Seduções & Segredos - A Chama

Capítulo 28

Entro no meu quarto já sabendo o que procurar.

No meu armário, na segunda gaveta, se encontra o soco inglês que meu pai havia me presenteado no meu aniversário de dezoito anos.

Eu nunca havia usado, até por que nunca precisei.

Ainda bem que meu pai insistiu para me ensinar defesa pessoal. Eu só precisava distrair Marlow que sorria para mim, ainda com a arma em minha mira.

Eu tinha que me livrar dessa arma!

– No dia em que trepamos, confesso que fiquei surpreso em saber que era virgem. – ele repete me deixando muda por segundos.

Manter uma conversa talvez seja melhor maneira de distrair.

– Então você não sabia?

– Soube assim que meti em você. – murmura passando a mão pelo meu corpo e tento sair de perto de forma natural.

– E mesmo assim não tentou ser cuidadoso?

– Qual é princesa, você precisava de uma foda rápida do mesmo jeito que precisa agora.

Ele avança sobre mim me submetendo a cama. Seus lábios vêm em minha boca mais desvio. Umas de suas mãos percorrem pelo meu corpo e noto a arma meio solta em sua mão.

Quem precisa de um soco inglês quando se têm uma arma e quando posso tentar pegá-la?

Aproveito o momento em que Marlow está desprevenido e jogo minha força montando nele.

– Ah, eu sabia que era louca por mim. – ele murmura e finjo um sorriso convincente.

– Definitivamente! – uso meu sarcasmo e por sorte ele não percebe. Tento não achar graça.

– Tira a camisa vai, safada! – ele ordena enquanto põe os braços por sobre a cabeça. A arma leve na mão.

Tento controlar minha respiração ofegante. O medo de algo dá errado me domina.

Se concentra!

Tiro minha blusa devagar. Marlow fica fascinado com os olhos vidrados em meus seios sobre o sutiã e então ataco. Jogo minha camisa na sua cara que rir achando tudo engraçado. Avanço sobre ele e com rapidez seguro a arma.

Para meu azar, um dos seus dedos fica preso próximo ao gatilho.

– O que pensa que está fazendo? – ele indaga prendendo meu braço com a mão solta.

– Salvando a mim mesma de um cara como você! – digo puxando a arma em vão.

Uma pequena batalha é iniciada com resmungos e ofensas de Marlow. Mexo minhas pernas no intuito de machucá-lo atingindo suas costelas, mas minha posição não ajuda muito. Já noto meu braço adormecer com a força que sua mão o aperta. No desespero, mordo seu antebraço, mas isso acaba me trazendo uma tapa no rosto.

Caio de lado na cama com o impacto, perdendo o cabo da arma e quando dou por mim, Marlow já está com sua pistola apontada em minha direção. Minha respiração trava. Em seu rosto a fúria de quem odiou meu espetáculo.

– Achou mesmo que uma menina como você sairia ganhando?

– Pensamento positivo nunca é demais! – respondo com falsa graça.

– Eu já tive paciência demais por hoje.

– Não pode ter mais um pouquinho? – pergunto temendo minha vida.

– Eu te dei uma chance de morrer depois do sexo, você não quis. – rebate como uma criança. Meu queixo só não cai em perplexidade por que está preso em mim.