Capítulo 29 - Sem rótulos.

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Ana acordou no meio da noite sentindo-se vazia, porém ao mesmo tempo completa, sorriu por sentir sensações tão distintas ao mesmo tempo, ela, então, levantou-se da cama sem fazer barulho e foi até o banheiro que ficava no quarto em que estava se olhou no espelho e se agradou da imagem que via, da mulher forte que ela tinha se tornado e por ter esperado o momento certo para se tornar uma. A morena usou o banheiro e percebeu que estava sangrando um pouco, por isso resolveu tomar uma ducha rápida para limpar do seu corpo os resquícios que confirmavam a perca da sua inocência.

Christian acordou devido ao vazio que sentiu na cama, ele teve medo de Ana ter o largador enquanto dormia, mas o som do chuveiro o fez ver que tudo não passava de algo que não havia acontecido. O moreno levantou-se e marchou em sentindo ao banheiro, abriu a porta vagarosamente e viu pela resta dela Ana tomando banho. Vê-la daquela forma reacendeu todo o desejo que ele sentia por ela, e em poucos instantes ele estava completamente excitado. Fechando delicadamente a porta atrás de si após ter entrado no recinto ele caminhou a passos largos mais sem fazer barulho até os jatos forte de água que jorravam do chuveiro e surpreendeu Ana ao abraçá-la por trás com carinho.

- Que susto! – Ana disse ainda tensa, porém feliz com a surpresa, afinal de contas ela queria repetir várias e várias vezes o que tinham feito algumas horas atrás. Christian a puxou para mais perto de si intencionalmente para que ela pudesse sentir a sua ereção, Ana arfou ao senti-lo duro atrás de si. – Você está preparado para outra? – Perguntou inocente, mas o jovem sentiu a malicia em sua voz e sorriu da forma como ela estava agindo, pois gostava de vê-la descontraída.

- Sempre estou pronto pra você, aliás, estou preparado para outras. – Disse descendo suas mãos até a sua intimidade e introduzindo um de seus dedos nela. – Molhadinha... – Falou mordiscando a orelha da prima. – Muito, muito gostosa. – Soprou no ouvido dela deixando-a feliz com o que ouvia. – Está sentindo dor? – Perguntou ainda mexendo os dedos dentro dela.

- Apenas uma dor gostosa no meu ventre. – Ana respondeu fechando os olhos e absorvendo as sensações de prazer dadas por ele a ela.

- Queria comer você aqui, no chuveiro. – Ele revelou levando uma mão até o seio dela e beliscando-o. Ana jogou sua cabeça para trás a encostando no ombro dele e permaneceu com os olhos fechados apenas sentindo o que ele lhe proporcionava. – Você quer ser comida aqui, Ana? – Sussurrou mais uma vez no ouvido dela.

- Quero muito. – Ana disse gemendo mesmo quando este não era o seu objetivo.

- Bom saber. – Christian falou e a mão que antes acariciava o sexo dela foi de encontrou ao pau dele o direcionando até a intimidade dela e ajudando-o assim, a se colocar totalmente dentro dela.

Os dois gemeram alto, ela pela sensação de se sentir completa novamente, ele por senti-la escorregadia, quente e convidativa. Christian a cada vez que a possuía tinha a convicção de que se tornaria ainda mais dependente de Ana. Após penetrá-la ele ficou um tempo parado apenas beijando o pescoço e ombros dela a fim de fazê-la se acostumar com o seu tamanho e só depois iniciou seus movimentos que começaram devagar, mas que foram aumentando à medida que a excitação entre os dois ali naquele quadrado se intensificava.

- Vem comigo, vem. – Chamou após senti-la esmagando o seu pau. Ana aceitou o seu convite e se desmanchou em torno dele.

O dia raiou preguiçoso com uma garoa de leve caindo do lado de fora da casa, Christian acordou primeiro e por alguns segundo admirou a bela mulher que dormia em seus braços e lhe abraçava com carinho, se perdeu no tempo ao analisar a sua fisionomia, o seu corpo pequeno, porém proporcional para ela, suas mãos delicadas, seus cabelos maiores do que ele já havia visto antes e seus lábios levemente abertos e convidativos. Por um momento pensou em acordá-la aos beijos e repetir tudo o que haviam feito na noite anterior e madrugada, mas a muito custo resolveu deixá-la descansar mais um pouco, então, delicadamente retirou-a de cima de si e em seu lugar pôs o seu travesseiro ao qual Ana abraçou e continuou dormindo serenamente. Felicidade, era esse o sentimento que o predominava e foi desta maneira que ele seguiu até a cozinha para preparar o café da manhã da sua pequena felicidade, o adjetivo se referia ao tamanho dela, pois, sua felicidade estava longe de ser assim.

- Acorda dorminhoca. – Christian disse enquanto enchia Ana de beijos, que agarrava-o ainda mais para próximo de si e mantinha os olhos fechados. – Acorda pequena. – Repetiu sorrindo quando percebeu a sua tentativa de fazê-lo deitar e voltar a dormir com ela.

- Só mais cinco minutinhos. – Pediu na tentativa de conseguir o que queria.

- Ana... Coma apenas um pouco e volte a dormir. Prometo que te deixarei em paz depois disso, mas coma, por favor, faz muito tempo desde que fez isso e bem... Tivemos uma noite muito agitada, você sabe... Eu preciso de você forte para o que está por vir. – Completou em tom de diversão.

- Tem mais? – Ela questionou abrindo um de seus olhos e Christian sorriu com isso.

- Hum rum. – Falou mordendo os lábios dela.

- Não sabia que era tão guloso. – Ana disse enquanto prendia Christian em cima de si usando as suas pernas.

- Nem eu. – Falou sincero exibindo um sorriso safado.

- Até parece. – Disse fazendo uma careta a qual ele achou linda.

- Só com você, Ana. – Falou e lhe deu um beijo ardente em seus lábios. – Te amo pequena. – Disse a fazendo feliz.

- E eu amo você, grandão. – Disse fazendo-o rir.

- Comer? – Chamou estendendo a mão para ela e a levantando, em seguida foi até a beira da cama onde havia deixado a bandeja com o café da manhã para ela e a trazendo para o seu lado. – Espero que goste. – Disse um pouco receoso.

- Eu já amei Christian. – Ana falou sorrindo carinhosamente para ele e ajustando o lençol em seu corpo. – Chocolate quente, torradas, pasta de amendoim e uma flor. – Finalizou pegando-a e pondo-a em sua orelha.

- Era tudo o que tínhamos, a propósito você fica ainda mais linda quando acorda e principalmente agora com este adereço na orelha. – Ele disse ainda sem acreditar em estarem ali, juntos. – Ana... foi a melhor noite da minha vida. – Confessou fazendo-a corar.

- A minha também. – Disse engraçada e dando de ombros fazendo assim, ambos sorrirem.

- Eu quero ter a chance de ficar com você e de te fazer feliz. – Ele falou após engolir em seco.

- Você já tem Christian. – Ela sussurrou.

- Então, nós somos namorados? – Perguntou eufórico. Ana sorriu e negou com a cabeça para a decepção dele. – O que nós somos, então? – Questionou confuso.

- Hum... Não sei ainda. – Ana começou a responder enquanto mordia sua torrada. – Estamos nos dando melhor, isto é tudo o que importa. – Deu uma pausa para engolir e rapidamente tomou um gole da sua bebida. – Eu só quero estar com você, Christian, mas vamos apenas caminhar juntos antes de correr, pode ser? – Pediu.

- sim, pode. – Ele respondeu enquanto tirava uma nova torrada que Ana tinha pegado das mãos dela para então, seguradas. – Seremos apenas um do outro. – Era uma pergunta não feita e Ana sabia disso, ela mesma não queria que ele ficasse com nenhuma outra além dela, por isso entendia o que ele sentia.

- Sim, somente um do outro. – Confirmou e para sua felicidade foi presenteada por um beijo cheio de carinho.

As coisas estavam se encaminhando ou pelo menos era o que parecia.

Um passado não esquecido.Onde histórias criam vida. Descubra agora