Perdão

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 Mansão Fallen, Transilvânia — Romênia. 

  Rachel Alucard estava amarrada em uma barra de metal bem no centro do novo quarto onde Heilel se estabilizou. Aparentemente ela havia tentado escapar já que seus pulsos ainda se cicatrizavam da tentativa inútil de cortá-los fora, e fugir daquele inferno.

  Ela estava com os olhos fundos, os cabelos bagunçados, e suas roupas eram apenas uma enorme blusa branca de Heilel com um short preto.

  Lúcifer entrou no quarto sem olhar para ela, apenas se direcionando ao freezer do quarto de estilo antigo do século XIX. De lá ele retirou uma bolsa de sangue e se voltou para ela sorrindo.

— Tenho que admitir, Rachel. Acreditei por um breve momento que você se uniria a mim, por ser uma daquelas que mais se identifica com minha história trágica, mas aparentemente você não é muito sentimental. — Disse ele erguendo o celular de Rachel no ar declarando que já sabia de que a vampira mantinha contato com a escola de Bloodville.

— Sabe como é. Sou uma mulher, não tenho coração. — Ela sorriu. — Tipo... Literalmente já que o meu não bate. — Metaforizou com um ar entediado, porém como já se era de esperar, bem sexy.

— Ah querida Rachel. — Ele havia se aproximado perto o suficiente para que a vampira sentisse sua respiração bater e voltar pelas suas narinas. — Você não faz ideia com quem está realmente se metendo, não é mesmo? Por que não facilita as coisas pra mim? Você mesma confirmou que nem queria viver! Por que desta teimosia toda?

— Prefiro continuar mantendo minha existência entediada do que doar o meu corpo, que convenhamos não é de se jogar fora, a qualquer um. Nem mesmo para a esposa do diabo. — Respondeu ativando o seu modo vampiro e sorrindo logo em seguida. 

— Não brinque comigo Rachel...

— Não Heilel... Você ainda não me viu brincar. — O olhar que Rachel lançou à Lúcifer era matador e sensual ao mesmo tempo. — Você não vai conseguir realizar seus desejos Lúcifer... Sabe que não vai. — Ela sorriu voltando ao normal e logo em seguida lambendo o rosto do anjo caído em sua frente gargalhando a vitória prolongada.

  Ele pressionou as mãos segurando seu pescoço fazendo uma aparência séria e assustadora. 

— Ops... Parece que eu provoquei o diabo. — Disse ela ainda sorrindo.

— Você não faz ideia, condessa.

***

  Entrei na sala do diretor que me esperava calmamente de pernas cruzadas enquanto bebia de seu Whisky calmamente em sua sala.

— Mandou me chamar? — Perguntei com a voz um tanto preguiçosa por estar ali e ele fez um sinal com a mão para que eu me sentasse e eu acatei. — Olha se for para me pedir desculpas de novo pelo que aconteceu eu já disse que.... 

— Não é. — Respondeu me interrompendo e virando o copo de vez para darmos início a conversa. — Já entendi que você é mais teimosa do que a sua mãe. Vai ser difícil. A chamei aqui por ter de tratar sobre outro assunto Rebecca.

— Que assunto?

— Forte Negro. — Foi direto e deu uma longa suspirada. — Peggy Stewart fez questão de comparecer a minha sala hoje cedo me entregando este formulário... — Disse ele jogando um papéis em cima da mesa. — O conselho permitiu a estadia de sua segurança dentro da escola. Acreditam que a escola não possui os equipamentos necessários para proteger a chave de selar os portões do inferno viva. Eles me garantiram uma nova colega de quarto para você.

— Fiquei sabendo.

— Seu nome é Alison Stewart. — Continuei com a testa franzida escutando atentamente suas palavras. — Rebecca, Alison é a filha de Peggy.

Renegados do Inferno - Marcada - Vol 2 (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora