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Depois daquela bisca ser presa nós voltámos para a festa, a Sylvia apareceu umas horas depois, disse-nos que por hoje a vaca ficaria detida mas que era provável que saisse sob fiança por ser réu primário. Fui até ao meu pai, quero saber o que aconteceu em Londres.

- Pai, como correu por lá?

- Correu bem filha, mas prefiro falar com todos ao mesmo tempo. E por aqui, como têm estado as coisas? Grande festa esta que vocês organizaram, hein... E a entrevista de Christian ficou óptima também

- Sim. Por aqui tem estado tudo bem. Acredito que a perua tenha aparecido por ter visto essa reportagem. - vejo o Christian ao longe, ele olha sério para mim. A Mia chama-me e eu vou ter com ela, ela apresenta-me a chef dela. O Sr Moore encontra-me no caminho e vem falar comigo.

- Dra Steele, os meus parabéns, tem um grande homem ao seu lado. - diz.

- Obrigado Dr.- respondo e olho para o Christian que está a falar coma Andrea e a Olivia.- Ele realmente é um grande homem.

- No dia em que entrei na sala do seu pai na SDC admito que pensei que tinha cometido um erro, subestimei o seu noivo pelo facto de estar numa cadeira de rodas. Posso fazer uma pergunta Dra? Só responde se quiser.- diz e eu assinto. - O que lhe aconteceu para ficar numa cadeira de rodas? E aquele pedido?- Contei-lhe então o que aconteceu ao Christian, do acidente que lhe provocou a paraplégia.- E não é reversivel?

- Acredito que sim Dr.- Respondo.

- Por favor, trate-me por Frances.

- Então trate-me por Ana. Como estava a dizer, a operação custava na altura cerca de 50 000 Dólares e ele não a podia pagar.- digo e vejo o Frances ficar estático. Conto-lhe então os acontecimentos no dia em que nos conhecemos, o facto do meu pai conhecer os pais dele, da proposta do meu pai, inclusive de lhe pagar a operação e das recusas do Christian por achar que seria abuso.

Depois da nossa conversa o Frances diz que se tem de ir embora e eu acompanho-o até ao meu pai para ele se despedir e eu fico junto ao meu pai a falar com ele. O Christian vem até nós. 

- Ray, aquele compromisso que lhe falei se puder marcar para quarta de tarde eu estou livre...

- Ok, eu vou marcar para irmos juntos. - Diz o meu pai e abraça-me. - Bem crianças, eu vou descansar. Almoçámos juntos amanhã?

- Sim pai... Vens la a casa?- pergunto

- Vou, e vocês descansem.- despede-se e nós saimos logo de seguida também.

No dia seguinte acordámos todos tarde, a festa de ontem era sensação em tudo quanto era jornais. Após o almoço o meu pai contou-nos como tinham corrido as coisas em Londres, da fuga do Bob e da prisão do Jack. Depois de um resto de domingo apenas a descansar, na segunda voltei á minha rotina no hospital e no meu consultório. Tenho notado o Christian nervoso mas também não o quero forçar a falar comigo. Na quarta ao fim da tarde ele manda-me uma mensagem a dizer que o pessoal nosso amigo e os colegas da GEH vão jantar lá a casa. Depois do jantar fomos até á sala e o Christian fala enfim.

  - Bem, chamei-os aqui para informar que dentro de 2 semanas serei operado.- diz, levanto-me de um salto e vou para o seu colo, beijo-o enquanto as lágrimas caem no meu rosto. Todos os outros o vão cumprimentar e começa a festa. Ele conta tudo o que o médico lhe disse, claro que quando fomos deitar tivemos uma conversa séria, ele explicou-me o porquê de não ter dito nada, o seu medo do médico lhe dizer que não havia nada a fazer e que tomou a decisão após a vaca da Elena me bater.

A partir desse dia acompanhei-o á consulta de anestesia e preparei as coisas para o seu internamento, falei também com o médico dele e tirei as dúvidas que tinha. Ontem ele foi internado, eu fiquei esta noite com ele e agora durante o duche recordo esta noite.

DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora