Dominic On
Eu sorri com o comentário dele e me aproximei para beijar seus lábios que me fizeram tanta falta.
- Não sei se vou poder ficar aqui para ver isso acontecer - Eu disse, ainda sorrindo - Amanhã tenho aula cedo, tenho que ir pra casa.
Ele revirou os olhos.
- Entendo, mas não queria entender - Ele ficou de pé e desligou a televisão - Mas podemos ao menos marcar de sairmos amanhã?- Pode ser, eu te busco?
- Que nada, não é necessário. A gente marca um local, nos encontramos lá.
É claro. Já estava tão acostumado a sair com a Valentina.
- Então tudo bem. Combinamos depois o local e a hora certa.
Ele sorriu e concordou com um leve aceno.
- Até amanhã menino Dom.- Até, Nathan.
Dessa vez foi ele quem me beijou e me levou até a porta.
(...)
Acordei mais feliz dessa vez. Nem me incomodei com o barulho do alarme.
Me arrumei rápido, para ir ao colégio.
Passando na casa da Valentina buzinei uma, duas, cinco vezes e nada dela aparecer. Estranho...
Resolvi ligar para seu celular mas acabei me deparando com mensagens suas me avisando que não iria para a aula. E só depois dela me certificar que estava tudo bem, fui para o colégio, sozinho.
(...)
Não fui expulso de nenhuma aula, o que foi um milagre por eu não estar dando atenção nenhuma nos professores.
Só a Valentina me vinha a cabeça. Ela não tá bem. E eu não precisava ouvir sua voz, nem vê-la, para perceber isso. Depois que eu comecei a me envolver com o Nathan, consegui sentir o seu afastamento. Ou será eu quem está se distanciando. Mas isso não importa, o que preciso saber, urgentemente, é o que esta acontecendo com a minha amiga. Ela precisa de mim.o alarme do fim das aulas finalmente ressoou, mas quando passei na casa da Tina, ela já não estava mais lá.
Resolvi chamar o Nathan para almoçar comigo.
Ligação on:
— Alô sweet.
Não pude evitar de sorrir com o novo apelido. Ele adora fazer isso.
— Sweet? Os apelidos não param?
— Apelidar as pessoas é o que me define menino Dom. Sempre me foi viável ser único, não me leve a mal. Eu gosto de ser assim.
— E eu gosto de você por ser assim.
Saiu. Quando eu percebi, já sorria feito bobo ao celular. Mas, é a verdade. Não posso me envergonhar por dizer algo do tipo. A cada dia que passa eu gosto mais dele, e isso me faz feliz.
— Eu sei que costumo ser uma pessoa incrível. Porém, sei que não me ligou apenas pra dizer que tá caidinho por mim / apesar de eu ficar decepcionado por isso.
— Tem razão. Estou tentando flertar com você, mas acho que prefiro fazer isso pessoalmente. Já almoçou?
— Digamos que minhas tentativas de cozinhar não terem dado muito certo. Talvez, só talvez, eu tenha deixado o arroz queimar duas vezes.
Gargalhei com a confissão. É tão bom poder saber mais dele.
— Ficarei lisonjeado em nunca ter a chance de provar de seus dotes culinários.
— Ah, cala a boca Dominic. O Google que ensinou errado. E, você está me chamando para almoçar?
— Claro que estou!
— Que bom que está. Onde? Estou com um pouco de fome.
— Sabe aquele restaurante que tem perto da minha casa? Bem na esquina mesmo?
— Ahn... não.
— Fala sério, você tem que comer lá. Eles tem a melhor pizza de palmito!
— Eca Dom, palmito?
— Seria bom se você soubesse que sou vegetariano. Mas, lá tem outras coisas também. Te mando a localização por mensagem. Beijos, até daqui a pouco.
— Até.
Ligação off
Por mensagem, marcamos daqui a 10 minutos. Eu poderia ir perfeitamente em casa trocar de roupa, mas estava extremamente cansado e com preguiça de ter que encarar minha mãe e explicar mais uma vez que eu não estou usando drogas.Me sento em uma mesa afastada e, depois de já ter dispensado dois garçons dizendo que eu estava esperando companhia, notei um loiro com um sorriso muito bonito, deixando aparente a leve covinha na ponta do queixo.
- Oi, preciso dizer que você fica incrivelmente sexy de uniforme.
Sorri com o comentário.
- Você também não está nada mal - Ele estava lindo! Com uma bermuda azul marinho, que deixava as panturrilhas malhadas à mostra, e uma polo branca e vinho. Os cabelos, como na maioria das vezes, despenteados e caindo sobre os olhos.
- E peço desculpas pela demora. Tive um problema com minha roupa antes de sair de casa. Meu gato escolheu um péssimo dia, e um péssimo lugar, para fazer xixi. Minha blusa estava sobre a cama e só fui perceber o cheiro extremamente desagradável quando já me encontrava no elevador.
- Tudo bem, sem problemas... espera aí, você tem um gato?
- Ahn... tenho. Achei que já tivesse comentado a respeito. Ele é meu pequeno xodó.
Não pude evitar de sorrir com o pensamento de Nathan cuidando de um gatinho. Tão fofo, me surpreendo com ele a cada diálogo, por mais breve que seja.
- Eu exijo conhecer o ser com quem estou tendo que disputar pela atenção do meu namorado- falei brincando.- E eu não vejo a hora de isso acontecer.
(...)
Depois de muitas conversas e risadas, fomos embora do restaurante. Eu, fazendo uma dancinha da vitória por ter conseguido convencer o Nathan a provar palmito. Mas, é claro que ele achou horrível! Mas isso é o de menos, o que importa é o fato de eu ter conseguido persuadir o loiro. Ele não é uma pessoa muito fácil de convencer.
Nos despedimos com um leve beijo e seguimos, cada um o seu rumo.
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O Amor Em Todas As Cores
Teen FictionA amizade colorida dos jovens Dominic Foster e Valentina Campbell era cheia de idas e vindas, momentos felizes e reviravoltas. Mas nada ficou mais complicado como quando o destino resolveu pregar uma peça na vida de Dominic. Com nome e sobrenome, a...