Fazia anos que Felicity não via aquela casa. A primeira vez que estivera ali, ela tinha 16 anos. Tinha passado um final de semana inteiro, sem ninguém para atrapalhar ela e Oliver. Ela tivera bons momentos ali, diferente da mansão Queen. A casa continuava do mesmo jeito. Quando Robert faleceu, ele deixou aquela casa para o filho mais velho, sabendo que ele tinha um apresso especial por ela. Ela sentia falta dele. Das conversas. Imaginava como ele ficaria, se soubesse dos gêmeos. A casa era de dois andares, e era quase toda de tijolos. Havia uma piscina em frente a ela. Oliver desceu para abrir a Porteirinha de madeira clara. Tudo continuava com a mesma delicadeza e luxo de antes, ela pensou. Oliver estacionou o carro no estacionamento, do lado esquerdo da casa, e então eles desceram.
Oliver pegou as malas, entrando por outra Porteirinha; menor dessa vez. Felicity observava tudo, apesar da hora do dia. Ainda era muito cedo. Seis da manhã. Ela entrou quando ele abriu a porta e viu os porta retratos da família, ela incluída. Ela pegou uma em que Oliver estava atrás dela, abraçando-a pela cintura. Ela não sabia que ele havia guardado as fotografias e que elas ainda continuavam naquela casa. Tinha uma maior, na parede perto da escada. Estavam ela, Oliver, Tommy e Laurel. Os casais se abraçavam, e Felicity e Laurel beijavam as bochechas de seus namorados.
Surpresa por vê-las? – A abraçou por trás.
Eu não achei que tivesse guardado elas, ou que elas continuassem aqui..., decorando a casa.
Eu nunca mais vim aqui. – Ela se virou nos braços dele. – Depois que foi embora, eu não consegui voltar aqui, por isso deixei como antes.
Eu às vezes penso no que eu poderia ter feito de diferente.
Não podemos mudar o futuro, meu amor. O importante é que estamos juntos.
Você está certo. Não vai adiantar ficar pensando nisso mesmo. – Diz, abraçando-o pelos ombros.
Não. Não vai. As escolhas que fizemos lá atrás..., nos trouxeram a esses momentos que estamos tendo agora. Claro que eu gostaria de estar presente quando descobrisse a gravidez, quando os gêmeos nascessem..., depois disso..., mas não aconteceu. E mesmo que isso às vezes me incomode um pouco, eu sei que não posso ficar voltando e voltando nisso, porque nada vai mudar. – Ela concordou.
Essa casa me traz várias lembranças.
E Graças a Deus, todas elas são boas. – Olhou para a foto atrás da esposa. – Lembra-se do dia em que tiramos essa foto?
Meu aniversário. – Sorriu, olhando para a fotografia. – Viemos comemorar aqui. Nós, Tommy, Laurel e Sara.
Sara dizia que não ia vir, porque não queria ficar de vela. – Nós rimos.
Ela reclamou muito quando eu e Laurel a acordamos às 3h da manhã.
E você fez chantagem emocional.
Ah, Sara, sério que não vai estar no dia do meu aniversário?
Ela vai ficar muito magoada. — Laurel completa. Sara olhou para os olhos verdes da amiga.
E você diz ser minha melhor amiga.
Chantagista. — Laurel riu, mas Felicity fingiu estar triste.
Não é chantagem. Vai estar todos os que eu amo, menos você.
Felicity, nós fazemos uma comemoração só nós mulheres. O que eu vou ficar fazendo lá? Eu vou ficar de vela. — Bufou. — Candelabro, na verdade.
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Cross Destination
RomanceFelicity Smoak morou em Vegas desde que nasceu. Quando teve a oportunidade de fazer uma boa faculdade, ela foi para Starling e conheceu alguém que transformou sua vida. Ela se apaixonou, foi correspondida, e viveu feliz com o jovem mais cobiçado e...