Doa o que doer

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  A dor era alucinante.

  Foi tudo que consegui lembrar depois de apagar completamente desmaiada. Senti alguém chamar por meu nome, mas ainda estava desacordada.

  Ao abri os olhos vagamente notei que estava em uma sala clara.

— Rebecca? — Chamou uma voz ecoando em minha mente e ao recobrar completamente minha mente percebi quem me chamava.

— Handriel? — Chamei por ele e senti sua mão deslizar meus cabelos.

— Oi meu amor. — Disse ele.

— O que aconteceu? — Peguntei respirando firme. — E por que estou me sentindo com se estivesse de ressaca? — Ele me deu um sorriso tímido.

— Os médicos não me disseram muita coisa, só que você fraturou a cabeça. Como está se sentindo? — Perguntou e logo me lembrei de Lilith golpeando minha cabeça no corredor da escola.

— Estou bem... Só com dor de cabeça.

— O que aconteceu? — Perguntou.

— Eu... — Não podia dizer a ele que havia sido sequestrada, não para que ele surtasse, primeiramente eu precisava descobrir o que havia acontecido comigo para só então me explicar. — Caí... — Respondi sem pensar muito bem na resposta, óbvio que Handriel não acreditou.

— Caiu? No meio do campo de futebol americano? Onde não teria a possibilidade de machucar a cabeça por causa da terra? — Arregalei os olhos, fui encontrada no campo?

— No campo?

— Sim, procurei por você em todos os lugares! Te achei jogada sangrando no meio do campo! Corri desesperado com você para a enfermaria seus amigos estão todos lá fora esperando por notícias!

— Ah... Desculpe. — Respondi tendo flashbacks do que havia acontecido até o momento em que... Em que... Céus, eu havia sido marcada por um ferrete não tinha? — Preciso ir... — Disse me levantando com dificuldade, gemi de dor, meu abdômen estava ardendo de dor e Handriel me barrou me ajudando a deitar novamente na cama.

— Não vai sair desse jeito nem pensar! Deixe-me ver, onde está doendo? Aqui? — Ele ia tocar no meu abdômen, mas o impedi segurando na sua mão. Ele havia estranhado aquilo. Eu era mesmo péssima em esconder as coisas.

— Eu estou bem. — Minha voz saiu mais séria e rouca do que eu queria e Handriel percebeu exatamente na mesma hora que algo não estava certo.

— Alguém por acaso está ameaçando você, Becca? Te machucaram? — Sussurrou ao se aproximar de mim preocupado. 

— Não! E-Eu estou bem... Desculpa por não está sabendo lidar com isso, ainda estou um pouco confusa por conta da cabeça, mas... Prometo explicar tudo direitinho em breve tudo bem? — Perguntei, e Handriel parecia muito preocupado, quase que desesperado por me ver naquela situação. — Ei... — O chamei. — Eu estou bem, ok? — Levantei-me para dar um beijo em seus lábios, mesmo com a dor exposta o beijei para tentar aliviá-lo. Aparentemente deu até certo. Eu esperava.

  Ele fez que sim com a cabeça e saiu para que meus amigos pudessem me encher de ladainhas sobre o que diabos havia acontecido. Droga. Eu realmente não queria responder.

 Todos haviam entrado e Adam me xingou por pelo menos duas horas tentando saber o que diabos havia acontecido, Lyssa examinava a minha cabeça como se eu estivesse partido o crânio ao meio e Dany estava mais elétrica do que o normal. Não vi Blake, ele não estava por ali, mas o mais incrível era que Taylor estava ali. Ué? E desde quando ele se preocupava comigo?

Renegados do Inferno - Marcada - Vol 2 (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora