Seduções & Segredos - A Chama

Capítulo 3

Vamos de mais um capítulooooo meus amores!!
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Seus olhos piscaram com a compreensão de algo mais sério em minha pergunta. Diante do seu silêncio, afasto sua mão para me levantar sozinha, ele dar um devido espaço sem tirar os olhos de mim. Na verdade, parecia tão confuso quanto eu.

– Já vi você com raiva de alguém, mas confesso que ter esse sentimento direcionado a mim é estranho. – ele confessa e evito pensar em como ele está se sentindo.

– Não deveria ser já que agora nós somos estranhos um para o outro. – murmuro.

A carranca que se forma em sua face quase amolece meu coração. Ele fazia essa cara quando as coisas saiam do seu controle. Sua mente sempre pensava em algo para reverter a situação. Eu só esperava que ele não abusasse muito, pois não estou ciente do corpo e das emoções que estou sentindo no momento. É como se eu não soubesse mais me comportar ao seu lado já que para mim, tudo nele parecia ter evoluído para me seduzir.

– Não somos estranhos Natalie, somos amigos.

Amigos? Meu coração se aperta em meu peito.

– Tem certeza? Eu não me lembro da sua amizade quando decidiu sumir do mapa.

No fundo eu não estava adorando fazer ele se sentir culpado por ter me deixado sozinha. Eu me senti mal durante meses então seria justo deixá-lo sofrer um pouco também, no entanto, minha lógica não estava dando certo já que agir friamente estava me machucando também.

Existia um certo orgulho em mim, em não admitir que meu desejo agora era abraçá-lo. Isso só dificultou ainda mais quando ele disse:

– Me desculpe, petit, mas eu precisava ir.

A menção do apelido que ele me deu em francês, me desmoronou. Quando era pequena, me lembro de um dia correr pelo grande salão em alta velocidade a fim de ver Luna, quando estanquei meus pés no azulejo ao escutar um idioma diferente do meu. Nicholas estava aprendendo a ser fluente na língua já que sua mãe era francesa. Nathan achou importante, além de especial, que o filho soubesse o idioma da mãe. Anos mais tarde, Nicholas passou a me chamar de pequena em francês, era um jeito carinhoso de se referir a mim já que eu sempre fui menor do que ele.

Respiro fundo antes de falar, porém não consigo evitar minha voz embargada. Ele se referir a mim pelo apelido, foi como se mostrasse que o tempo não passou. A diferença era que eu enxergava a diferença diante dos meus olhos.

– Nenhuma carta, nenhuma mensagem, nem mesmo uma ligação de feliz aniversário, Nicholas. – murmuro.

– Não pensei que fosse se machucar tanto. – explica e arfo.

– Nós éramos melhores amigos!

– Éramos?

– Se nem naquela época você me conhecia para saber como eu me sentiria com sua partida, por que acha que entende sobre mim agora?

Seus olhos tristes buscaram o chão. Eu me sentia inquieta perto dele, como se quisesse algo que estava faltando ou estivesse fora do lugar. Era um sentimento que sentia desde que ele decidiu ir e agora se intensificou com sua volta. Sinceramente? Não conseguia decifrar o nervosismo em minha barriga por estar perto dele. Antes era diversão e estar ali quando ele precisasse, mas agora eu desconhecia o coração acelerado, as mãos suadas, as pernas dormentes e bambas, e tudo por que?

Por causa de Nicholas! Respondeu minha mente e inspirei fundo para não sair do controle.

– Eu sinto muito e você está certa. – Nicholas murmura me olhando com cuidado. – Não tem como tudo ser como era antes, mas eu pensei que quando eu voltasse, você fosse ficar ao menos feliz em me ver.