Como matar a morte?

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  Estava correndo junto a Handriel e os meus amigos quando de repente Adam para no meio do caminho, olhei para ele assustada e reparei que seus olhos estavam completamente negros. Acho que ele estava tendo uma visão.

  Ao voltar recuperando o fôlego Adam me encarou com a feição horrorizada e amedrontada.

— O que você viu? — Perguntei já reparando que algo bom não era.

— Blake e o diretor não vão conseguir segurar Azrael a tempo. — Disse ele e um frio subiu por todo o meu corpo. — Eles não vão morrer, mas... — Ele parecia cada vez mais assustado.

— Mas o que? 

— Você morre Becca, na minha visão você morre... — Respondeu e eu apenas o encarei inexpressiva.

  Parece que aquele era meu destino no final de tudo não é mesmo?

— E como mudamos o curso da visão? — Perguntou Dany e Adam pensou.

— N-Não sei, nunca mudei o curso de uma visão antes... I-Isso sempre requer colocar algo pior no caminho e... — Ao perceber que Adam estava nervoso demais Taylor segurou sua mão, pela primeira vez sem se importar com o resto, apenas acalmando Adam, eu queria muito sorrir daquilo, era fofo e ao mesmo tempo surpreendente, foi então que Adam ao olhar nos olhos de Taylor teve uma ideia. — Eu sei o que fazer, mas preciso que confiem em mim... Todos vocês.

  Comecei a sentir um cheiro horrível de problemas... Iríamos mesmo mudar o futuro?

***

  Após diversas tentativa de derrotar Azrael, Belzebu decide que o melhor nessas circunstâncias era não apreciar a morte de Blake.

  Puxou o rapaz pelo braço correndo e abrindo asas deixando claro que voariam para longe de Azrael. Exatamente como Adam havia previsto... Eles não dariam conta do anjo da morte.

  Belzebu já tinha a certeza de que eu estava segura, e isso era exatamente tudo o que importava naquele momento. Blake estava ferido demais para prosseguir a batalha e depois de que o diretor me prometeu cuidar dele e salvá-lo, jamais que ele permitiria Blake de morrer em campo.

  Azrael não os seguiu...

  Ela na verdade havia entrando em outros cômodos procurando por mim. 

  Havia chutado outra porta e entrado, era a sala de química e eu não estava lá, porém outra pessoa estava. Um jovem de físico afeminado e um belo topete castanho com seus olhos arregalados não agradando muito de se servir como isca.

  Porém a ideia era dele para início de conversa né?

— Ah por favor não me mata, eu não tenho psicológico avançado para sentir dor! Eu me cago todinho só de pensar! — Respondeu ele andando lentamente para trás.

— Vai ter muito psicológico quando eu te levar para o inferno.

— Moça, vira essa boca pra lá! Xô que é PRECONCEITO! Só por que sou gay?

— O que? — Perguntou Azrael confusa.

— Está me dizendo que vou para o inferno só por que eu sou gay, não é queridinha? Isso é claramente preconceito e posso denunciar sobre o caso! — Ele correu para o outro lado da sala.

— Sério? Está realmente dizendo a uma mulher negra de que sou preconceituosa?

  Adam franziu o cenho confuso, é não fazia muito sentido quando se colocava daquele jeito.

— Você é descendente de um renegado "queridinho". Sua sexualidade não interessa no julgamento final! — Respondeu voltando a caçá-lo.

— Ah! — Ele gritou afeminadamente correndo para longe dela. — Sou alérgico a piranhas! Pelo amor de deus estou sentindo o cheiro de gente que não transa a seculos! Se quiser te arranjo um bofe maravilha! — Ela o ignorou e continuou atrás dele que fugia andando em círculos pela sala. — Tem um bonitão solteiro da sala de física que eu estou afim, mas que não me olha, acho que é hétero!

— Cala essa boca! 

— Espera! — Ele parou e fez sinal de pare com a mão. — Você realmente tem uma pele incrível, usa creme de ricota na cara?

— O que?

— É sério! Nem marquinha de espinha você tem, flor! Me ensina esse truque, especialmente para a Dany, ela está cheia de espinhas por conta do lance dos hormônios de lobisomens e tal.

— Você está me enrolando!

— Não... Não estou não... Talvez... Com certeza eu estou te enrolando, posso até ser intolerante a dor, mas Rebecca é minha amiga e você tem uma energia extremamente negativa amorzinho, se eu fosse você tomava banho de sal grosso. — Ele havia irritado Azrael que pulou em cima de Adam o fazendo soltar outro gritinho e então já apontando a adaga para ele pronta para matá-lo. — Ai meu são longuinho, São joão, Santa madalena, Cher, Madonna e Lady gaga! Alguém me ajuda aqui! — Gritou disparadamente as palavras e um rosnado se escutou na sala, logo em seguida Azrael foi derrubada por um rapaz sem camisa com as garras de lobo expostas, dentes afiados e olhos guturais amarelados.

— Você tá legal? — Perguntou ao Adam.

— TAYLOR! Meu Deus nunca te amei tanto como agora! — Respondeu aos berros. — Obrigado, Cher, Madonna e Lady Gaga! — Gritou e Taylor deu um sorrisinho idiota. Foi só então que Adam pode ver melhor que o rapaz estava sem camisa. — Isso aqui é novo filme de crepúsculo ou está tentando me fazer desmaiar no meio da distração? — Perguntou ele e Azrael aparentemente zangada se levantou. — De verdade. Valeu por ter vindo.

— Eu não ia te deixar sozinho com a maluca dos infernos nem ferrando garoto purpurina. — Respondeu Taylor fazendo as presas aparecerem. Adam soltou um sorrisinho bobo, então quer dizer que ele se importava. — Quer dizer que você me ama? — Perguntou Taylor se referindo a frase anterior de Adam, e o médium acabou por ficar vermelho pela primeira vez na vida.

   Azrael avançou na direção dos dois e Taylor piscou para Adam se jogando no ar e se transformando em lobisomem. Aquilo sim havia surpreendido não só Adam como aparentemente surpreendeu Azrael também.

  Lobisomens só não se transformavam à noite e em lua cheia?


Renegados do Inferno - Marcada - Vol 2 (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora