Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)

CAPÍTULO 66

Alya Narrando

"Você entendeu tudo, Alya?"

"Sim, Adrien, pela décima vez", resmunguei.

"Presta muita atenção, nada pode dar errado"

"Adrien, relaxa, okay? Se acontecer o que você espera, tudo vai se resolver"

"Não existe 'se', tem que acontecer"

"Então você vai esperar até amanhã, e eu preciso dormir"

"Você não pode esquecer de..."

"Adrien", choraminguei, "eu sei tudo que tenho que fazer, de você repetir mais uma vez eu me jogo da janela"

"Ok, vou tentar manter a calma"

"Obrigada", resmunguei, "Tenho que desligar agora, vou dormir", bocejei.

"Agora?", ele fez uma pausa, "Nossa, já são quase meia noite e meia"

"Pois é né", respondi irônica, "Boa noite"

"Boa noite, e...Alya, obrigado"

"Não me agradeça, vamos esperar até amanhã, tchau"

"Tchau"

Finalizei a ligação com um suspiro. Ele tinha passado a noite inteira planejando algo.

Se ele quisesse mesmo voltar com minha amiga, teria que agir de modo que ela visse a verdade.

Conectei o celular no carregador e finalmente pude me deitar.

[...]

No dia seguinte, eu mal me mantinha em pé, e tinha certeza de que dormiria em alguma aula.

Para minha sorte, naquele momento, a Mari nos convenceu a trocar de lugar na sala de aula, então as chances dos professores notar era muito menor.

Me arrumei e fui tomar café, pegando o necessário para sair de casa e encontrar a Mari para irmos para escola.

Minha amiga não parecia nada bem, vestida apenas com um moletom preto, calças jeans e um coque frouxo. Não que sua roupa falasse algo, mas aquela não era a Marinette de sempre. Seu rosto tinha um pouco de maquiagem, provavelmente para esconder o rosto inchado.

Ela não falou nada por um bom tempo, o que já estava ficando seriamente irritante. Mas eu não me pronunciei, ela precisava desse tempo, precisaca pensar.

Fiz exatamente o que eu e Adrien combinamos, não me separaria da Mari nem por um minuto e ficaria de olho na Lila.

Como mudamos de lugar, para o outro lado da sala. Era possível ter a visão tanto do Adrien, quanto da Lila. Ele virava a cabeça para trás em todo instante, já Mari não tirava a cara do seu caderno. Do outro lado tinha a Lila que alterava seu olhar entre Adrien e Mari de maneira triunfante.

Respirei fundo controlando minha raiva. Minha vontade era de acabar com ela.

As primeiras aulas passaram, e assim que o sinal tocou fomos para o refeitório.

Adrien passou por nos e seguiu para sua mesa com os meninos. Lila, em uma das mesas próximas, não parava de encara-lo.

"Vamos sair daqui?", Mari pediu.

"Porque amiga?"

"Eu não quero ficar no mesmo lugar que eles"

"Poxa, vamos ficar Mari, não é justo você sair"

"É melho irmos Alya, a Mari está desconfortável"

"Então vamos ficar só mai...", vi o Adrien saindo do refeitório, "ta, tudo bem, vamos", levantei e Bia me olhou sem entender.

Ela continuou me encarando confusa, fiz um sinal para ela em direção a porta mas ela continuou sem entender. É lerdinha mesmo.

Fiz outro sinal, mostrando a Lila indo pelo mesmo caminho do Adrien e ela finalmente pareceu entender.

Para nossa sorte, a Mari estava distraída pegando suas coisas.

Movimentei meus lábios dizendo "biblioteca" e ela assentiu.

"Vamos para a biblioteca", não foi uma pergunta.

"Fazer?", eu resisti a vontade de rir daquela perguntar.

"Eu estou à procura de um livro, acho que aqui pode ter", foi sua única explicação.

"tudo bem então", deu de ombros e nos seguiu.

Abrimos a porta do lugar com cautela, praticamente estava vazia.

"Onde você acha que pode estar o livro?", Mari perguntou.

"Shhhh", resmunguei em um sussurro.

"Não tem quase ninguém aqui"

"Ainda é uma biblioteca", Bia retrucou.

"Vocês ficam mais esquisitas a cada dia"

Olhei para os lados a procura do Adrien e da Lila, não foi difícil encontra-la indo até ele no fundo da biblioteca.

"Você tinha me dito ser um romance, né Bia? Vamos procurar no final", comecei a andar e elas seguiram.

Dava para vê-los e escuta-los perfeitamente. Adrien fingia estar prestando atenção em alguma leitura, eu fingia procurar o tal livro da Bianca.

"Como é o nome?", Mari perguntou e eu fechei os olhos, temendo que Lila ouvisse.

"Her...é...garotas da noite", acredito que ela disse a primeira coisa que veio em sua mente, "você vai me explicar o que está acontecendo?", sussurrou do meu lado fingindo procurar, enquanto nossa amiga realmente estava empenhada.

"Se tudo der certo você vai entender, estou tentando descobrir a verdade", sussurei de volta.

"Eu não o encontro", Mari de aproximou e então parou no lugar.

"Adrien", era a Lila.

"Só pode ser uma maldição", respirou fundo, "vamos embora"

"Não Mari, não devemos sair só por causa dela", disse.

"Vamos escutar o que eles estão dizendo", Bia afastou uns livros para ver.

"Eu não quero escutar nada que venha deles"

"Estamos em uma bbiblioteca, então fique calada", reclamei.

Ela fez uma cara emburrada e pôs as mãos no ouvido como uma criança, mesmo sabendo que podia escutar. Chegou em um momento que ela já não podia resistir ao impulso.

Passou um tempo, e a cada segundo o rosto da minha amiga mudava de expressão, de confusa para chocada, de chocada para tristonha, de tristonha para horrorizada.

Quando ela chegou ao seu limite saiu ds biblioteca correndo, sem se importar em chamar atenção. E o Adrien foi atrás.

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