Track 1 - Summer - Imagine Dragons

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01/07/2016

Pegue qualquer hit de verão de dez anos atrás. Você provavelmente vai achar o estilo de música estranho, mas vai te causar nostalgia. Existe apenas uma desculpa para todas as piadas contidas nesse livro e é a mesma pela qual você encontrará o nome de vários hits de verão nessas páginas: Estava na moda em 2016.

Diego

Não vou dizer que meu primeiro encontro com Nicolas Fischer foi um momento épico que merece ser recordado ou ilustrado em uma grande placa de pedra. Só que não posso negar o quão interessante é uma amizade que começou com um tropeço.

Jorge e eu possuímos um amigo em comum que é viciado em memes. Assim que ele soube sobre a viagem, esse amigo pediu que tirássemos uma foto em cada cidade pela qual passássemos... dando uma sarrada.

Para aqueles que não sabem do que eu estou falando, primeiramente, onde vocês estavam em 2016? Segundamente, entrem no YouTube e se deliciem com o repertório coreográfico típico do funk brasileiro.

Basicamente, eu só precisava pular, sarrar e esperar que Jorge tirasse uma foto e aplicasse sobre ela o filtro geográfico local.

Apesar de estar meio emburrado naquela manhã, chegamos muito cedo no aeroporto. Nosso voo só sairia em duas horas. Não havia porquê não cumprir o pedido de um amigo. Pedi que Jorge pegasse sua câmera e me preparei para saltar.

Só que a vida tem dessas coincidências engraçadas: apenas uma pessoa da cidade de Maringá havia chegado ao aeroporto e essa pessoa era Nicolas. Ao mesmo tempo que eu saltei, ele saiu pela porta automática do aeroporto e nós trombamos um no outro.

-Me desculpa!

-De boas. – ele sorriu. Usava um short, uma camiseta vermelha do intercambio, um boné de aba reta e carregava uma bela caixa de som cilíndrica na mão esquerda. Por sorte eu não havia chegado nem perto de fazer ele derrubá-la – Você estava sarrando?

-É uma meta de vida. – respondeu Jorge com um tom sério que ele conseguia assumir a hora que quisesse – Sarrar em todas as grandes cidades importantes dessa viagem.

-Isso parece genial. – comentou ele com sinceridade – Sou o Nicolas, mas podem me chamar de Fischer.

-Sou o Diego e esse é o Jorge Mateus.

-Tipo a dupla sertaneja? – estranhou Fischer.

Jorge revirou os olhos, ele odiava aquela piada, mas poderia ser pior, seu nome poderia ser Marco e isso geraria uma infância cheia de traumas com a brincadeira "Marco Polo".

-Exatamente – respondi com um sorriso.

-Você é daqui mesmo? – perguntou Jorge, mesmo sendo uma pergunta com resposta óbvia. Londrina e Maringá eram muito próximas, além de serem as duas únicas cidades da região nas quais o nosso colégio possuía filiais.

-Nascido e criado.

-Você sabe mais quantas pessoas de Maringá vão viajar com a gente? – perguntei.

Fischer franziu a testa e fez um pequeno gesto com a mão, como se estivesse contando.

-Tem eu, o Archie, uma garota que eu conheço e uma que eu não conheço.

Quatro pessoas, o que somando com o nosso grupo de adolescentes, dava nove.

-Só vocês vieram de Londrina? – perguntou

Verão em HamiltonOnde histórias criam vida. Descubra agora