Capítulo 28

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Alice

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Alice

Já se passara um mês desde o tumulto que minha vida se tornou, a causa? Colin. Havia um fogo interno que nos tirava da órbita e com isso, as ameaças frequentes de Ashley. Ela é um tipo de bicho peçonhento que você quer manter a maior distância possível, porém ela sempre nos persegue e sabe como colocar em um beco sem saída.

Ainda não contei a Colin, pois sei que isso me traria uma grande dor de cabeça. Ele vem falando o quanto ela anda o pressionando para falar com seu pai, ele dissera que nem em sonho voltaria para casa e cuidar do negócio de seu pai. Ashley tem causado problemas para nós e agora temos que ser discretos com nossa relação. Masha vem agindo de uma forma estranha comigo, mal consegue ficar perto de mim tampouco falar algo longamente. Ela que sempre foi tão comunicativa, está se esquivando de mim muito rápido.

Kayla apenas afirma que ela esteja muito ocupada, mas acredito que ela não quer me falar a verdade. Era apenas mais um dia dentro daquela sala, eu controlava atrasos dos funcionários, fazia pedidos com a gráfica, era uma enxurrada de papelada. Eu era muito exigente nesse ponto, pontualidade era meu nome. Colin tem vindo poucas vezes, não é nada bom ele vir trabalhar diariamente com toda essa pressão em cima da gente e tem seu trabalho como gogoboy. Ele disse que não pretende viver essa vida, mas por enquanto é o que o ajuda a pagar as contas.

Depois de terminar um pedido para a gráfica, pego minhas coisas para almoçar no restaurante a três quadras distante dali.  Encontrarei Colin, já sentia saudade do seu perfume amadeirado e suave, de ver seu sorriso, ouvir suas brincadeiras e olhar dentro daquele mar azul que era seus olhos. Antes que eu completasse meu caminho, uma mulher ruiva de olhos claros entrou subitamente na minha nova sala e me dirigiu o seu sorriso mais falso do mundo.

— Alice no país das maravilhas, como você está? — sua voz conseguia ser mais irritante do que ela.

— Como conseguiu entrar aqui? — pergunto ríspida.

— Não foi muito difícil, querida — ela sorriu — seu sistema de segurança é bem falho.

— O que você quer aqui? — pergunto, mais uma vez mostrando a ela o quanto eu desaprovava sua presença. É desagradável estar frente a frente com ela.

— Alice, Alice — ela estala a língua — não adiante o quanto eu fale, não é? Você vai continuar um relacionamento com Colin?

— Isso não é da sua conta! — corto-a.

— Passa a ser quando nega para os pais dele...

— Seu problema não é os pais dele, e sim ele — disparo. —, e só para constar ele não a quer mais, com licença ou terei que...

— Chamar seus seguranças? Por favor
— debocha ela.

— A polícia.

Ela começa a rir e dá alguns passos em minha direção. Eu não suportava mais olhar na cara dessa víbora.

— Acho melhor você largar o posto, pois ele já está preenchido.

— Vamos ver.

Chego no restaurante um pouco atrasada bufando de raiva, aquela garota um dia ainda vai me fazer perder a cabeça

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Chego no restaurante um pouco atrasada bufando de raiva, aquela garota um dia ainda vai me fazer perder a cabeça. Ela poderia cumprir a promessa de me tirar da cadeira da presidência da Editora, mas tento acreditar que ela não tem poder para isso. Colin estava sentado em uma mesa, consumindo apenas  um copo d'água.

Meu coração fez festa dentro de meu peito, vê-lo distraído preencheu todo o vazio que um dia carreguei, estava tão apaixonada por ele que acabei perdendo toda minha essência. Ele usava uma camisa de algodão, mangas compridas puxadas até os cotovelos e uma calça jeans surrada e seus infalíveis tênis de corrida, nenhuma combinação, mas eu gostava mesmo assim, cabelos levemente bagunçados e a barba rala no rosto. Me aproximei admirando cada centímetro daquele seu lindo rosto, quando vejo sei sorriso se abrir para mim.

Ele segura a minha mão e deposita um beijo me sento a sua frente.

— Por que demorou tanto? — pergunta ele.

— Houve um pequeno e chato imprevisto com um original. — minto.

— Ah, pensei que houvesse esquecido.

— Nunca!

Depois do almoço andamos nas ruas de Nova York, sempre tão agitadas e surpreendentemente ele segurou a minha mão o tempo todo. Eu não sei se estava mais irritada pelo fato de alguns minutos atrás ter enfrentado aquela idiota ou se estava, de fato, com ciúmes.

Colin percebeu durante todo o nosso almoço o quanto eu parecia indiferente com nosso almoço. Era o dia para a gente matar a saudades um do outro, era para sorrir, brincar e principalmente de criar coragem para dizer o que estava sentindo por ele. Mas parece que hoje não era esse dia.

Minha cabeça vinha em Masha e em seu afastamento e era o mesmo o que estava fazendo com Colin e sabia que ele estava sentindo isso. Me sinto mal no mesmo instante. Mas ao reparar a expressão de Colin, algo se crepitou dentro do meu peito, olhei para trás e vi um casal se aproximar de nós, Colin era bastante semelhante ao senhor alto com uma barriga proeminente e de cabelos brancos, usava óculos e uma mulher agarrada a seu braço direito, cabelos negros presos em coque, bem maquiada e corpo esbelto.

Eles se aproximaram de nós e a mulher abraçou Colin amorosamente. O senhor me olhou de soslaio, mas educadamente estendeu sua mão e a aceitei.

— Que bom que nos encontramos enfim — diz o senhor. —, sabe como foi difícil acha-lo?

— Nem imagino — debocha Colin, mas com a real evidência de surpresa no rosto. — Ashley deve ter cumprido com a promessa, claro.

— Ela não fez mais do que a obrigação dela ao nos contar seu paradeiro — dispara a mulher esbelta ainda agarrada ao pescoço de Colin.

— Mãe — diz Colin.

Eram os pais dele! Aquela desgraçada deve ter contado. Isso era bom, mas algo me dizia que ela estava aprontando algo por de trás disso.

— Você voltará a Oaklahoma em poucos dias, sugiro que se arrume o mais rápido possível.

Colin de repente pareceu furioso e surpreendido.

— Eu já dei minha resposta! Não voltarei atrás!

— Vamos ver.

Tinha que ser hoje?

Contratado Para O Prazer (+18) EM REVISÃO!Onde histórias criam vida. Descubra agora