Sara?

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  Laurel estava de volta na mesma praia, com a mesma roupa, mas o tempo estava nublado. Havia muitos trovões, o mar estava revoltado. Laurel sentia a  forte brisa marítima bater em seu rosto. Estava anoitecendo mas ainda havia a luz fraca do sol se pondo no horizonte do mar. Os pés na areia gelada, a blusa branca dançando com os ventos, e os cabelos loiros sendo conduzidos com a forte brisa. Laurel estava em momento de transe, não conseguia de mover, estava imóvel.
Até que ela avista o corpo de um homem ao longe. Ela caminha lentamente até que ela reconhece a roupa de Oliver. Desesperadamente, ela corre com toda a sua força. O ar dos seus pulmões se aquecem, causando um forte calor por todo o seu corpo. Laurel torcia para que aquele homem não fosse Oliver, não poderia ser.
Laurel se aproxima do corpo, mas não era Oliver, Era, um rosto conhecido, era Quentin, seu pai.
- PAIII! PELO AMOR DE DEUS LEVANTA!
Seu choro compulsivo e sua adrenalina estavam à mil. Quentin estava com o rosto e os lábios roxos. Sua pele fria, sem nenhuma pulsação.
- PAI NÃO ME DEIXE SOZINHA, EU PRECISO DE VOCÊ, ACORDEEE.
Às lágrimas desciam correndo o rosto rosado de Laurel, suas mãos estavam trêmulas, até que ela ouve uma voz familiar
- Você realmente destrói tudo o que tem!
Num impulso, Laurel se levanta da areia, e olha para atrás.
- Sara?
Sua irmã Sara Lance, estava em pé, com o seu traje da Canário Branco. Um sobretudo branco, Luvas com abertura para os dedos, um cinto com vários equipamentos táticos e suas botas de couro até os joelhos. E nas suas mãos, uma bastão comprido de aço.
- Você é o anjo da morte! todos os que te amam morrem. Por sua causa!
- Como isso é por minha causa?
- Você o colocou nessa! quando quis tomar o meu lugar, você o colocou nessa roubada.
- Não! eu não fiz isso!
- Fez sim! Você é uma assassina.
- PARE! PARE!!!
Com suas mãos na cabeça, Laurel chorava até soluçar. Sentia que os pensamentos a iriam matá-la.
- Olha para mim enquanto falo com você!
Sara acerta o rosto de Laurel com o bastão de aço. O rosto de Laurel sofre um corte na testa, e o sangue começa a descer.
- Quem é você? O que quer de mim?
- Eu sou o seu verdadeiro Eu!
- O que?
Com o seu instinto aguçado, Laurel percebe que sua irmã, ou o que seja aquilo, iria lhe acertar novamente, mas ela se levanta e escapa do golpe. Sara vem com toda a fúria para cima de Laurel. Laurel joga o seu corpo para a direita e desvia do bastão. Laurel se agacha e passa para a esquerda. Sara dá uma banda em Laurel, fazendo a cair na areia. O bastão vem para o rosto de Laurel, mas ela desvia e ele acerta a areia fazendo um furo. Nesse momento, Laurel apoia seu braço no chão, e acerta o corpo de Sara, mais especificamente nos braços. Com o impacto ela é lançada para trás, porém ela apoia uma de suas pernas na areia, e joga o seu corpo em direção ao de Laurel. Sara dá uma cambalhota no ar e consegue agarrar Laurel pela roupa e a derruba no chão. Às duas rolam na areia e o embate corpo a corpo com socos começa. Sara por um momento soca o rosto de sua irmã repetidas vezes, mas Laurel enquanto apanhava, avista de longe, Oliver, que está parado com um olhar de decepção. E como se tudo ficasse em câmera lenta. Oliver abre a sua boca e diz:
- Esperava que você fosse forte, mas pelo visto eu decepcionei.
Aquilo foi o suficiente para Laurel se irar, e levantar do chão com a fúria de um exército. Ela agarra Sara pelo pescoço, e a derruba para o lado, chutando-a no rosto.
Laurel cospe o sangue de sua boca no chão, e com todo ódio, fala:
- Você não é a minha irmã, você não é a Sara, então eu não tenho problemas em te machucar, ou até mesmo te matar.
Laurel num impasse chuta areia nos olhos de Sara. Com ela atordoada, Laurel desarma Sara e pega o bastão da mão dela.
- Agora você vai ver com quem se meteu sua bruxa.
- Vai pro inferno passarinho.
Laurel parte para cima de Sara, que desvia do golpe, mas é acertada na barriga por um soco.
- Parece que você não é tão forte assi...
Com um golpe, Laurel acerta Sara no rosto com o bastão. Laurel sem pestanejar, acerta repetidas vezes na barriga, nas costas e no rosto de Sara.
Em um momento da briga, Laurel deixa Sara de Joelhos e a enforca, com o bastão.
- Você não teria coragem! Você é fraca!
- Então assista vadia!
Sem hesitar, Laurel quebra o pescoço de Sara, que cai de bruços ao lado do corpo de Quentin.

Laurel ao se dar conta do que fez, solta o bastão na areia, e entra em pânico. Suas mãos trêmulas encostam no corpo ainda quente de Sara. Ela começa a gritar sem parar. No vasto silêncio, o seus gritos de desesperado preenchem cada laguna de som.
- O Que você fez?
- Oliver?
- Achei que fosse forte, que não precisasse matar ninguém.
- AQUELA NÃO ERA A SARA OLIVER, NÃO ERA REAL
- Então eu posso fazer isso!
- o que?
Oliver crava uma flecha verde no abdômen de Laurel.

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