Capítulo 10

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Dominic on:

  Minha mãe tinha feito minha comida preferida pro almoço, pizza de palmito e champignon. Já se passavam das 14:00 horas e eu ainda estava saborendo o quarto pedaço da oitava maravilha do mundo.

    Eu tinha dormido mais que bem naquela noite. Pietra, minha irmã mais nova, assistia uma de suas séries fúteis com romances clichês na TV, o que me fez lembrar da noite de ontem, talvez por que eu tenha feito algo que eu deveria ter me arrependido, mas não foi isso que aconteceu. Eu ainda conseguia sentir a sensação dos lábios de Nathan nos meus. O modo como sua língua invadiu minha boca e o quão bom foi poder finalmente, tocar naqueles lindos cachos dourados enquanto o puxava mais para perto de mim.

   Eu sou ...GAY?  Então é isso? Será que é por esse motivo que eu vinha rejeitando a Valentina? Eu sentia repulsa, por não sentir atração? Mais dúvidas surgiam na minha cabeça. Só fui retirado do meu devaneio quando meu celular apitou anunciando uma nova mensagem.

Mensagem:

Dom

Nathan.

Que bom que me respondeu dessa vez.!!!🙄

Eu senti que deveria...

Entendo...

Mas o que acha de sairmos pra algum lugar? Acho que precisamos de uma conversinha...

É...Talvez.

Acho uma boa. Onde?

Tem um pub aqui no bairro, é legal e tranquilo nessa hora. Te mando a localização.

Okay. Vou passar por lá.

Não vejo a hora...


   Desliguei o celular, e continuei a assistir a série com Pietra. Vendo por outro lado, até que ela tinha uma trama bem interessante.

*

   Eu acho que nunca em toda a minha vida me senti tão nervoso.

   Já era a terceira vez no último segundo que eu conferia minha roupa no espelho. Tentei parecer que não me arrumei demais, mas ao mesmo tempo sem parecer desleixado. Acho que esse é o meu estilo. A Tina sempre disse que eu era bem metódico, e acho que sou mesmo. Talvez eu até tenha um leve caso de toque. Minhas duvidas só aumentam quando eu me irrito ao ver uma mecha de cabelo caindo nos olhos, destruindo a pose de penteado impecável. Eu gosto de pentear os cabelos para trás, para que não saíam de sua ordem.

   Eu vestia uma bermuda cinza e uma blusa polo esportiva branca com detalhes azul cobalto, acompanhado de um vans preto discreto. Dessa vez coloquei uma pulseira de couro que Valentina havia me presenteado, sem esquecer do perfume, elemento crucial.

   Depois de checar o espelho mais uma vez, finalmente fui ao encontro de Nathan.


   O pub não era longe, daria para ir caminhando, mas não queria ficar suado então fui de carro mesmo.

   Ele estava sentado num banco no balcão, o mais afastado e escuro canto do local. Como sempre, ele tinha a aparência loiro de praia que sabia se vestir. Era descolado e ao mesmo tempo sofisticado, era uma coisa complexa.

O Amor Em Todas As CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora