Capítulo 19

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— Mathew, vai sair com Georgia hoje? — perguntou Pitter na porta do banheiro do irmão.

— Estou me preparando para isso, irmão. Por quê?

— Porque Anthony me ligou para sair e sugeriu um programa a quatro. O que acha?

— Deixa eu terminar aqui que eu ligo para Georgia, mas provavelmente ela aceitará. Sabe que ela te adora, né?

— Eu também gosto muito dela, ainda mais porque ela pode fazer tatuagens em mim de graça, hehe.

— Nem pense em fazer mais tatuagens. Vou proibi-la de fazer tatuagens em você sem meu consentimento. — nesse momento Mathew saiu enrolado na tolha, com os cabelos molhados e respingando água em Pitter que deu dois passos para trás.

, você acha que uma tatuadora se recusaria a fazer tatuagens? Conta outra irmão. — Pitter revirou os olhos.

— Sai daqui, vai se arrumar! Vai logo, ou eu tiro na tua frente. — Mathew ameaçou tirar a toalha. Embora eles não tivessem pudor de ficar pelados na frente um do outro, não era uma coisa muito agradável ver seu irmão despido. Pitter rapidamente saiu do quarto do mais velho, que ficou rindo, e foi se arrumar.

Ele colocou uma camiseta branca que ficava justinha no corpo e uma bermuda jeans um tanto gasta, por cima ele vestiu uma camisa quadriculada verde e calçou tênis estilo skatista brancos. Ele estava mais encorpado agora passado alguns meses, nada extravagante, mas que chamava atenção. Seu cabelo agora tinha apenas as laterais aparadas e ele decidiu manter a franja pois assim poderia fazer outros penteados.

— Vai assim? — perguntou Mathew olhando para Pitter. Ele estava com uma bermuda jeans, um tênis abotinados e uma camiseta preta.

— Assim como? — Pitter se olhou.

— Oras, olha essa bermuda toda justa aí. Os caras vão ficar olhando. Anthony deixa?

— Mathew, cuida da tua namorada que de mim cuido eu. E você bem que gosta quando ela usa roupa curta que eu sei. — Mathew levantou as mãos se entregando. Eles pegaram seus pertences e se foram. Passariam no shopping pra encontrar Georgia e de lá decidiriam para onde ir. Anthony morava mais perto do shopping e também os encontraria lá.

— Já vê Anthony? — Pitter procurou com o olhar.

— Fala daquele louco abanando as mão lá na frente? — Mathew disse se divertindo. Ao longe se via Anthony sacudindo os braços por cima da cabeça tal qual um orangotango de circo.

— Ah meu Deus, ele me mata de vergonha. — disse Pitter rapidamente corando. Mathew deu tapinhas no ombro do irmão e seguiram para perto de Anthony.

— Já tava com saudades de você! — Anthony se aproximou e beijou a bochecha de Pitter, que sorriu e retribui o beijinho no rosto. Mathew já ligava para Georgia.

— Então, o que exatamente vamos fazer? — perguntou Mathew aos enamorados.

— Não sei, tudo o que Pitter quiser. — disse Anthony olhando bobo para Pitter alisando seu rosto que já estava com as maçãs vermelhas.

— Por isso que ele se veste assim, não põe limites. — constatou Mathew se dando por vencido dessa batalha de impor alguma vontade contra o menor.

— Disse algo Math? — perguntou Pitter risonho.

— Não! — foi tudo que ouviram do mais velho. Eles riram.

Logo mais Georgia já dava o ar de sua graça, apesar de algumas tatuagens espalhadas pelo corpo e as roupas que pouco lembravam uma pinup ela era totalmente doce e meiga, seus cabelos loiros com pontas azuis davam-lhe um ar de atitude. Era realmente linda a nova namorada de Mathew, não que Pitter tenha conhecido outras, é que Mathew quase nunca levava as namoradas na casa de seus pais, motivos óbvios.

— Então, gente, já decidiram onde vamos? — perguntou a garota dando um selinho nos lábios do seu namorado.

— Estávamos te esperando para decidir.

— Que tal irmos em uma feira cultural que está acontecendo nos limites da cidade? Tem coisas para todos os gostos.

— Eu acho uma ótima! — disse Pitter.
E com os casais formados eles saíram do shopping, o local a uns 40 minutos de carro. 

O que eles não sabiam é que não eram os únicos a ir para essa feira cultural. Emoções seriam afloradas e amores iriam ser postos a prova...

Mas afinal, o que é o amor? É apenas o gostar, se doar, fazer o outro feliz?

Talvez, talvez seja isso. Mas também não pode ser algo tão simples assim.

Com certeza não, algo que te faz suar, tremer, perder a fala e ter emoções totalmente adversas do que se está acostumado a sentir não pode se resumir a apenas a essas coisas, que no meu ver são bem simples e fáceis de se entender, o que não ocorre com o amor. O amor é muito mais complicado, algo tão puro e singelo pode ser também avassalador e destrutivo. Por isso que eu digo, o amor é muito mais.

E o primeiro amor, ele pode ser simplesmente enterrado e esquecido? Bom, isso veremos!

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