5 - "To readjust you've got to trust that all the fuss is just a minor thing..."

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Na segunda-feira de manhã, fiz algo um pouco ilegal e fui de carro para a escola usando fones de ouvido para poder ouvir o máximo possível minha compilação Segure a onda! para me estimular positivamente para o dia. (A grana para a compra das caixas de som do meu carro estava sendo consumida regularmente por causa do "Aaah, eu quero esse CD!") Eu nem conseguia ouvir rádio, já que a KUXV estava tocando ''Audrey, espere!" praticamente a cada hora. (Está bem, dei uma roubadinha e ouvi o Top 5 da noite - a música era a número 1 -, mas vocês teriam feito a mesma coisa.) Na noite anterior, quando devia estar dormindo, mas, em vez disso, estava deitada acordada olhando as estrelas que brilham no meu teto no escuro, tentei pensar por quanto tempo a música seria popular. Talvez fosse uma coisa da semana, uma novidade que se desgastaria assim que a próxima grande banda aparecesse. Não era como se Evan estivesse na MTV ou na Teen Vogue ou nada desse tipo, certo? Isso era só uma coisa local, um garoto da nossa cidade se dando bem.

Às 8h01, essa teoria foi completamente destruída.

Victoria me viu saindo do estacionamento da escola e veio correndo me encontrar.

- Oi! - ela disse ofegante. - Você não vai acreditar nisso!

- Com base nos eventos das últimas 48 horas – respondi -, eu vou acreditar. E bom dia para você também.

- Tanto faz. Oi. Aliás, você é uma idiota por não atender seu telefone. Mas eu estava falando com Chris Collins, e o irmão dele está no primeiro ano da Rutgers e disse...

- Oi, Audrey! - Sharon Eggleston gritou do outro lado da quadra, acenando para mim com aquele pulso esquelético perfeito e branco. Eu pisquei.

- Sharon Eggleston acabou de dizer oi para mim?

- É claro que disse - Victoria bufou. - Ela vai dar o bote em você. Prepare-se para a invasão. Você ligou de volta para ela?

- Não, é claro que não. O que eu devia dizer? Oi, você tinha a maior queda pelo meu ex- namorado, vamos ser melhores amigas e sair para fazer compras? – Estávamos andando até meu armário e eu estava dolorosamente consciente do fato de que muitas, muitas pessoas estavam me encarando, incluindo um grupo de garotas do primeiro ano que pareciam ter respirado gás hélio.

- Oi, Audrey! - elas gritaram quando passei.

- Oi...? - falei, sem saber como reagir a três pessoas que pareciam estar prestes a entrar em combustão espontânea ou comer minha cabeça. Victória, é claro, continuou indo em frente.

- Então, voltando ao assunto, Chris Collins me mandou um recado pelo MSN ontem à noite e disse que o irmão dele está estudando em Nova Jersey...

- Por que Nova Jersey? - interrompi. Não resisti. – Quer dizer, por que ele não foi para Nova York e passou o tempo galhofando na cidade? É o que eu faria se fosse ele. Victoria fez uma pausa e pude ver que ela estava tentando não sorrir.

- Você disse "galhofar"?

- Não é uma palavra?

- Quem é que diz "galhofar"?

Girei o cadeado do meu armário e esperei que ele prendesse, como sempre fazia, no 33.

- Eu digo galhofar - falei para ela. - E mais pessoas deveriam.

- Deviam dizer galhofar ou deviam galhofar de verdade?

- As duas coisas.

- Ei, Aud.

- Oi, Audrey.

- Audrey, espere!

Victoria olhou para seu relógio.

A musica que mudou minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora