CAPÍTULO 70

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Adrien Narrando

Mari estava inquieta enquanto dormia. Acho que estava sonhando. Pensei em acorda-la mas achei melhor deixa-la descansar. Não parecia ser um pesadelo.

Segurei em sua mão e tirei uma mecha de seu cabelo que caia sobre sua testa.

Os fios estavam grudados na testa molhada de suor. Fiquei realmente preocupado, mas ela não estava com febre.

Peguei uma toalha pequena e sequei seu rosto com movimentos suaves, o melhor seria deixa-la repousando e depois averiguar o que ela tinha.

Segurei em sua mão e encostei a cabeça na cabeceira da cama. Fiquei tanto tempo a observando que nem percebi quando também cai no sono.

[...]

A cama rangeu bruscamete, e quando meus olhos se abriram em alerta rapidamente a primeira coisa que vi foi a Mari sentada na cama, passando a mão pelo rosto. Minha mão ainda segurava a sua.

"Hey, você acordou", minha voz chamou sua atenção, um pouco perdida e assustada.

Ela ficou me encarando por um tempo, sem falar nada, depois olhou para nossas mãos unidas.

"Eu...her, desculpe", a soltei, mas ela continuou me encarando, entretanto seus olhos não pareciam estar em foco, "Mari? Você está se sentindo bem?"

"Adrien?", sussurrou.

"Sim?"

"Eu...", seus olhos lacrimejaram, "faz um tempão que você não me chama de bugboo, gatinho"

Choque. Puro choque percorreu meu corpo.

"Acredito que vocês esqueceram de me contar um pequeno detalhe sobre eu ser uma super heroína", sorriu.

"Você...Mari, você..."

"Minhas memórias voltaram", assentiu.

Eu continuei imóvel enquanto ela ria em meio as lágrimas.

"Marinette", Tikki foi mais rápida e se apressou em ir até ela.

"Tikki", ela a olhou.

"Você fez tanta falta"

"Porque se escondeu?", perguntou.

"Achamos melhor não te dar detalhes de quem você era, poderia te assustar", ela explicou, "que bom que se lembrou Mari...mas...acho que vou ficar com o Plagg...lá na sacada", voou e desapareceu.

O olhar de Mari se encontrou com o meu e ela se aproximou, deixando nossos rostos a centímetros de distância.

"Hey", tocou meu rosto e fez movimentos com seu polegar, "já faz um bom tempo que não recebo um abraço seu", eu observei por mais alguns segundos a imensidão azul dos olhos dela, antes de envolve-la em meus braços.

"Você lembrou", sussurrei contra seu ombro. Uma certeza.

"Sim", se afastou para me olhar e me beijou. Levei as mãos ao seu cabelo e aprofundei o beijo, descontando nele todos esses dias em que ficamos separados.

Ela colou nossas testas e fechou os olhos, com um suspiro.

"Eu estava chegando a pensar que nunca mais viveria isso", murmurou.

"Me desculpa, Adrien", ela me olhou, "eu fui uma tola, tudo isso aconteceu por minha culpa. Deveria ter confiado em você, mas fui ridícula e idiota, e olha a que ponto chegamos por causa da minha estupidez"

"Não se culpe, você tinha seus motivos", toquei seu rosto.

"Eu pensei que você estaria magoado, desconfiei de sua palavra"

"Tramaram muito bem contra nós dois, você não tem culpa"

"Me desculpa? Por não confiar?"

"Só se você me der outro beijo, bugboo", ela sorriu, me fazendo sorrir também, "eu te amo".

"Eu também te amo gatinho", me beijou.

Marinette Narrando

O Adrien precisou voltar para casa alguns minutos depois. Todos meus amigos já sabiam da volta de minha memória. E meus pais provavelmnte estavam marcando mil exames para eu fazer.

Estava mechendo no celular quando ouvi baterem na minha porta.

"Pode entrar", falei, e meu choque foi imenso, "Lila", murmurei.

"Seus pais liberaram minha entrada", disse da porta, "fiquei sabendo que sua..."

"O que faz aqui Lila?", perguntei, "olha, se for para falar sobre eu e o..."

"Não, não é nada disso", me cortou, "Eu vim para te pedir perdão"

"Eu...desculpe, como?"

"Eu não queria que minhas atitudes tivessem tomado as proporções que tomaram, reconheci que o que fiz foi muito imaturo e desnecessário. Por isso peço desculpas pelo que causei, tudo isso...é minha culpa"

Eu suspirei. Como poderia saber se ela estava sendo sincera? Já mentiu tanto.

"Eu entendo se você não acreditar", continuou, "Tem todo o direito, mas eu gostaria de ir embora com o seu perdão. De todo modo entenderei se não..."

"como assim embora?"

"Ah...sim, meu pai consegui uma vaga de emprego em Los Angeles. Partiremos amanhã", disse, "Eu quero refazer minha vida, o Adrien me mostrou umas verdades que me fizeram repensar. Sei que nada que eu falar vai mudar o que aconteceu, mas eu precisava vir aqui e te dizer que realmente me arrependo. Desejo de coração que seja feliz, Marinette. Espero que um dia você possa me perdoar", deu meia volta e segurou a maçaneta da porta, os olhos lacrimejando.

"Lila", chamei e ela se virou parame olhar, "eu te perdoo, e espero que possa recomeçar"

Ela me lançou um sorriso sincero antes de correr até mim e me abraçar.

"Muito obrigada", me soltou, "Adeus Marinette"

"Adeus Lila"

Ela sorriu para mim novamente, fechou a porta e partiu.

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Miraculous: Ladybug e CatNoir (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora