Capítulo 10

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Visitar meu avô estava a dias na minha lista de coisas para fazer. Eu havia levado a minha caixinha de música em formato de piano para ele consertar. Há essa altura, já estava pronta. Visitar tia Lexie também estaria na lista, mas tive a informação de que ela e a família tinham viajado.

– Não virei para o almoço mãe. – aviso quando a vejo entrar na cozinha.

– E vai comer aonde? Seu pai havia chamado Nicholas para comer conosco.

Escondo minha satisfação por não estar aqui no bendito almoço. Ainda não estava pronta para ver a cara de felicidade dele após uma noite prazerosa com a morena.

– Vou visitar o vovô e passar um tempo com ele.

– Já não era sem tempo! Semana passada ele reclamou para mim que sua neta preferida mal o visitava. – diz e gargalho.

– Eu sou a única neta dele... – comunico fazendo minha mãe rir. – Vovô é dramático demais.

– Eu sei bem disso. Lembro de quando sua tia Lexie saiu de casa, ele sempre reclamou das quantidades de vezes que ela não o visitava isso por que ela só tinha saído de casa há uma semana. Quando ele foi, aproveitou para passar um final de semana e eu aproveitei para ir ver seu pai.

– Então a senhora era bem saidinha! – brinco e ela dar de ombros.

– Não se tem limites na juventude. – diz e sorrio.

– É melhor eu me apressar antes que vovô apareça por aqui. – falo tomando mais um gole da vitamina de banana.

– Tenha cuidado. – pede mamãe e aceno girando em meus pés, dando de cara com papai.

– Mas que pressa é essa? – ele pergunta sorrindo ao beijar o topo da minha testa.

– Vou visitar o vovô e passar um tempo com ele.

– Vai a cavalo? – ouço o tom de voz preocupado e sorrio.

– Claro, pai!

– Tenha cuidado! – exige e aceno saindo pela porta. – Não sei por que vocês insistem em andar num cavalo sem sela.

Escuto a risada de minha mãe e seguro o riso fingindo que não ouvi a reclamação de meu pai. Mamãe sempre me contou o quão receoso ele ficava quando ela montava em Lucky. Sempre protetor!

A casa do meu avô Charles era grande o suficiente para ele e seus consertos. Minha caixinha já estava consertada quando cheguei e devidamente guardada em minha bolsa. Sentada no sofá, eu observava o ir e vir de seus pés pela casa. Com a vida de minha mãe e da tia Lexie encaminhadas, meu avô achou melhor ter um lugarzinho para ele, apesar da idade, ele parecia ser tão jovem quanto eu.

– O que está fazendo? – pergunto intrigante.

– Arrumando algumas coisas. – responde vago e ergo uma sobrancelha.

– Mas por que está fazendo isso se daqui a pouco o senhor bagunçará tudo novamente?

– Conheci alguém.

Provavelmente isso não é algo comum de se ouvir do seu avô, porém fiz o máximo para não parecer tão surpresa.

– Huumm... Vovô Charles está de paquera.

– Ah, pare com isso Natalie... – abana com as mãos me fazendo rir. – É uma de minhas clientes fiés, seu liquidificador havia parado, era só uma peça queimada. – diz e sorrio por ver meu avô nervoso. – Acha que minhas filhas aceitarão?

Ah! Agora entendo seu nervosismo. Meu avô estava com medo das reações das filhas.

– Tenho certeza que mamãe e tia Lexie querem apenas sua felicidade. E se ela vier em forma de uma mulher alegre e gentil, será muito bem-vinda.

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