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OI FAMÍLIA

SOU EU DE NOVO

BORA?

Changkyun tentou se apressar para sair da república antes de todos no primeiro dia de aula

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Changkyun tentou se apressar para sair da república antes de todos no primeiro dia de aula.

Não deu muita atenção ao café da manhã e sorriu cordialmente para os colegas apenas para evitar perguntas, mas sua intenção de voltar a ser o inquilino despercebido foi por água abaixo quando ouviu a voz rouca escandalosa de Minhyuk. Ele parecia especialmente animado pra uma segunda-feira, engolido pelo casaco escuro e a primeira coisa que fez quando alcançou Changkyun foi ajeitar a gola de sua blusa antes de voltarem a caminhar.

— Você pretendia chegar sozinho? – Minhyuk perguntou.

— Você é da mesma classe que eu?

— Não.

— Então eu vou chegar sozinho de qualquer forma.

— Você é meio grosso, sabia?

Changkyun sorriu levemente e balançou a cabeça. Apertou a alça da bolsa e bagunçou os cabelos antes de pedir desculpas.

— Os prédios estão divididos – Minhyuk agarrou seu braço – No lado direito fica o edifício de exatas, no meio o de biológicas e nós vamos pro lado esquerdo, que é o de humanas. Cada um tem uma secretaria de coordenação e um refeitório, mas a gente costuma se encontrar no de biológicas.

— Alguém estuda biológicas entre vocês?

— Não, foi por isso que escolhemos. Além de ser o meio do caminho, não damos preferencia pra ninguém.

Changkyun assentiu lentamente, compreendendo a lógica e sorriu outra vez.

— O seu bloco fica perto do meu? – perguntou.

— Sim – Minhyuk parecia feliz com a pergunta – No mesmo, você fica uns andares abaixo do meu. A bagunça de vocês de comunicação é menor do que a nossa de artes, mas acharam que seria inteligente colocar todo mundo por perto.

— Não sei se concordo.

— Ninguém concorda. Isso não importa. Eu vou poder pelo menos te acompanhar até o seu andar como um bom veterano.

— Você só chegou há seis meses, pelo que eu sei.

— E você chegou ontem. Me respeita.

A conversa durou o resto do caminho enquanto Changkyun ouvia um pouco sobre algumas outras repúblicas mesmo sem conseguir gravar as informações de verdade. Por incrível que pudesse parecer, se despedirem no elevador foi um pouco assustador.

Por mais estranho que Minhyuk fosse, Changkyun sentiu falta de sua presença tão extravagante quando começou a andar pelo corredor porque aquela natureza tagarela parecia deixar as coisas mais fáceis. Era estranho pensar desse jeito porque Changkyun estava acostumado àquele tipo de situação. Entretanto, deixar o colega sorridente e seguir sozinho foi como ser jogado numa jaula de leões sem aviso.

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