Meu Deus olha a horaaaa
Bora?
Hyungwon esteve deitado na cama durante toda a manhã.
Havia enviado mensagens para Hoseok desde que acordara e era muito atípico que despertasse tão cedo, mas sendo sincero, nem ao menos havia conseguido cair no sono. Precisava ver Wonho. Precisava tocá-lo e ter certeza de que as coisas ainda estavam bem e não conseguiu sair do quarto, pois sabia que se fizesse isso, teria que encarar Changkyun.
Depois da noite anterior, precisava de um tempo; precisava de Hoseok.
Ele chegou no fim da manhã, deixando a mochila grande no canto do quarto e Hyungwon se sentou na cama, observando o sorriso saudoso do outro.
— Eu só vi suas mensagens agora, mas já estava chegando, então achei melhor fazer uma surpresa – aproximou-se da cama e lhe deu um selinho que foi correspondido, mas a seriedade de Hyungwon era evidente – Wonnie, o que foi?
Hoseok segurou a mão do mais novo e se sentou de frente para ele, olhando-o daquele jeito preocupado. Hyungwon mordeu os lábios e suspirou, querendo ir direto ao ponto.
— Eu beijei Changkyun ontem.
Wonho passou os segundos seguintes observando-o sem demonstrar reação. Não era como se fosse incomum que contassem um ao outro quando ficavam com outras pessoas, mas o modo como Hyungwon lhe disse aquilo fez algo gelado se espalhar pelo seu estômago. Forçou-se a sorrir, mesmo assim.
— Eu também – apertou a mão do outro – Eu te disse o que aconteceu no farol.
— Eu sei.
— Foi bom?
Hyungwon mordeu os lábios outra vez e assentiu devagar. Claro que tinha sido bom, muito melhor do que estava esperando e do que deveria ter sido.
— Então... – o mais velho subiu na cama, sentando-se sobre as pernas do outro e passando os braços ao redor de seus ombros – Por que essa carinha?
Hoseok não queria ter tanto medo da resposta, mas teve. Nunca, em todo o tempo que estiveram juntos, Wonho sentiu medo de perder Hyungwon. Inicialmente porque o envolvimento de ambos era resumido em sexo casual e depois disso, porque não parecia haver ninguém para abalar o que tinham construído.
Mas Changkyun...
O único motivo para sua insegurança era porque ele mesmo se sentia balançado pelo mais novo. Ele tinha... Alguma coisa. Não conseguiria jamais esquecer dos braços quentes e protetores ao seu redor e dos lábios sobre os seus, tirando-o do mar furioso do medo. Ele era alguém por quem seu coração facilmente se apaixonaria e, no fundo, sabia que ele seria capaz de alcançar o de Chae também. Por esse motivo, aquela expressão preocupada também o preocupou.
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SEVENTH
FanfictionChangkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era algo novo a essa altura da vida. Dividir a República com mais seis pessoas diferentes parecia loucura, tanto quanto deixar a vida de viagen...