Capítulo 26

19 6 0
                                    

Eva

Hoje começa mais um ano letivo no Colégio Lunar. Minha avó me disse que teremos três alunas novas conosco, e mais uma vez me encontro feliz com isso, pois soube por ela, que as três não são daqui da Romênia, e sim da América do Norte, além de serem humanas comuns, como a maioria na escola, nem todos os alunos em Lunar fazem parte de algum clã seja dos vampiros ou da tribo de lobos. Mas essa maioria são meio reclusas, mesmo que não acreditem nas lendas 100%, alguns de nós somos tratados de forma diferentes por eles. Não os culpo por isso.

Eu não tenho amigos em Sânge mais ou menos por isso, aqueles que não são como eu, uma vampira, me acham estranha e tem um pouco se medo por uma razão longe até da compreensão deles também, não fazem por mal, mas as lendas e histórias de Sânge os faz ficarem longe de mim e dos outros como eu, e aqueles que são iguais a mim, me acham uma esquisita e traidora por ser da família Lunar e ter uma mãe humana, a diferentona, por eu não ser uma pura que nem os demais, que são vampiros por ambas as partes dos pais. Nem mesmo as irmãs Ardelean falam comigo, pois acham que a culpa do pai delas estar morto, foi por ter confiado em minha avó Eda, que os levou ao fundo do poço. Então meio que ser da família Lunar não foi algo bom para mim tanto assim. Apenas duas pessoas falam comigo na escola, Queen Yoiw, que é neta da Sra. Yoiw, dona da livraria local e Malaia Demetris, a única dos Pură que me considera digna de sua atenção, ela sempre foi gentil comigo antes mesmo de ir trabalhar na biblioteca da escola, onde eu a ajudo de vez em quando. Mas as duas não são mesmo minhas amigas, acho que elas sentem pena de mim, não vejo isso acontecer com minha avó, ela é respeitada por todos, até mesmo por Tobias Petran, mas os filhos dele me odeiam. Porém eu vivo com isso conformada, não tenho para onde fugir, mas talvez quem sabe, essas novas meninas possam ser minhas amigas, nunca é tarde para continuar tentando. Elas não sabem das lendas da cidade, então não tem o que temer. E eu não contarei nada também, pois somos proibidos de fazer isso, se um humano descobre sozinho o que somos de verdade ele precisa ser executado, há poucas exceções nesses casos assim que não são mortos, mas na aldeia mesmo existe duas famílias que sabem o que somos, porém nunca contaram a ninguém, os Moscovis e os Keayna.

Eu acordo pela manhã cheia de energia e euforia. Tomo banho rápido, colo minha melhor roupa e dou um belo sorriso para meu reflexo no espelho. Saltito pela casa até chegar na cozinha cheirando a pão de queijo fresquinho, encontro minha mãe atrás do fogão os preparando. Ela abre um sorriso para mim e me convida a me sentar na mesa para come-los.

- Bom dia! - meu pai entra na cozinha inspirando o cheiro dela. - Que cheiro maravilhoso, Diana.

Ele vai até ela para depositar um beijo em sua bochecha. Eles são o casal mais apaixonado do mundo. Minha mãe e meu pai se conheceram fora da aldeia, meu pai havia indo estudar em uma cidade afastada, e na faculdade a conheceu. Papai temeu no começo em conta-la o que ele é, um vampiro, então deixou que ela descobrisse sozinha, deixando migalhas. Quando ela descobriu que estava apaixonada por uma criatura que devia ser mitológica entrou em um momento de negação, mas logo percebeu que aquilo era real, mas nem por isso seu amor por ele diminuiu. Ela aceitou vim morar em Sânge com ele, na época os lideres dos clãs acharam que ela devia ser morta ou transformada, mas meu pai se recusou a transforma-la, então os lideres decretaram a morte dela, porém minha mãe mostrou a eles que ela era digna de confiança, então a deixaram viva. Por pouco não nasci. Mas não terem a matado não significou muita coisa, pois minha mãe sofreu muito ao lado da família Lunar, que um dia já foi maior. Os irmãos de meu pai, tio Diego sua mulher e 5 filhos, tia Wendy e o marido, tia Ana e tio Marcos, fugiram de Sânge durante a época da seca e nunca mais deram notícias. O marido da vovó, Klaus e seus 2 irmãos morreram durante a punição dada por Tibery. Ou seja, agora restaram apenas vovó, meus pais e eu da família Lunar, que um dia foi uma das família mais respeitadas e a maior das famílias antigas da aldeia.

A Cidade de Sânge: O Colégio Lunar [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora