Capítulo Vinte e Oito

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Fazia anos que Felicity não via aquela casa. A primeira vez que estivera ali, ela tinha 16 anos. Tinha passado um final de semana inteiro, sem ninguém para atrapalhar ela e Oliver. Ela tivera bons momentos ali, diferente da mansão Queen. A casa continuava do mesmo jeito. Quando Robert faleceu, ele deixou aquela casa para o filho mais velho, sabendo que ele tinha um apresso especial por ela. Ela sentia falta dele. Das conversas. Imaginava como ele ficaria, se soubesse dos gêmeos. A casa era de dois andares, e era quase toda de tijolos. Havia uma piscina em frente a ela. Oliver desceu para abrir a Porteirinha de madeira clara. Tudo continuava com a mesma delicadeza e luxo de antes, ela pensou. Oliver estacionou o carro no estacionamento, do lado esquerdo da casa, e então eles desceram.

Oliver pegou as malas, entrando por outra Porteirinha; menor dessa vez. Felicity observava tudo, apesar da hora do dia. Ainda era muito cedo. Seis da manhã. Ela entrou quando ele abriu a porta e viu os porta retratos da família, ela incluída. Ela pegou uma em que Oliver estava atrás dela, abraçando-a pela cintura. Ela não sabia que ele havia guardado as fotografias e que elas ainda continuavam naquela casa. Tinha uma maior, na parede perto da escada. Estavam ela, Oliver, Tommy e Laurel. Os casais se abraçavam, e Felicity e Laurel beijavam as bochechas de seus namorados.

Surpresa por vê-las? – A abraçou por trás.

Eu não achei que tivesse guardado elas, ou que elas continuassem aqui..., decorando a casa.

Eu nunca mais vim aqui. – Ela se virou nos braços dele. – Depois que foi embora, eu não consegui voltar aqui, por isso deixei como antes.

Eu às vezes penso no que eu poderia ter feito de diferente.

Não podemos mudar o futuro, meu amor. O importante é que estamos juntos.

Você está certo. Não vai adiantar ficar pensando nisso mesmo. – Diz, abraçando-o pelos ombros.

Não. Não vai. As escolhas que fizemos lá atrás..., nos trouxeram a esses momentos que estamos tendo agora. Claro que eu gostaria de estar presente quando descobrisse a gravidez, quando os gêmeos nascessem..., depois disso..., mas não aconteceu. E mesmo que isso às vezes me incomode um pouco, eu sei que não posso ficar voltando e voltando nisso, porque nada vai mudar. – Ela concordou.

Essa casa me traz várias lembranças.

E Graças a Deus, todas elas são boas. – Olhou para a foto atrás da esposa. – Lembra-se do dia em que tiramos essa foto?

Meu aniversário. – Sorriu, olhando para a fotografia. – Viemos comemorar aqui. Nós, Tommy, Laurel e Sara.

Sara dizia que não ia vir, porque não queria ficar de vela. – Nós rimos.

Ela reclamou muito quando eu e Laurel a acordamos às 3h da manhã.

E você fez chantagem emocional.


Ah, Sara, sério que não vai estar no dia do meu aniversário?

Ela vai ficar muito magoada. Laurel completa. Sara olhou para os olhos verdes da amiga.

E você diz ser minha melhor amiga.

Chantagista. Laurel riu, mas Felicity fingiu estar triste.

Não é chantagem. Vai estar todos os que eu amo, menos você.

Felicity, nós fazemos uma comemoração só nós mulheres. O que eu vou ficar fazendo lá? Eu vou ficar de vela. Bufou. Candelabro, na verdade.

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