Capítulo 21

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Valentina on

Tem sido dias confusos, sabe?

Todos os pensamentos embaralhados num emaranhado de ideias frustadas, isso faz com que eu me sinta perdida sem saber para onde ir é como quando Alice seguiu o coelho para dentro da toca e caiu, só que no caso eu continuava caindo e eu não faço a miníma ideia de onde eu vou aterrissar, e também não faço a miníma de que personagem cada pessoa na minha vida irá se encaixar tudo está confuso. Eu não sei o que falar ou sequer como raciocinar com toda essa enxurrada de coisas.

Talvez eu esteja exagerando. 

Minha parte sensata acha realmente isso, mais está aí a real beleza da juventude fazemos de um pequeno arranhão um corte enorme então sofremos como se não existisse amanhã, mas quando o sol aparece novamente lá estamos prontos para uma novos cortes, isso é a juventude ganhar cicatrizes e aprender com cada uma delas e então no futuro a gente já sabe qual dor vale aguentar.

Depois que Lucy bateu a porta com toda fúria que tinha, afinal ela não tinha o direito de estar com raiva ou sequer irritada ela provocou aquilo não mediu suas ações achou que poderia brincar com as pessoas e pior com seus sentimentos agora ela que se vire com as consequências.

Só por um segundo.

Só por um segundo eu gostaria de esquecer meus problemas, de voltar no tempo e fazer tudo diferente tentar algo novo mas acontece que eu cometeria o mesmo erro bobo porque enfim não teria a experiencia eu tenho agora. Clichê.

Segunda opção.  

Algo tão patético não deveria nem se quer  existir,  é quase a mesma coisa que dizer "Você é boa, de verdade, mas existe alguém muito melhor" e eu realmente não me submeteria a esse papel seja ele com a Lucy ou com qualquer outro, não valia a pena, só ser lembrada quando outros esquecem de alguém. Tão primitivo, e todo fazem isso, eu mesma faço. Hipócrita. Mas nunca percebemos o qual desgastante é até isso acontecer conosco, quando a pessoa só fica com a gente por que não existe ninguém melhor para ela perde tempo.

Eu nem sei como me senti, é complexo   demais para que eu tente entender.

Eu estava horrível, meu cabelo estava cheio de pontas duplas e fios quebrados, tinha uma cara na minha olheira, era isso que eu ganhei por mais uma vez me envolver em relacionamentos destrutivos, como quase todos na minha vida, minhas amizades, minha família, minhas relações amorosas, mas não me arrependo.

Eu só tinha que me reinventar, viver para mim mesma e parar de procurar alguém para se encaixar em mim, para preencher um vazio que não necessita ser preenchido.

Me olhei no espelho, eu não queria que tivessem pena de mim, não queria que Dominic aparecesse aqui com um pote de sorvete falando que eu sou bonita e que logo logo eu iria conhecer alguém mil vezes melhor. Caramba. É difícil saber o que a gente precisa ou como precisa. 




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