ALÔOOO
Cheguei meio tarde, mas bora?
Foi um final de semana atipicamente agitado.
Mesmo que a época não fosse exatamente a melhor – já que ainda tinham muitos projetos a serem entregues e pilhas de artigos e livros para serem lidos –, decidiram dar um tempo e sair durante aquele sábado pra espairecer. A semana havia sido realmente longa em muitos sentidos, e eles mereciam um descanso.
Mas "descanso" tinha significados diferentes para cada um deles. Shownu foi à praia com alguns colegas porque estava sentindo falta de nadar, Jooheon e Minhyuk saíram juntos, Kihyun não explicou muito bem aonde ia – e parecia um tanto inquieto – e sobraram Changkyun, Wonho e Hyungwon em casa. O casal ficou trancado a manhã inteira e Changkyun saiu do seu próprio quarto perto da hora do almoço, só pra comer alguma coisa. No entanto, Hoseok apareceu saltitante na cozinha e lhe deu um sorriso caloroso de bom dia que foi prontamente retribuído.
— Kyunnie – chamou, pegando alguns biscoitos no armário – Não sabia que ia ficar em casa também. Quer subir e ficar com a gente?
— Ah – Changkyun brincou com a barra da camisa – Eu não quero atrapalhar o programa de vocês.
Deu uma risadinha sem graça, mas Wonho balançou a cabeça.
— Nós só estamos vendo uns filmes. Hyungwon acabou de acordar. Vem logo, vou ficar me sentindo mal se você ficar aí sozinho.
Changkyun ainda hesitou, mas Hoseok soltou um muxoxo e segurou seu pulso, puxando-o pela casa até o andar de cima, enquanto resmungava que os dongsaengs de antigamente não desobedeciam seus hyungs. Im sorriu porque ele ficava fofo até quando reclamava e decidiu ceder de uma vez ao pedido do mais velho. Quando entrou no quarto, viu Hyungwon enroladinho sob as cobertas com os cabelos bagunçados e o sorriso nasceu automaticamente em seu rosto.
Ele ainda estava tão bonito.
Hoseok continuou segurando seu pulso até indicar que ele se deitasse sobre as camas de solteiro que estavam juntas pra fazer de conta que era uma cama de casal.
— Olha quem eu achei perdido na cozinha – Wonho sorriu e Hyungwon deu espaço para o garoto se aconchegar.
Wonho colocou o filme novamente e quando foi se deitar junto deles, Changkyun estava pronto para deixar ele ficar ao lado do namorado, mas ao invés disso, Hoseok ficou na outra ponta, cuidadosamente ajeitando a coberta sobre eles.
O mais novo ficou imóvel por vários minutos, tentando prestar atenção na tela da TV pequena conectada ao notebook de Hyungwon, mas estar ali entre os dois o deixou nervoso no início. No entanto, com o passar dos minutos, sua postura foi caindo e a estranheza foi perdendo a força.
Ficaram quietinhos na mesma posição até a perna de Hoseok começar a se mover despretensiosamente. Estava inquieto, na verdade, porque gostava de abraçar quando estava deitadinho assim. Procurou pela mão de Hyungwon por cima do corpo de Changkyun e quando o mais novo não fez nenhuma menção de se mover, descansou sua cabeça pertinho da dele.
Hyungwon começou a fazer um carinho nas costas de sua mão, mas o gesto se estendeu até que os dedos longos acariciassem a barriga de Changkyun também, levemente. E cada movimento, por mais furtivo que fosse, acabavam deixando Im nervoso.
Afinal, aquilo ainda fazia parte das suas tentativas de flerte ou era apenas carinho?
Qualquer dúvida acabou sendo deixada de lado ao passo que o tempo corria porque não houveram palavras de duplo sentido, nem carícias maldosas. E sendo sincero, estava gostando de curtir o cuidado daquele modo tão natural.
Quando o filme acabou, Hoseok se levantou depressa e olhou para Changkyun.
— O que você quer ver agora?
— Eu não sei – deu de ombros – Tanto faz.
— Pensa rápido: Comédia ou Terror?
— Terror.
— Ah – Wonho fez uma careta derrotada, mas Hyungwon começou a rir.
— Anda logo. Põe terror.
— Hyung, se você não gostar...
— Quietinho – Hyungwon cobriu sua boca enquanto ainda ria – Ele precisa seguir as próprias regras.
Changkyun não discutiu mais enquanto Wonho resmungava e colocava o filme, voltando para o lado de Changkyun. Dessa vez, não se reprimiu em abraçar o mais novo pela barriga e segurar a mão de Hyungwon novamente. Chae acabou se aproximando mais também, deixando o corpo se aconhechar ao do mais novo de forma confortável porque sabia que Shin daria algumas crises de susto. De fato, toda vez que os momentos mais tensos aconteciam, o mais velho entre eles escondia o rosto contra o corpo de Changkyun, até que este sorriu e acariciou sua cabeça quando estava chegando no clímax e Hoseok se recusava a olhar pra tela. Como se quisesse ajudar, Hyungwon acariciou o braço de Changkyun e sorriu.
Quando o filme acabou, Changkyun desceu até o primeiro andar e pegou mais coisas pra que eles pudessem comer e beber, voltando ao quarto onde Wonho, finalmente, colocava seu filme de comédia. Pensou se devia sair da posição em que estava – no meio dos dois -, mas quando ambos abriram novamente o espaço para que ele ficasse ali, entre eles, apenas se rendeu e se deitou do mesmo jeitinho.
Aquela parte foi realmente divertida. Hyungwon ria muito fácil e aquilo fazia Hoseok rir também, de um jeito engraçado. No fim os três estavam gargalhando enquanto Chae dava alguns tapinhas em Changkyun. Em algum momento durante o filme, Hyungwon apoiou sua cabeça na de Im e talvez fosse a preguiça daquele dia, ou o cheirinho bom dos cabelos, ou o modo como ele era todo quentinho, mas acabou adormecendo. Wonho não demorou muito a cair no sono também e, por último, ainda que não tivesse notado, Changkyun deixou os olhos se fecharem sendo carregado pelo sono.
Daquele modo, mesmo sem perceber, os corpos dos três se encaixaram sem esforço, trazendo um conforto impossivelmente bom.
Um abrigo sem falhas e sem nenhum vazio.
OLAAAR
Esse cap é todo trabalhado no amor e no fulffy pra passar o fim de semana quentinhos hein
Espero que tenham gostado meus xuxus
Beijinho no coração e até semana que vem <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
SEVENTH
FanfictionChangkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era algo novo a essa altura da vida. Dividir a República com mais seis pessoas diferentes parecia loucura, tanto quanto deixar a vida de viagen...