Capítulo 31

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Água gelada cai pelo meu corpo.

Está tão fria!

– Acordem logo essa garota! – ouço a voz irritada de Verônica.

Ah, não! Não foi um sonho.

Meu queixo é preso por dedos rígidos que balançam minha cabeça.

– Ela já está acordada. – o homem diz e abro meus olhos aos poucos.

Pela escuridão que está a casa, noto que já anoiteceu. É claro que nenhuma luz seria ligada, talvez Nicholas esteja por aí a minha procura. Passos se apressam pelo chão e uma luz vinda da tela de um celular é posta em minha cara. Me afasto com a claridade.

– Ótimo! – ela diz se distanciando um pouco.

– Que horas são? – indago

– Quase meia noite querida. Seu pai já deve estar na festa improvisada tentando achar sua mãe. Eles não vão nem saber o que aconteceu.

– Por favor, Verônica... – digo temerosa mais sou interrompida.

– Não precisa me agradecer. Fui boazinha em não fazer eles sofrerem.

– Não precisa matar meus pais, eu sinto muito por tudo que te aconteceu.

– Eu também sinto muito pelo meu pai. – sua voz sai debochada.

– Podemos conversar e chegar a outra solução. Uma que não envolva mais pessoas morrerem.

– Não quero outra solução. Essa está de bom tamanho para mim.

– Podemos te dar dinheiro.

– Não quero! – se irrita apoiando-se em minhas pernas. – Eu quero é fazer você sofrer. Vai sentir a minha dor.

– Por favor...

– Chefe? – um homem me interrompe fazendo Verônica voltar a posição normal e olhá-lo.

– Sim?

– Os rapazes já estão posicionados na clareira. – ele avisa causando um sorriso nela.

Franzo cenho sem saber o que está acontecendo. O que ela está planejando agora? A pouca luz do celular me permite ver cinco homens ao nosso redor.

– Maravilha! – diz e volta para mim. – Pronta para falar com seu namoradinho?

Meus olhos aumentam lembrando que Verônica também quer matar Nicholas. Me mexo sentindo meus braços dormentes e tento em vão segurar as lágrimas.

– Eu estou te implorando, Verônica. Por favor, não faz nada com eles.

– Para com isso! Que menina insuportável. – diz irritada enquanto digita no meu celular. – Tampem a boca dela.

Imediatamente um pano cobre minha boca ao mesmo em tempo que ouço pelo viva-voz, meu celular iniciar uma chamada. Logo em seguida ouço a voz preocupada de Nicholas.

– Natalie? Onde você está?

– Desculpe querido, mas Natalie não pode falar no momento, quer deixar recado? – se diverte Verônica rindo.

– Eu vou matar você, Verônica! – a raiva em suas palavras é nítida, mas ela não se abala.

– Eu adoraria esperar por você, mas acho que é Natalie que vai gostar mais da sua presença.

– O que você fez com ela?

– Mmm, nada... Ainda. – rir outra vez.

– O que quer?

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