Capítulo 8

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— Olá? — Anthony falou com cautela enquanto se aproximava da cama hospitalar.

— Oi? — Pitter respondeu desconfiado.

— Bom, é que eu sou a causa de você está aqui, nesse hospital. — Anthony falou com vergonha.

— Ah, bom, sem problemas. Pelo menos terei onde passar a noite! — Pitter disse a última parte um pouco mais baixo. Anthony que prestava atenção em cada detalhe do jovem garoto escutou com clareza o que ele falou.

— Como assim?

Hum, nada, não é nada. — Pitter desviou o olhar do rapaz.

— Escute, você está aqui por culpa minha, conte-me tudo, não precisa ficar com vergonha, talvez possa ajudá-lo em alguma coisa. — nesse meio tempo, Anthony já estava ao lado da cama de Pitter. Ele segurava o forro da cama para não ultrapassar a barreira da intimidade e segurar a mão do outro. Pitter estranhou tamanho interesse e até Anthony se surpreendeu consigo mesmo por estar agindo assim, porém o modo dele passou segurança para Pitter e este resolveu se abrir para o jovem de cabelos castanhos claros.

— Bom, é que... eu tenho vergonha de falar. — desviou o olhar mais uma vez.

— Pode confiar em mim, te atropelei, mas não omiti socorro. Eu sou legal. — brincou Anthony deixando Pitter um pouco mais a vontade.

— Eu estava namorando um cara, e nós... nós transamos (suspirou). Eu o amava, e acho que ainda amo... eu não sabia, mas ele nos filmou naquela tarde e depois espalhou o vídeo para todo o colégio. Eu fui humilhado, meu pai viu o vídeo e me expulsou de casa. É basicamente isso. — lágrimas se acumulavam em seus olhos, mas ele se recusava a chorar mais do que havia chorado. As maçãs do rosto do geralmente pálidas, estavam vermelhas, tanto pelo esforço quanto pela vergonha da revelação. O coração de Anthony se apertou, um nó se formou em sua garganta, "Como ver alguém tão lindo sofrendo assim, sem poder fazer nada?" Era estranho pensar que em tão pouco tempo uma pessoa pode se tornar tão especial para si.

— Olhe, não fique assim, por favor! Se você quiser eu posso te ajudar. Não importa pelo que você passou, vou lhe ajudar! Pode vir para casa comigo quando receber alta. — ele falou firme e com convicção, não aceitaria um “não” como resposta.

— Eu não acho que... — Anthony o interrompeu com um “xiii”.

— Podemos falar disso amanhã. Agora descanse, anjo, teve um dia bem cheio. Não se preocupe com mais nada, velarei seu sono, estará seguro quando acordar. — passou as mãos pelos cabelos de Pitter que resolveu não discutir. Apenas fechou os olhos e como os sedativos já estavam fazendo efeito ele adormeceu rapidamente.

Era quase madrugada e durante esse meio tempo Haley ligava de 5 em 5 minutos para o celular do garoto, estava deveras desesperada sem noticias, e de mãos atadas pois não sabia o que fazer. Troy já estava ao seu lado, dando apoio e tentando confortar a garota, também estava nervoso, mas tinha que se manter calmo; duas pessoas nervosas seria mais ou menos desastroso.

— Você quer sair e procurar de carro? A gente dá uma volta pela cidade e vê se ele esta por aí, o que acha? — perguntou Troy a Haley que apenas assentiu com a cabeça. Então eles saíram de carro a procura do jovem Pitter.

Do outro da cidade Henry tinha uma conversa acalorada com seus amigos.

— Vocês não podiam ter feito isso. — gritou com os amigos dando voltas na sala.

— Relaxa, Henry, não vai dar em nada, seu rosto nem aparece. — isse Jeff dando de ombros e sorrindo.

— Não tô falando disso. Vocês tem noção de como está o Pitter agora? Se eu soubesse que era pra fazer isso eu não teria aceitado essa aposta. — disse transtornado.

— Ei, ei, a gente não te obrigou a nada. Você bem que gostou de foder o viadinho. Que foi Henry, apaixonou? — o garoto lerguntou com um sorriso debochado no rosto. Henry vacilou, mas manteve-se firme.

— Não tem nada a ver, e se ele denunciar? Isso é crime sabia? Vocês já foram punidos na escola por fazer aquele circo. E como a Haley mesmo falou o pai dela é o Juiz, o que ele faria com a gente? Vocês são burros! BURROS! — gritou perdendo a paciência. Seus amigos ficaram calados, pensando se o que fizeram tinha sido mesmo uma besteira, não por causa de Pitter, com esse pouco se importavam, se preocuparam com suas próprias peles.

Henry não se preocupava com isso, só queria saber de Pitter, em como estava, “Com toda certeza me odiando, a cara que ele olhou pra mim não deixa mentir” choramingou em pensamento.

Henry não se preocupava com isso, só queria saber de Pitter, em como estava, “Com toda certeza me odiando, a cara que ele olhou pra mim não deixa mentir” choramingou em pensamento

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