Marinette é uma garota doce, tímida e a palavra desastrada poderia fazer parte do seu nome. O que ninguém sabe por trás de tudo isso é da sua dupla identidade como heroína de Paris, conhecida pelas pessoas como Ladybug, junto com seu parceiro CatNoi...
Não consegui tirar os olhos do papel em nenhum momento enquanto saia da clínica.
Positivo
Positivo
Positivo
Uma palavrinha nunca tinha me causado uma comoção tão grande.
Grávida.
Eu estava grávida!
Nas entrelinhas do resultado dizia ser de aproximadamente três semanas.
Me perguntei como daria essa notícia ao Adrien, um ano e meio que já estávamos casados e agora mais um integrante se juntaria a família.
Eu estava tão ansiosa para contar a ele.
"Meninas, preciso fazer uma coisa", olhei para minhas amigas, elas tinham me acompanhado desde que eu comecei a suspeitar, quando passei a ter enjoos.
Eu não tinha dito nada ao Adrien para não preocupa-lo, e como os enjoos foram recentes, ele nunca presenciou um. Mantive em segredo até saber o que realemnte tinha.
"O que quer fazer grávida mais linda depois de mim?", Bia sorriu.
"Depois de mim, você quer dizer, não é?", Alya retrucou.
"Tu já teve seu filho. E ele já esta com um ano e três meses, não é mais uma grávida", Bia respondeu.
"Não é porque você ficou grávida recentemente que significa que eu não fui a mais linda", deu de ombros.
Eu ri, Bia estava grávida de quatro meses.
"Vamos logo", chamei.
Elas entraram no meu carro e eu o guiei até o shopping. Meu destino era simples, uma lojinha de bebê.
Meu plano era pegar apenas uma peça de roupa, mas era tudo tão lindo que foi necessário muito esforço para não sair comprando de tudo.
Quando finalmente escolhi o necessário, deixei as meninas em suas casas e fui para minha.
Continuamos morando em Paris, nossa casa não era gigante como a mansão Agreste, mas ainda assim era grande e espaçosa, com um jardim na entrada, uma área de lazer nos fundos com piscina, dois andares, quatro quartos, escritórios, meu ateliê....
A casa das minhas amigas ficavam em apenas alguns quarteirões, era questão de minutos para chegar-mos nelas.
Eu sabia que o Adrien ainda estava no trabalho, então subi para nosso quarto e deixei a caixinha decorada sobre nossa cama. Dentro dela, um par de sapatinhos brancos e um macacão amarelinho dizendo: sou do melhor papai do mundo.
Enquanto ele não chegava aproveitei para tomar meu banho, escutei a porta do quarto ser aberta enquanto ainda estava no banheiro secando o cabelo.
Usava apenas um roupão de veludo branco, e esperei em silêncio ele perceber o que estava acontecendo.
Quando demorou demais, abri a porta com cuidado. Ele segurava os sapatinhos minúsculos em suas mãos sem tirar os olhos dele.
"Amor?", chamei.
"É...v-verdade?", gaguejou e eu sorri indo até ele.
Seus olhos verdes brilhavam devido as lágrimas, e eu passei meus braços a redor de seu pescoço.
"Adrien Agreste, você será papai"
Ele me abraçou. E aquele momento ficaria para sempre em nossas memórias.
[...]
8 meses depois.
"Ela está vindo", a médica disse.
"Eu não consigo", chorei jogando a cabeça para trás.
Já estava ali fazia horas, e meu corpo inteiro reclamava de dor.
"Já estamos quase acabando Marinette, sei que você consegue", a médica repetiu aquilo pela milésima vez, e como em todas as últimas, eu fiz força.
Adrien apertou minha mão tentando me dar algum apoio, mas eu sabia que ele estava tão desesperado quanto eu.
Quando tudo acabou, a última coisa que vi antes de apagar foi meus dois amores juntos.
"Oi Emma", Adrien a segurava no colo com um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos.
Sorri antes de me entregar ao sono.
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[...]
"Oi, como se sente?", Adrien segurou minha mão ao me ver acordar, "precisa de algo?"
"Só um pouco cansada, como ela está?"
"Já vão trazê-la, é tão linda meu Amor, como a mãe. Tem seus cabelos e meus olhos"
Sorri com a lembrança, antes de pegarem ela para limpar.
Adrien me ajudou a se sentar quando me remexi na maca, no mesmo instante a enfermeira entrou com um carrinho de bebê e nossa filha dentro dele.
Nossa filha.
Eu nem precisei pedir para segura-la, eles perceberam minha ansiedade e a trouxeram até mim.
A aninhei nos meus braços com cuidado, admirando cada pedacinho daquele ser que me tinha totalmente em suas mãos.
"Olá Emma", passei a mão pelos seus cabelinhos escuros.
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Adrien sentou ao meu lado e ficou ali comigo. Olhando com carinho e amor para a nossa família que aos poucos ia crescendo.
