Capítulo Dez

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Oliver saiu do banho já com uma bermuda branca com detalhes do bolso em dourado. Os filhos estavam na sala, jogando videogame. Ele sabia que seria difícil convencer Bryan a ficar. Desde antes de começar a se arrumar, ele tentava convencer o filho a ficar com Tommy, Lyon e a irmã, mas o menino insistia em ir buscar a mãe. Ele não sabia mais o que dizer, ou fazer, quando viu o horário e disse que conversavam depois que se arrumasse. Estava pensando em um modo de fazer o filho ficar no apartamento. Não queria ter que ligar para a esposa. Suspirou, pegando uma camisa branca de mangas até o cotovelo. Seu celular apitou, sabia que era uma mensagem, o pegou, e leu. Era Tommy, dizendo que já estava no condomínio. Oliver se vira para a porta, e vê ambos os filhos entrando no quarto. Oliver sabia o que o menino queria.

Você disse que a gente ia conversar. – Oliver o viu cruzar os braços.

Eu disse. – Se aproximou. – Bryan, não tem porque você querer ir comigo buscar a sua mãe.

Mas eu quero ir. Por que não posso?

Não é questão de não poder... – Por que ele tinha que ser tão parecido consigo até nas atitudes? – Não vamos demorar lá. Quando eu chegar, ela já vai estar liberada. – Ele desviou os olhos. – São só alguns minutos. – Se abaixou na altura dos filhos. Brooke pegou na mão do irmão. – Eu sei que não gosta de ficar longe dela, não gosta de ficar sozinho..., mas Tommy vai ficar aqui com vocês.

Não é por isso. – Oliver pegou no braço do filho.

Então é por que? – Ele olhou para o pai. – Me diz.

E se alguma coisa acontecer? – Oliver suspirou.

Você não confia em mim? – O menino fechou uma das mãos em punho. – Eu já disse isso para você, mas eu posso dizer de novo... Nada, vai acontecer com sua mãe. Ela vai chegar aqui sã e salva. Eu não vou busca-la sozinha, vou estar com seguranças. – Oliver percebeu que a palavra "seguranças" chamou atenção do filho. – Vai ser melhor você ficar aqui com sua irmã. – Bryan ficou em silêncio por alguns minutos, e Oliver esperou pacientemente pela resposta do filho.

Tudo bem. – Oliver suspirou, mas dessa vez, de alívio.

Ótimo. – Se levantou, e no mesmo momento, a campainha foi ouvida pelos três. – É o Tommy. – Pegou a carteira em cima da cama.

Papai, trás sorvete? – Oliver riu.

Eu trago. – Ela sorriu animada. – Mas você vai ter que comer a salada.

Salada? – Ela fez uma cara de desagrada, junto de um biquinho.

Sim. Seu irmão come, porque você também não pode comer?

É ruim. – Ela cruzou os braços. Oliver começou a caminhar para fora do quarto, e os filhos o seguiram.

É pegar ou largar. – Parou no hall da sala e olhou nos olhos da filha. Ele já tinha deixado os filhos comerem besteira demais. Sua filha não gostava de salada, tinha percebido isso, por isso achou que não seria uma má ideia fazer um acordo. Os dois ganhavam, no fim das contas.

A mamãe não vai deixar você tomar o sorvete. – Bryan se pronunciou, e Oliver sorriu, ao ver que ele parecia querer ajuda-lo.

Tudo bem. – Murmurou, ainda com o biquinho. Oliver sorriu e caminhou até a porta, abrindo-a.

Um ano para abrir uma porta, hein? – Oliver revirou os olhos.

Bom dia, Tommy. – Deixou que ele e o filho entrasse. – E aí, Lyon. – O menino o abraçou quando Oliver o pegou no colo. – Garoto, você está ficando pesado. – O colocou de volta no chão.

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