Já haviam se passado três dias.
Não era como se a dor tivesse sumido de uma hora pra outra porque dores como a que eu sentia em relação à partida dela não são dores que desaparecem facilmente.
eu ainda me sentia muito desanimado para fazer qualquer coisa.
Young me ligava todos os dias e me perguntava a todo segundo se eu estava bem, chegava a ser irritante aquela preocupação exagerada dele... Eu sabia que ele se sentia muito apreensivo por eu estar tão longe e com a cabeça fora do lugar, mas eu tinha vinte e um anos, um homem adulto que já sabia deixar os pensamentos organizados!
Ou nem tanto...
Desde que chorei no colo de jungkook no primeiro dia em que coloquei os pés em Daegu novamente depois de quatro anos eu não o vi novamente. Nós nem chegamos a conversar muito porque maior que nossas vontades de trocarmos palavras era a vontade insana de chorarmos juntos num canto.
Jungkook e eu sempre fomos repletos de diferenças desde muito pequenos, todos da vizinhança viam como jungkook era mais "másculo" e "corajoso" enquanto Park jimin gostava de glitter e tinha medo da chuva pois tinha certeza que era como se nossos corpos estivessem derretendo e se transformando em uma papa gosmenta.
Eu nunca me envergonhei de admitir que eu era muito mais frágil que jungkook mesmo sendo o Hyung da nossa amizade, mas por sorte, por ser criança eu não era muito julgado por aquilo.
Crescer é se deparar com a sociedade cruel que esteve sempre ali mas que esteve sempre ocultada pela cortina da ingenuidade infantil.
A incapacidade era tão grande que acabei tirando um cochilo em plena as três da tarde num clima que era perfeito para o que gostávamos de apelidar no passado de "brincadeiras de rua", eu não fazia ideia do que eles faziam agora mas eu apenas torcia para que não fosse algo que requeria muitos movimentos do corpo. Eu ainda estava quebrado.
Meus sonos foram interrompidos pelas batidas incessantes na porta da sala. Eu dormia no sofá e podia jurar que já sabia quem poderia ser.
Ele não me acordava mais da forma em que eu estava acostumado.
– Taehyung?
– Oi jimin-ssi! - sorriu.
Pela primeira vez notei que ele havia crescido ainda mais, e sua voz estava ainda mais grossa e rouca — se é que isso era possível — ele continuava lindo como sempre foi, só que muito mais.
– Estava ocupado? - me perguntou se debruçando no batente da porta.
– Eu estava dormindo. - sorri envergonhado.
– Nada de novo sob o sol.
Eu não havia conversado muito com Taehyung desde o dia de minha chegada, acho que todos se mantiveram meio distante por motivos de o clima não ser exatamente o melhor, e olhando bem Taehyung estava extremamente charmoso com aquela cor de cabelo...
– Então já que não estava ocupado, que tal irmos pra praça das flores brancas?
– Brincadeiras na rua? - soei irônico com um sorriso e o vi revirar os olhos.
– Nunca é tarde demais para reviver as melhores lembranças jiminnie. - se virou e saiu andando lentamente me deixando na porta com cara de paisagem.
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I'm gay {jikook}
Fiksi Penggemar- Mas por que você está usando uma saia? - ele me perguntou, unindo as sobrancelhas. - Porque eu sou gay! - cruzei os bracinhos. - E o que isso significa? - Significa que eu gosto de garotos... ... - hyung? - Sim? - Eu sou gay. Onde o destino...