Capítulo 22

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Um leve balançar na cama me desperta da noite de sono.

Me mexo sobre o colchão me virando para encontrá-lo. Nicholas fazia em si mesmo um curativo em seus pontos. Era um pouco estranho estar assim com ele, mas era um estranho bom e especial.

Noto as pequenas marcas vermelhas quase imperceptível em sua costela e me preocupo por saber que ele está em perigo. Levando em consideração seu visual, essas pessoas sabem ser perigosas. Perdi Nicholas uma vez e não quero perdê-lo de novo, não depois de acontecer tanta coisa entre nós e definitivamente, não quero perdê-lo para sempre.

Sorrio sonolenta ao ser pega observando-o. Ele gira o corpo para dentro da cama e se estica beijando minha testa.

– Te acordei? – ele indaga e balanço levemente a cabeça em negativo. – Dormiu bem? – ele faz outra pergunta e dessa vez balanço a cabeça em afirmativo.

Ele ergue uma sobrancelha tendo consigo o sorriso sacana de sempre. Verifica se o curativo está em ordem e se deita na cama ao meu lado, de frente para mim.

– Sem conversas? – questiona e não evito meu riso.

Nicholas aproveita para se aproximar mais, descansando a mão em minha cintura.

– Você está bem? – pergunto após segundos de silêncio, acariciando seu maxilar.

– Eu me sinto muito bem, obrigado por perguntar.

– E o seu machucado?

– Intacto. Daqui uns dias estarei cem por cento.

Sorrio com a maneira divertida de Nicholas.

– Você parece bastante feliz. – acuso relaxada.

– E porque eu não estaria? Tive a melhor noite da vida! – comenta e me recordo da noite passada.

Ele parecia realmente feliz e eu... Eu me sentia completa e prazerosa. Foco em Nicholas que me observa com desejo e sinto minhas bochechas queimarem. Ele também deve estar se lembrando da noite passada.

– Não exagere. – digo em falsa reclamação.

– Não estou. Confesso que me deu um pouco de ciúmes em saber como você era com o seu ex, mas ontem você estava comigo e fui eu que te dei prazer.

Mal contenho minha boca em surpresa e descrença no que ouço.

– Pensa que eu... Eu não era assim com Marlow. – digo sobre seu olhar e resolvo contar uma verdade da minha vida rebelde. – Só tive relação com ele uma vez e nesse dia em que fiquei com Marlow, ele se preocupou com o próprio prazer. Não foi uma experiência muito boa para mim.

– Você era virgem quando ele... – escondo meu rosto com os lençóis fugindo de seus olhos.

– Perguntar sobre isso não é nenhum pouco gentil.

– Não estou a fim de ser gentil agora, Natalie. – diz puxando os lençóis com leveza. – Acho que nunca vou me perdoar por ter ido embora. – sussurra.

– Já passou. Além do mais, ontem, apesar de eu estar no comando, você se preocupou comigo e para mim foi como se fosse à primeira vez.

– Então as coisas que ele diz espalhando por aí...

– Eu te falei para não dar importância.

– Mesmo assim, foi bom eu ter dado uma surra naquele mauricinho. Compensou os dias em que eu não estava aqui. – ele resmunga e sorrio.

Pelas palavras, ainda vejo que se culpa por ter ido embora e por eu ter me envolvido com Marlow. Mas fui eu que me envolvi, eu que escolhi, ele não teve culpa de nada. Muito menos da minha decisão sobre quem tiraria minha virgindade. Trago seu rosto para mim e beijo seus lábios, me demorando um pouco em sua boca. Quando me separo, tenho seus olhos suaves e brilhantes outra vez.

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