Quando Changkyun se virou na cama para olhar o relógio na mesa de cabeceira, perguntou-se quem estava fazendo barulho em casa àquela hora.
Era madrugada e ele não devia ter acordado porque custaria para voltar a dormir, mas depois de passar a meia hora seguinte tentando cair no sono, compreendeu que era tarde demais. Ainda enrolou no colchão, movendo-se para lá e para cá, notando que Minhyuk tinha escapado do quarto mais uma vez. Certamente estava com Jooheon e até mesmo cogitou a possibilidade de serem os dois que estavam andando como mamutes pelo corredor.
Fosse ou não, Changkyun agora estava sem sono e o estômago roncou com a fome fora de hora. Levantou-se e se arrastou para fora do quarto, descendo as escadas em silêncio até a cozinha. Abriu a geladeira, procurando algo pra comer, mas até as sobras tinham ido embora no jantar daquele dia já que Kihyun tinha saído e o resto dos meninos precisou se virar.
Estava com metade do corpo dentro da geladeira quando ouviu uma risada conhecida atrás de si.
— Kyunnie – Wonho chamou, risonho – Está tentando achar a entrada pra Nárnia? Devia tentar um armário.
— Estou com fome – resmungou, fechando a porta.
— Quer comer o que?
Era engraçado que aquela pergunta tenha soado tão inocente quando Changkyun já havia achado Hoseok tão sexual. Mas o rostinho curioso do Lee não dava brechas para segundas intenções.
— Algo doce – respondeu.
— Sorvete?
— Ah, sim – deu alguns pulinhos do mesmo lugar – Por favor.
Hoseok riu mais uma vez e estendeu a mão para Changkyun alcançá-la.
— Ponha o casaco. Vamos sair.
Hesitou antes de aceitar a ideia, mas não conseguiria dormir e era melhor dar uma volta de qualquer maneira. Buscou sua jaqueta às pressas e encontrou com Wonho na varanda, saindo em sua missão para encontrar sorvete no meio da madrugada.
Apenas alguns tipos de estabelecimentos estavam abertos àquela hora. No entanto, lojas de conveniência vinte e quatro horas existiam para salvar suas vidas e Hoseok já conhecia muito bem cada uma delas para esses momentos de emergência.
Os dois seguiram silenciosos pelo caminho de paralelepípedos por entre as repúblicas até a loja mais próxima, dando boa noite ao atendente sonolento que estava no caixa.
— Qual sabor? – Wonho perguntou assim que pararam em frente ao freezer.
— Creme.
— E morango.
— Vai levar pra mais alguém?
— Chocolate para o Wonnie – sorriu e pegou os três potes.
Seguiram alegremente até demais para o caixa e pagaram pela compra antes de voltarem pra casa. Wonho entrou apenas para guardar o sorvete de Hyungwon, mas tanto ele quanto o mais novo voltaram para a varanda, sentando-se na poltrona que havia lá.
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SEVENTH
FanfictionChangkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era algo novo a essa altura da vida. Dividir a República com mais seis pessoas diferentes parecia loucura, tanto quanto deixar a vida de viagen...