostará de saber quem ele está sendo traído enquanto permanece na Casa Branca. Seria uma pena não é mesmo?

O que eu havia falado de cobras? Que elas eram peçonhentas que esperavam o melhor momento para dar o bote. Virei-me para a cobra que agora estava de pé, sua cara era puro cinismo e deboche, realmente o que pensei antes estava certo, meu sexto sentido não se engana. Ela cruzou os braços diante do peito, olhei-a com incredulidade e ela reafirmou:

— Deixe Colin em paz ou seu marido saberá de sua aventura "nada" amorosa. — ela faz sinal de aspas com os dedos na palavra nada.

Ela saiu batida por mim me deixando de cara no chão.

Quando chego na editora vejo as pessoas que ali trabalham agitadas com os originais que ainda estão em andamento, vejo Colin conversando com Masha e franzo as sobrancelhas mas não dou importância a isso

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Quando chego na editora vejo as pessoas que ali trabalham agitadas com os originais que ainda estão em andamento, vejo Colin conversando com Masha e franzo as sobrancelhas mas não dou importância a isso. Entro na minha sala batida e Kayla trata de entrar, com seu ar mais preocupado do mundo.

— Alice? Você está bem? — pergunta, Kayla preocupada.

Eu estava disposta a contar tudo que se passou nessa manhã, quando Alexandra entra na minha sala pedindo que eu compareça a sala de Peter. Pronto, agora que fudeu. Minha cabeça está fervilhando em mil coisas agora basta um chamado para me enfurecer ainda mais. Ainda estou perplexa com a ousadia daquela vagabunda suja. Ameaçar-me por conta de um romance que sei lá o que aconteceu com eles? É muito abuso da parte dela usar esse golpe sujo contra mim, parece que agora vou entrar numa guerra sem fim. Eu estava fervilhando e com razão.

Eu suspiro fundo antes de entrar na sala de Peter, e quando entro o vejo com mais uma pessoa, um homem de estatura mediana, cabelos brancos e acima do peso, aparenta ter uns sessenta e um anos eles me olham sérios e engulo em seco. Pronto estou na rua.

— Bom dia, srta. Carpenter, este aqui é o advogado Kléber Carliston e ele está aqui com todos os papéis para que assine.

— Papelada? Assinar? O que? — pergunto, confusa.

— Você será a dona deste império. — afirma Peter com naturalidade.

— Mas e o desafio que você lançou? O que os outros vão dizer?

— Nada, afinal muitos desistiram ou não tinham algo para mostrar e mesmo contrariados sugeriram que fosse você. — explica ele.

Mas não pode ser! Isso era injusto e uma falta de respeito com os demais. Eu não estava preparada para isso. Era muita coisa vindo de uma só vez.

— Venha e assine, dr. Kléber não tem muito tempo.

Tateei até a mesa e peguei a caneta ainda incrédula com tudo.

Contratado Para O Prazer (+18) EM REVISÃO!Onde histórias criam vida. Descubra agora