Capítulo 3 - A verdade sempre dói

10.3K 579 52
                                    

Maite


Liam, meu assistente, me ligou as 10h00 me dizendo que Angelique havia tido um ataque de pânico e que tinha ido para o apartamento. Desliguei o celular resmungando e praguejando, desejando que aquele idiota não tivesse feito algo com ela. Angelique podia ter esse jeito de mulher decidida e experiente, mas no fundo era sensível e no seu passado já havia sofrido muito. Sempre desejei que ela se esquecesse de alguma forma o que passou, mas ela nunca foi capaz de superar, sempre buscando ajuda em psicólogos e nada. Tomara que ela esteja bem.

Quando entro, ela está enrolada no sofá, chorando. Largo minha bolsa em qualquer lugar e corro para abraça-la.

- Não fica assim, amiga. – eu falo baixinho enquanto escuto seus soluços. Vê-la assim me corrói por dentro. Dá vontade de matar aquele bastardo – Me conta o que aquele maníaco fez pra você ficar assim? Ela assua o nariz e respira fundo. 

- Ele não fez nada demais, acho. – ela fala – Ele apenas tentou me beijar, mas o jeito dele, sei lá, me lembrou aquela noite. – ela treme. 

- Bastardo. Não se preocupe. Ele nunca mais chegará perto de você. – ela funga. 

- Não é culpa de Sebastian, é culpa dele. – ela fala – Eu nunca poderei seguir com minha normal, Mai. Sempre terá essa terrível lembrança para me assombrar. 

- Não terá não, de forma alguma. Você tem a mim. – eu falo abraçando-a mais forte. 

- Eu achava que depois que eu o colocasse na cadeia, eu mesma, ia passar – ela gemeu – Mas ainda não passou. Isso é horrível. 

- Ei, me escute – eu falo puxando seu rosto – Aquele desgraçado teve o que mereceu e ainda vai passar muitos anos lá. E você vai superar isso, porque vou ajuda-la. Você por acaso parou de ir ao psicólogo? Ela fica calada por uns segundos. 

- Ele me destruiu, Mai. Ele tirou um pedaço de mim. 

- Do que você está falando? – senti minha espinha gelar. – ela respira fundo. 

- Eu fiquei com vergonha de falar – ela disse – Bom, depois do que houve, eu nunca mais... consegui ficar com um homem. 

- Mas todas as vezes que você saiu com alguém... 

- Eu tentava, mas nunca fui até o final. Eu ficava assustada e saia correndo. 

- E você nunca pensou em me contar a verdade? 

- Eu tinha vergonha de dizer que nunca mais tinha... enfim.

- Você é mesmo uma idiota. – eu ia dizer muito mais coisa, mas a campainha soou. 

Deixei Angelique ir ao banheiro e corri para atender. E logo entregadores e mais entregadores encheram a sala com rosas vermelhas e todas com uns bilhetes. 

- Por favor, assine aqui. – um deles fala.

- Por acaso não estão no apartamento errado? – pergunto sem acreditar. 

- Nossa! Que lindas! William mandou pra você? – Angelique as cheira e vejo que as rosas animaram ela. 

Assinei a entrega. 

- Com licença, para quem são as rosas? – pergunto ao entregador. 

- Para Angelique Boyer – ele ler um papel. 

- Humm aposto que sei de quem são. – eu pego um cartãozinho de um dos arranjos e leio alto quando fecho a porta e agradeço.

"Mil perdões. A beleza delas não se compara com a sua." SR

Você é Minha, PORRA! (Adaptação Levyrroni) { I Temporada }Onde histórias criam vida. Descubra agora