Capítulo Cinquenta e Seis

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Notas Iniciais

Quem estava com saudades?

Eu estava de monstão, gente, vocês não fazem ideia.

Estava ansiosa para vir postar hoje, mas infelizmente não consegui fazê-lo mais cedo.

Bom, antes de tudo, quero avisá-los que essa linda história está finalizando, estou chorando por isso, porque eu com certeza sentirei falta dessa maravilha, e claro, de seus comentários.

Quero avisar, que junto a essa reta-final emocionante - preparem os lencinhos -, vem também uma nova capa, ainda mais perfeita.


Sem mais...Boa Leitura!





A preocupação estava nos olhos de Oliver; qualquer um podia ver. E quem poderia culpá-lo por isso? Felicity tinha sido encontrada inconsciente, não acordou desde então e já fazia seis horas que ela havia chego ao hospital. Ele se perguntava como ela reagiria quando soubesse daquela notícia. Ele mesmo ficou abalado quando soube, e aquelas horas sabendo que a esposa estava no quarto hospitalar, fora de perigo, foram os suficientes para ele pensar bem, e com calma naquela mudança surreal que aconteceria em sua vida, e em especial, na de sua esposa. Ele pôde pensar bem, e entender a situação, se colocar no lugar da mulher que amava, e na daquele pequeno ser. Ele ou ela não tinha culpa alguma, e mesmo que ele sentisse um ódio enorme pelo maldito, que graças a Deus, já estava no fundo de uma cova, ele não poderia sentir o mesmo por aquela criança.

Quando Amélia, a médica responsável por Felicity, disse que sua mulher estava grávida com pouco mais de doze semanas, ele quase surtou. Ele teve que se segurar para não gritar de ódio, e esmurrar a parede. Ele sentiu algo tão ruim dentro dele, que até mesmo ele se assustou quando percebeu nas coisas que pensava. Por um momento ele odiou aquele bebê. Por um momento, ele desejou que a esposa perdesse a criança, e depois, de algumas horas pensando, ele percebeu o quão cruel estava sendo. Era um ser inocente. Não pediu para estar ali, não pediu pelo pai que tinha, não pediu por nada daquilo. Era injusto pensar de forma tão cruel sobre aquele pequeno ser que crescia no ventre de sua esposa.

Oliver queria muito acreditar que a esposa pensaria como ele. Que ela se colocaria no lugar daquela criança, e que pensaria de forma serena sobre aquela situação. Mas ele sabia que seria impossível. Ele tinha certeza de que ela não conseguiria amar aquela criança, e no momento, já não era possível fazer um aborto; que ele não deixaria ser feito, mesmo que a esposa gritasse e esbravejasse. O tempo de gestação já estava avançado, e nada poderia ser feito. Era até melhor. Assim nada aconteceria aquela criança. Apesar de ainda não conseguir pensar de forma positiva sobre o filho ou filha que sua esposa esperava, ele não queria que nada de mal a acontecesse, porque ele e a esposa seriam os vilões da história se fizessem mal a uma criança que não pediu para ser feita. Por uma criança que poderia ser adotada. Adotada. Era essa a palavra que vinha a cabeça de Oliver. Eles poderiam dar ela a adoção, era o certo a se fazer, afinal, Felicity não conseguiria amar aquela criança, e ele muito menos.

Os amigos, não haviam dito uma palavra sobre aquela notícia. Eles não tinham o direito de se meter, não tinham o direito de dizer o que o casal deveria fazer, por mais que tivessem suas opiniões sobre aquela gravidez indesejada. Eles sabiam qual seria a reação de Felicity e já sentiam o peito se apertar ao imaginar o desespero dela. Roy havia ficado alguns minutos ao lado da irmã, pensando no quanto ela sofreria com aquela notícia. Ele queria estar ao lado dela, dizer o que ela deveria fazer, mas ele sabia que não conseguiria, além disso, o casal deveria decidir o que fazer. Ele não sabia o que pensar sobre aquela criança, que ele tinha que admitir, era inocente, completamente inocente.

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