Capítulo 4

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Dominic on:

   Então tivemos que ir na tal reunião de família. O que era um saco, já que toda vez era a mesma coisa. Mesmas piadas sem graça nenhuma e os comentários que ninguém nunca quer ouvir.

   Enquanto me arrumava, fiquei lembrando do Nathan, o loiro de mais cedo. Peguete/quase namorado da Lu.

Achei ele meio pretensioso, com seus cachos loiros caindo sob os ombros, a pele dourada, lábios levemente carnudos avermelhados e seus olhos num tom de azul profundo, porém se olhar bem pode-se perceber que é mais pra um tom de cinza azulado. Ele é aquele tipo loiro de praia que faz academia toda semana e se preocupa com estética, até parecia um anjo, mas ao mesmo tempo sua personalidade mostrava o contrário. Com toda certeza, o tipo de garoto que se torna crush de todo mundo. Será quantos anos ele tem? Pareceu ter a minha idade, não sei. Mas achei ele um cara bacana, aquele tipo de pessoa que você definitivamente quer por perto. Espero que a gente se encontre mais vezes.

   Vi que ele não se deu muito bem com a Valentina. Ela deve tá, com certeza, com ciúmes da amiga. Deve ser aquele medo de ficar de lado, ser trocada pelo namorado.

  

    A reunião foi daquele jeito que eu falei. Um porre total. Pelo menos eu tenho a Valentina aqui comigo. Ela faz com que o tempo passe mais rápido e de uma forma mais divertida.

   Por mais que nossa relação de cores não esteja uma das melhores, eu gostava de ter minha amiga por perto. Minha amiga.

   Eu abracei ela depois da confissão de que nada ia abalar nossa amizade.

Eu espero, no fundo do meu confuso coração, que ela esteja me falando a verdade. Eu não surpotaria perder a Tina. Depois do abraço ela veio pra me beijar, eu iria recusar, dizer que não tava afim, mas fiquei com um certo medo, receio dela achar ainda mais estranho o meu comportamento, então a beijei de volta. Mas foi um beijo rápido, me levantei em seguida pegando sua mão a erguendo da cadeira de balanço também.

   Depois da nossa conversa, fomos passear pelo jardim da casa dela. Relembrando os melhores momentos da nossa infância que passamos ali.

   Quando olhei as horas, já se passavam das 7 horas da noite. Resolvemos passar no drive thru de algum fast food. Peguei o carro e fomos, pedimos os sanduíches mais loucos do cardápio, como sempre fazíamos, e depois de comermos, no carro mesmo, fui deixá-la em casa de novo.

   Ela tentou insistir pra mim dormir lá com ela, mas preferi não aceitar a proposta. Não queria passar por aquele momento de novo.

   - Amanhã você vai pra festa da Lu né? - ela perguntou após se dar por vencida.

   - Eu já tava me esquecendo pra falar a verdade - confessei-  Mas ainda bem que me lembrou. Vou sim. Quer que eu te busque?

   - Ah, por favor. Meu pai só me deixa sair se for com você.

   Sorri com o comentário. O pai dela realmente gostava de mim.

   - Então eu passo aqui pelas 20:00 horas okay? - Perguntei.

   - Perfeito - Ela sorriu - Tchau então Ninic - se aproximou de mim e depositou um beijo na minha bochecha.

   - Tchau Tina. Boa noite. Diz pra sua família que eu adorei passar o dia com eles.

   - Falo sim - disse sorrindo ao descer do carro.

   Ela fechou a porta ainda com um sorriso no rosto e a esperei entrar em casa para, enfim, ir pra casa.

  

   Eu nem sequer sabia o que ia dar pra Lu de aniversário. Acho que vou pedir um conselho de o que comprar pra Pietra, minha irmã mais nova.

Chegando em casa, tomei um banho que me fez refletir sobre meu dia, principalmente em como colocar em ação os conselhos que recebi do Dr.James.

Ja estava me preparando pra dormir quando lembrei do meu celular. Fazia algumas horas que não checava as mensagens.

Diferente do habitual, só tinha 1 mensagem no Whatsapp. Eu abri o app achando que era da Valentina, mas me enganei. Era de um número que eu não tinha salvo.

Mensagem:

•Hello, Dom?• 😏

O Amor Em Todas As CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora