The prisoners

Capítulo 19

            Eu amo essa música, espero que gostem, beijinhos.

    Hercúles

              Alguns anos atrás ...

   - Como você tá mãe?- Pergunto fazendo um carinho em sua cabeça careca.

  - Estou bem querido, esses remédios estão me ajudando muito, lembro do médico dizendo que era caro esse tratamento, como ta conseguindo o dinheiro? - Ela me perguntou.

- Uns amigos estão me ajudando, não se preocupe.

- Que alívio, pensei que estivesse mexendo com drogas, preferia morrer do que acontecer alguma coisa desse tipo.

- Claro mãe, eu nunca faria algo assim.

Eu nunca faria algo assim se minha mãe estive saudável, mas não é o caso, ela foi diagnosticada a um ano com câncer no cérebro, tem um tratamento novo que custa 10 mil reais por mês, eu com meu serviço de entregador nunca conseguiria pagar, então tive que fazer coisas que não queria.

  Mas não durou muito.

- Eu quero o dinheiro hercúles.- Disse cobra, um traficante da região em que eu moro.

- Eu vou conseguir, só preciso de tempo, eu fui roubado no caminho, por favor me de dois dias.

- Você tem 24 horas.

Então ele entrou no seu carro e foi embora. Eu não tinha outra escolha a não ser pegar o dinheiro e a mercadoria que tinha sido roubado, e só conseguiria isso matando algumas pessoas.

Eu sabia quem tinha me roubado, só conhecia uma pessoa que tinha uma tatuagem com um dragão verde fumando Maconha na mão, meu primo.

Estou a meia hora escondido atrás de uma moita esperando meu primo chegar em casa. Então uma caminhonete  se aproximou da casa, o mesmo carro e os mesmos caras que me roubaram ontem, vejo se está tudo certo com minha arma e caminho na direção do meu primo e seu amigo.

- Cara a gente vai fazer muita grana com essas drogas.- Disse Juan que era amigo do meu primo a muito tempo.

-Eu acho que não.- Eu falo apontando a arma pra eles.- Passa essa bolça pra cá, agora.

- Qual é irmão, não vai matar o próprio primo né.- Ele disse rindo.

- Não tenho escolha você sabe disso.- Eu falo.

- Qual é, aquela mulher já está morta mesmo, você só está atrasando o inevitável, então você vai abaixar essa arma se não...

  Juan sacou uma arma, mas eu fui mais rápido e atirei nele, meu primo então pega arma que caiu no chão e aponta pra mim.

- Não acredito que fez isso seu filho da Puta, vou matar você por isso.

  - Já chega de mortes por hoje primo,eu quero a bolça.

Ele se abaixa pra pegar a bolça,mas ele quis dar um de esperto, não funcionou e agora os dois estão mortos.

Saio correndo daquela merda de lugar e vou pra onde o traficante mandou eu entregar a mercadoria.

- Aqui está a mercadoria que me foi roubada, agora me da o dinheiro. - Falo pro homem, que está armado até os dentes.

- Você atrasou a entrega, perdeu o dinheiro, e já tinha acabado o seu tempo, você deveria ir pra casa.

O jeito que ele me olhou só confirmou o que tinha acontecido, minha mãe estava morta na cama, com um bilhete em suas mãos.

          " O seu tempo acabou "

                  

                         Arya

-  Eu não tive escolha.- Eu disse olhando para dois pares de olhos que me olhavam com muita raiva.

- Ai meus deus, você não vai matá-los né? -  Charlotte pergunta.

-  Não, o que você pensa que eu sou?- Pergunto. -  Olha,vai ser o seguinte, eu vou tirar essas fitas da boca de vocês,mas vão ficar calados, pelo menos até eu terminar de falar.

Então eu tiro as fitas.

- Eu vou arrancar seus olhos garota .- Diz Yandra.

- Meu deus, encontramos sua Irmã gémea Arya. Meu nome é Charlotte, eu estou a um tempo nessa droga de ilha e solteira caso te interesse gracinha .- Ela diz piscado para o Eloy.

- Olha você linda pra caramba, mas eu sou gay .- Ele diz dando de ombros.

- Ok, já chega vocês dois, eu não faço a menor ideia de quem vocês eram, ou o que já fizeram , o que importa é o aqui e agora, não sabemos o que tudo isso significa, e pelo jeito vocês também não, temos duas escolhas:  brigamos até todos  nós morrerem , ou nós ajudámos, juntos somos mais fortes, não é isso que falam?

Então eu pego  uma faca e solto Eloy e depois Yandra, eles se levantam e ficam massageando as mãos no lugar em que as cordas estavam.

Abro a mochila e pego duas armas e coloco nas mãos deles.

-  A decisão está em suas mãos, literalmente. Então o que vão escolher? - Eu pergunto.