Cafeteria de Konoha parte 1

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Kakashi 

  Yamato me levou ao seu apartamento de luxo, no centro de Konoha, bem próximo a Hatautos. Da imensa janela de vidro do apartamento, dava para ver ao longe o imenso prédio automotivo. Suspirei revoltado.

-Senpai, o que houve durante todos esses anos? - perguntou, oferecendo-me uma bebida.

-Você sabe que nunca tive dom, para me tornar empresário de automóveis. - explicava ainda de costas para ele, admirando a cidade.

-A única coisa que fiquei sabendo, foi que você foi embora depois de discutir com papai.

-Isso apenas contribuiu, Yamato. Na época, eu estava me envolvendo com uma pessoa do meu antigo trabalho.

-Você fala do seu emprego de professor de enfermagem, na faculdade federal de Konoha?

-Sim. Na época eu estava feliz, pelo menos foi o que pensei. Trabalhava durante o dia, farreava durante a noite e assim foi indo, até conhecer ela, Hanare.

  Yamato estava confuso e preocupado com meu bem estar e eu não o culpava, sempre fui um tipo de exemplo para ele.

-Senpai, não estou conseguindo entender. Então, porque agora está vivendo nas ruas como mendigo? Pelo que eu saiba, seu apartamento está pago.

-Sim está. Mas acredite quando digo que, estou melhor vivendo nas ruas.

  Por fim virei-me para ele e sentei no sofá.

-Senpai, como conheceu a senhorita Sakura? - tive um susto ao ouvir aquele nome.

-Por acaso. Ela estava distraída e eu a impedi de cair de cara no chão. Porque me pergunta isso?

-Os pais dela, são um dos nossos melhores clientes. Praticamente todos os meses, eles compram os novos modelos de carros, fabricados na Hatautos. Eles são os médicos e donos de um dos maiores hospitais de Konoha. O hospital Harunos medic.

  Fiquei boquiaberto com a informação recebida.

-Você está se interessando por ela? - perguntou-me sorrindo malicioso.

-Realmente você me conhece como ninguém, não é Yamato? - falei sorrindo de lado, fitando a taça em minha mão - Mesmo depois de ter jurado nunca mais me apaixonar, aparece essa garota do nada e mexe comigo de alguma forma, que nem sei explicar direito.

-Porque não tenta? - arregalei os olhos.

-Você é louco, Yamato? A garota é treze anos mais nova que eu. Só tem 17 anos de idade.

-E daí, senpai? Logo ela será maior de idade!

-E quanto ao meu desemprego? - ele riu.

-Você está falando de desemprego? Fala sério, senpai, você é filho do grande empresário e dono de uma das maiores empresas automotivas do Japão, Sakumo Hatake e vou logo dizendo, ele quer que você assuma os negócios da familia, junto comigo o quanto antes.

-Você sabe que não nasci para isso. - suspirei frustrado.

-Bem, isso você terá de tratar pessoalmente com ele em outra ocasião, mas se você quiser, eu posso falar com o Minato Namikaze, pra te aceitar de volta na faculdade.

-Não sería uma má idéia. - falei mais animado.

-Vejo que essa garota mexeu com alguma coisa, nesse coração enferrujado. - gargalhou.

   

Resolvi ficar e dormir por lá por essa noite. Um medo de voltar a toda aquela pressão de cinco anos atrás, tomava conta de mim. Contanto que eu não precisasse assumir a empresa da família, eu estaria disposto a sair das ruas.
   
   E quanto a Sakura, algo me dizia que nossa história está apenas começando. 

  .... 

 No dia seguinte, Yamato me deu a sua cópia da chave, do meu antigo apartamento. Resolvi me despedir dele e ir a pé mesmo, aquele lugar me traz muitas lembranças. Mais ruins que boas.
  

 Ao chegar lá, o porteiro quase não me deixou entrar, devido a minha aparência de mendigo, mas logo permitiu, quando mostrei meus documentos. Subi ao quinto andar pelo elevador e ao sair dele, me deparei com aquela porta. Numero 75.
  
   Abri e entrei, estava tudo como eu deixei. Tudo estava revirado da minha última fúria, em que eu, na ocasião, quebrei tudo lá dentro.
  Passei a manhã limpando e organizando tudo e a tarde, Yamato apareceu para me levar a uma cafeteria ali perto.

...

   Entramos na cafeteria, conversando distraídos. Sentamos e fizemos nossos pedidos, quando Yamato pegarreou.

-Escuta, senpai. Aquela que vem ali não é a senhorita Sakura? - paralisei e lentamente me virei para trás. Ela vinha em nossa direção.

-Kakashi! Que coincidência te encontrar aqui! - falava animada.

 Me levantei e a cumprimentei com um beijo no dorso de sua mão.

-Encantado em reve-la, senhorita. - falei imensamente feliz, por te-la encontrado novamente.

[...]

(Kakasaku) Do lixo ao luxo.Onde histórias criam vida. Descubra agora