Capítulo 20 - Pesadelo

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Maite

Encontro meus pais adotivos no apartamento de Ana Brenda. Ela não está em casa e eu dou graças por isso. Não conseguiria agir normalmente perto dela sem arrancar seus fios de cabelo. Agora que sei que não somos irmãs, posso partir a cara dela a vontade. Meu pai me abraça forte assim que eu entro. 

- Minha filha, estava tão preocupado com você. – ele fala e tento não chorar. Eu amava meu pai. Sendo biológico ou não. Afinal, era meu pai e disso eu não tinha duvidas. 

- Não precisava se preocupar. – eu falo retribuindo o abraço – Desculpas ter fugido daquele jeito para a Grécia. Eu precisava ficar longe e pensar um pouco. – meu pai sorriu. 

- Sem problemas. Você até ficou mais bonita, bronzeada e com a cor de cabelo natural! – ele me fala. Sorri de volta. 

- Obrigada, pai. Fez muito bem mesmo. 

- E seu marido? Onde ele está? – ele me pergunta. 

- Vamos sentar, vem filha. – minha mãe acena para o sofá. Me sento e eles me olham com expectativa. 

- William ficou na Grécia. Não se quando ele volta. Talvez em breve para agilizarmos essa historia do divorcio. 

- Vocês vão mesmo se divorciar? Eu pensei que... – meu pai ia falar algo, mas minha mãe interrompe. 

- Pare, Anthony, vamos conversar sobre o que interessa. – ela murmura. Eles se remexeram no sofá e eu respirei fundo.

- Não era como a gente pensava que você descobrisse, Maite. – meu pai começou – Não mesmo. Íamos contar. Ana Brenda foi uma tremenda vaca por fazer isso. Ela não tinha o direito. 

- Não fale assim da sua filha, Anthony! – minha mãe exclama, meu pai bufa. 

- Você educou ela muito mal pensando que pode ter tudo o que quiser. 

- Não importa, já está feito. – eu murmuro – Eu só quero saber porque e como. – eles se entreolham. 

- Adotamos você pouco tempo antes de eu engravidar de Ana Brenda. Pensava que não podia ter filhos então procuramos um bom orfanato. Na época, estávamos viajando para a Flórida e resolvemos ir a um orfanato de lá. Demos muita sorte. Você havia acabado de chegar. Tão linda e carinhosa. – meu pai segurou minha mão. 

- Logo que vi seus olhinhos espertos, soube que seria minha filha. – meu pai disse. Lágrimas se acumulam em meus olhos. 

- Mas esse tempo todo... vocês nunca tentaram me dizer nada? 

- A gente tinha decidido falar quando você ficasse maior de idade, mas ai você se formou e estava tão feliz. – minha mãe fala. 

- E Ana Brenda sabia? Desde quando? – pergunto. 

- Ela descobriu há uns anos atrás, ela acabou vendo a papelada de sua adoção. – minha mãe fala.

- Mas vocês conheceram meus pais? Vocês sabem por que eles me colocaram na adoção? – eles balançam a cabeça. 

- Na verdade, não sabemos nem quem são. – meu pai fala. 

- Exatamente. – minha mãe fala – Na verdade acho que na época nem foram eles que te levaram lá. 

- Não, não, parece que um desconhecido levou. Ninguém sabia de onde você tinha vindo. – meu pai fala.

- Então vocês não sabem que são meus pais biológicos? – pergunto. Eles balançam a cabeça.

- Sinto muito, mas não. Mas podemos procurar. – meu pai diz – Hoje em dia fica muito fácil e você tem aquele amigo que é hacker...

- Bem, eles meio que já encontraram acho. Não sei bem. – eu falo. 

Você é Minha, PORRA! (Adaptação Levyrroni) { I Temporada }Onde histórias criam vida. Descubra agora