Capítulo 9

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Kora

Fico um bom tempo parada na proa do navio, apenas encarando a água, que deve está congelando. Já anoiteceu, devem ser 7 da noite, eu acho, ou 8. Olho por alguns estantes pra trás, sinto alguém se aproximando, mas ainda continuo sozinha na área da piscina, estreito os olhos na direção dos corredores. Quando volto a olhar para frente tomo um susto com um pessoa parada ao meu lado. Quase vou parar dentro da piscina, mas as mãos do rapaz me segura, me puxando para cima de novo, vou de encontro ao seu peito. Uma das suas mãos pousa na minha cintura, eu estou encarando seu peitora e uma camisa branca simples, e até um pouco transparente por está apertada nele.

- Desculpa! Não era minha intenção assusta-la. - ele diz com uma voz grave.

Eu olho para o rosto do rapaz e levo outro susto que percebo que é o funcionário do navio, o tal Kevin, que Selene estava acusando de ser vampiro e ter matado uma menina. Por algum motivo fico incomodada e com medo de está sozinha com ele. Mas tenho que confessa que ele é muito gato, cabelo curto estilo militar, da cor cobre e olhos azuis clarinhos, está sorrindo, um sorriso muito fofo. Balaço a cabeça e me afasto virando o rosto.

- Tudo bem. - respondo. - Preciso ir.

Começo a andar, mas sua mão segura meu pulso me impedindo. Meu coração gela.

- Espera! - diz soltando meu pulso. - Não agradeci por ter livrada minha barra com o capitão.

Eu fico confusa.

- Eu sei que não fiz nada, mas ele estava preste acreditar na sua amiga se você confirmasse algo. - ele explica. - Podia me ferrar mesmo que não tivessem prova. Mas algo que você fez, fez com que ela mudasse de ideia. Eu agradeço imensamente.

Fico sem reação.

- Tudo bem! Não foi nada. - consigo dizer depois de alguns segundos. - Não precisa agradecer a mim, só queria tirar minha amiga daquela cabine. Nada além disso. Fim de papo.

Seu sorriso fica mais forçado.

- Então estava mentindo lá em cima? - pergunta estreitando os olhos, ainda com seu sorriso forçado.

- Não, eu disse a verdade. - respondo incomodada com ele perto de mim e como me olha. - Não vi corpo nenhum. E mesmo que tivesse visto não sairia culpando você sem saber, como ela fez.

Ele me dá as costas se apoiando na grade e olhando o horizonte.

- Seria errado acusar uma pessoa inocente. - ele murmura e me encara de novo. - Não é?

- Exato. Concordo. - digo me distanciando. - Eu preciso mesmo ir.

- É claro que precisa. - ele vira o corpo inteiro para mim e o sorriso volta aos labios. - Está morrendo de medo de mim. Tudo bem. Não a culpo. Deve temer mesmo.

A Cidade de Sânge: O Colégio Lunar [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora