Segredo

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OIE

BORA?

Apenas Kihyun estava na cozinha durante a noite

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Apenas Kihyun estava na cozinha durante a noite. Todos os moradores da república já haviam voltado de sua curta viagem de feriado, mas estavam cansados para saírem de seus quartos. Shownu vendo alguma coisa no celular, Wonho e Hyungwon não saíram desde a hora do almoço e Jooheon só havia chegado pela tarde e se entocado no quartinho, querendo adiantar coisas para as aulas que voltariam no dia seguinte.

Kihyun, no entanto, não ia deixar a casa sem comida.

Achou que ficaria em paz e silêncio, até que Minhyuk surgiu se arrastando, sentando-se à bancada e apoiando sua cabeça sobre o mármore.

— Cansado?

— Destruído.

— Por que? Achei que ficasse recarregado quando ia pra casa.

— E fico – apoiou o queixo em uma das mãos – Mas as coisas ainda estão difíceis por aqui.

— O que houve agora?

Kihyun perguntou sem se virar. De todas as pessoas daquela casa, Yoo era a única com quem Minhyuk podia falar livremente sobre aquele assunto, em específico.

— Jooheon me viu sair do quarto do Shownu, Kihyun – disse, sem rodeios – Naquele dia.

Kihyun paralisou no lugar, arregalando os olhos pequenos e abriu a boca sem conseguir dizer nada.

— O que? – a pergunta veio num sussurro.

— Ele acha que eu e ele ficamos naquele dia. Só pra piorar a situação.

— Caralho – Kihyun se sentou à mesa, segurando a mão de Minhyuk – O que vai fazer?

Minhyuk olhou para o Yoo, tristemente.

— Eu disse que não ia falar nada até você se resolver – disse baixinho – Eu não quebro promessas.

Kihyun sentiu-se péssimo ao ouvir aquilo, ao mesmo tempo em que ficou aliviado.

— Quem te disse? Vocês conversaram...

— Não, foi o Changkyun – voltou a deitar a cabeça no mármore – Parece que ele conversou com o Jooheon não tão acidentalmente tocando no meu nome e enfim... Ele acabou dizendo.

— Onde Changkyun está, aliás? Eu não o vi o dia todo.

— No quarto, morrendo – Suspirou.

— O que houve com ele?

— Eu não sei bem porque nem ele sabe muito bem também. Aparentemente foi algo com o Woonie.

— Ah, mas 'tava demorando.

— Pois é. Ele 'tá todo enroladinho no cobertor, já dormiu, já acordou e eu vim aqui ver se tem comida pra gente.

— Eu acabei de fazer.

— Ah, que ótimo – levantou-se ainda se arrastando e indo até o fogão – Eu preciso passar no Jeonghan pra pegar umas coisas que eu deixei lá. Você se importa em dar uma olhada no Changkyun pra mim enquanto eu estiver fora?

— Sem problemas.

Aparentemente, Changkyun tinha sido devidamente adotado.

***

Minhyuk tinha saído há menos de cinco minutos e Changkyun estava pensando em dormir de novo. Já tinha cochilado várias vezes durante o dia, mas ficar remoendo o que havia acontecido estava sugando toda sua energia.

Mesmo que Minhyuk não tivesse sugerido, não teria coragem de sair do quarto e seu estômago gelava só de pensar que, inevitavelmente, no dia seguinte teria que encarar o mundo lá fora. Não fazia a menor ideia de como faria para olhar na cara de Hyungwon ou de Wonho.

Puxou as pernas contra o próprio peito, tentando não pensar mais em nada ou, pelo menos, pensar em qualquer outra coisa, mas se esforçar até pra guiar os pensamentos era cansativo. Já estava com os olhos fechados novamente quando a porta do quarto voltou a se abrir. Chegou a achar que Minhyuk já tinha voltado, mas quando viu os fios cor de rosa, se ajeitou melhor na cama.

— Oi – Kihyun disse baixinho enquanto fechava a porta – Te atrapalhei?

Changkyun negou com a cabeça.

— Precisa de alguma coisa, hyung? – a voz estava ainda mais grave depois de tanto tempo em silêncio.

— Não – o mais velho sentou-se na cama de Minhyuk – Só vim ver como você estava. Passou o dia todo aqui.

— Estou bem.

— Mesmo?

Changkyun mordeu o lábio inferior porque pelo jeito como Kihyun fez aquela pergunta, significava que ele já sabia de alguma coisa.

— Minhyuk hyung é um fofoqueiro – puxou as cobertas até o pescoço, resmungando.

Kihyun sorriu, se ajeitando sobre a cama do amigo e puxou o travesseiro para abraçá-lo.

— Na verdade, ele não é – disse, baixando a cabeça – Acredite em mim.

Changkyun não entendeu porque as feições de Kihyun mudaram de uma hora pra outra. Ele ainda tentava manter o sorriso, mas estava visivelmente abatido.

— Hyung – chamou baixinho – Você quer conversar?

Kihyun olhou para a expressão preocupada do garoto e sorriu levemente. Changkyun era mais novo e era comum que todos ali acabassem criando algum tipo de senso protetor ao seu redor, mas ele não parecia nem um pouco afetado pelo que "idades" poderiam significar. Sabia que ele estava com seus próprios problemas a ponto de nem ao menos querer sair do cômodo, mas estava prontamente se oferecendo como apoio e sabia que não era algo exclusivo para com ele, visto o modo como Minhyuk também vinha se amparando no mais novo.

Changkyun era mesmo um bom garoto.

— É uma história meio longa – respondeu, simplesmente.

Changkyun sorriu, ajeitando-se melhor no lugar.

— Eu já estou começando a me acostumar com isso.

Foi a vez de Kihyun se encolher um pouco e morder o próprio lábio, indeciso. Changkyun tinha um sorriso pequeno em seu rosto, encorajando-o de alguma maneira.

— Promete não contar pra ninguém? – perguntou tão baixinho que mais parecia que a própria pergunta já era um segredo.

— Claro que não conto, hyung – balançou a cabeça, negando rapidamente.

— Tudo bem – suspirou – Acho que preciso mesmo dividir isso com mais alguém antes de explodir.

E, de fato, era sempre uma história longa.

E, de fato, era sempre uma história longa

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E AÍII?

A FOFOCA VEM NO PRÓXIMO, SEGURA

Espero q tenham gostado xuxus

Um beijo e até quinta <3

SEVENTHOnde histórias criam vida. Descubra agora