Capítulo 6 - O Casamento (Parte 1)

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Maite 


William me escoltou do apartamento em que estávamos no hotel até o aeroporto, onde partiríamos imediatamente para a Grécia. Mas eu estava paralisada. De medo. Não sabia como minha amiga estava. Ela poderia estar em perigo, ela poderia estar... não podia nem pensar nisso. Ela ficaria bem, seria apenas um susto e ela se lembraria de mim. Claro que sim. Afinal, estamos juntas desde o Ensino Médio. Ela não pode ter me esquecido assim tão fácil. Não podia. William me envolve em seus braços e pressiona sues lábios em minha testa. 

- Você está pensando demais – ele murmura quando caminhamos até seu jatinho – Tudo vai ficar bem. 

- É tudo culpa minha. – eu falo – Eu não devia ter deixado ela viajar assim. Sempre cuidei dela. E agora ela está em outro país, machucada. Que idiota fui. 

- Angelique já é adulta, Maite. Você não tem culpa. Angel quis ir. Além do mais, Sebastian está lá e ele vai cuidar dela. 

- Eu sei, mas...

- Nada de mas. Vem, você precisa descansar, está muito abalada. – ele me puxa e entramos em seu jatinho.

E ainda tinha um pequeno detalhe que quase esqueci, nosso casamento. Como isso pode ter acontecido? Quando nos sentamos nas poltronas, uma aeromoça vem até nós e pergunta se queremos algo e avisa que sairemos em cinco minutos. 

- Você tem alguma ideia de como isso aconteceu? – indico nossas alianças. Ele sorri e coça a cabeça. 

- Não, mas tenho provas. 

- Provas? 

William pega um envelope e me entrega. Curiosa, eu abro e fico vermelha. Lá estamos, na Igreja com Elvis. Visivelmente bêbados e nos casando, isso devia ser proibido. Totalmente. 

- De quem foi a ideia, só pode ter sido sua! – murmuro envergonhada. Ele pega o envelope e revira os olhos. 

- Claro, porque meu objetivo de vida era me casar com uma mulher temperamental e doida. 

- Você acabou de chamar de temperamental? E doida? 

- Eu estava brincando! – ele estende as mãos para o alto, em um gesto de redenção. 

- Tá, se você me acha assim, então essa mulher tem um novo aviso para o maridinho. – ele olha meu sorriso e seu sorriso se esvai, me olhando com cuidado, ele pergunta. 

- O que você quer dizer com isso? 

- Nada de sexo para você, garotão. Nada de toque, nem beijos, nem abraços. Por duas semanas.  – ele me olha como se não acreditasse. Vejo a cor se esvair de seu rosto. 

- Você não pode fazer isso comigo! Ficou louca?

- Eu já sou, não sou? 

- Você não pode estar falando sério. 

- Sério como um ataque cardíaco, agora se afaste um pouco, quero dormir antes de ver minha amiga. – fechei os olhos e o ouvi murmurar algo sobre mulheres loucas. 



Sebastian


Parte de minhas costelas havia sido fraturada além de escoriações leve, porém logo recebi alta. Angelique ainda estava inconsciente quando fui para o hotel, troquei de volta e voltei para ficar com ela. Seu médico, doutor Theo, me garantiu que se o quadro dela mudasse, ele me avisaria imediatamente. Quando cheguei do hotel, procurei o doutor que assim que me viu, acenou. 

Você é Minha, PORRA! (Adaptação Levyrroni) { I Temporada }Onde histórias criam vida. Descubra agora