21 | Eu, infelizmente, não sou o Naruto

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[Mike]

Lucas não perdeu tempo em libertar Andy. Ele focou toda sua energia no punho e socou a tranca da cela onde a garota era mantida. Ele disse algo sobre ouro e sorte, algo do tipo. Por incrível que pareça o truque funcionou e rachou o metal com um estrondo. Lucas chutou a porta, depois de pedir para ela se afastar, lançando a mesma para longe.

– Obrigada – ela disse ainda atônita.

Corey ofereceu a mão para Andy se erguer, na qual aceitou, tremendo.

– Vocês não deviam estar aqui, Matt vai descobrir que estão aqui e acabar com tudo.

– Nós vamos fugir, não vamos te abandonar – falei assegurando. – Temos mais amigas lá fora!

– Eu só vou atrapalhar sua fuga – Andy disse e voltou para a cela. –Se eu ficar, ele talvez esqueça sobre e me deixe ir outra hora. Se eu tentar sair vou morrer! Todos nós vamos. É melhor ficar, não fugir... Não fugir.

Entreolhei os dois, que faziam a mesma cara. A garota estava apavorava, era visível na sua expressão e olhar distante. Ela aprendeu que ficar era a melhor escolha se não quisesse morrer. Por isso ficou mantida aqui esquecida por todo esse tempo.

– Qual seu parente olimpiano, Andy? – Lucas perguntou.

– Sou neta de Vulcano.

Eu não entendia. Como uma parenta de Vulcano não usara o talento para bolar alguma coisa e ir embora?

Examinei as paredes do abrigo: as bombas também estavam aqui. Será que ela não tinha nada por aqui? Será que desistiu?

– Eu não consegui sair. Ele me deixou presa no escuro e sem escolha. Não tenho poderes fortes como fogo, ou uma mente brilhante. Meu pouco poder herdado não vale quase nada – Andrômeda caiu no desespero e escondeu o rosto nas mãos, tremendo.

Corey se aproximou.

– Não vamos te deixar aqui. Você é especial com ou sem poderes. Ninguém vai ficar pra trás, eu prometo.

Mas Andy não deu ouvido. Ela apenas continuou a afundar mais e mais.

Lancei um olhar para eles: o que fazemos? Se ela ficar vai realmente ser deixada para a morte. Eu não ia aguentar saber que uma pessoa morreu e não pude fazer nada a respeito. Era impossível não sentir os sentimentos de Andy, devido aos meus sentidos, ela estava abatida e apavorada demais para raciocinar depois de todo esse tempo exilada.

Ela não vai ficar.

– Corey – falei com olhar perigoso. Ele entendeu o recado.

É errado forçar alguém a algo, mas era pelo seu próprio bem.

Andy – ele disse e a menina ergueu o rosto para ele. Eu e Lucas observamos de longe. – Você vai embora com a gente, nós vamos ficar bem e estamos a salvo. Você está segura.

Até eu me senti um pouco mais confiante mesmo sem ter certeza se estávamos realmente a salvo aqui. Só queria ir embora de uma vez, sair daqui a segurança.

Andrômeda afirmou com a cabeça e se levantou, segurando a mão de Corey com cuidado.

Depois que tudo estava resolvido, saímos em busca das meninas. Estava quase na hora do encontro.

E estava um caos.

Fizemos o caminho de volta até o salão. A cada passo podia ouvir o som de gritos, socos e cortes, principalmente os gritos. Acelerei indo na frente dos outros esperando encontrar todas bem. Eu estava ali por elas, não podia ir embora.

A NOVA HERDEIRA ↳ PJOOnde histórias criam vida. Descubra agora