PSICOPATA NÚMERO 7

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     Skye Sullivan gostava do caos

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Skye Sullivan gostava do caos. Sua mente era um perfeito retrato do que ela pensava definir aquela palavra. Sua cabeça nunca sossegava, sempre imersa em diversas situações, hipóteses e pessoas aleatórias.

Quando tentou se matar pela primeira vez, aos dezesseis anos, seus pais deram um aviso: na próxima, não haveria perdão. E não teve. Na segunda tentativa, falha apenas porque muita gente sempre estava de olho nela, a menina foi mandada para um instituto no qual seu nome seria esquecido. Ninguém a ligaria à sua família e ela não seria motivo de vergonha para ninguém que a conhecesse. Era o lugar perfeito, totalmente manipulável se comprado pelo preço certo. E ali ela ficou por anos.

Quando conheceu melhor suas colegas, acabou se aproximando delas. Não entendia bem nenhuma das personalidades, mas gostava do modo como não era julgada pelas suas escolhas. Ninguém ali ligava para o fato de Skye querer morrer, muito menos viver; era o tipo de indiferença que ela buscou a vida toda.

As coisas mudaram quando o escritor chegou. Ele apareceu querendo uma história para um projeto novo e entrevistou Skye pelo menos três vezes até entender por completo a sua triste e injusta história. Ele disse que a ajudaria, que diria a verdade em seu livro, mas ela negou; queria a emoção, o legado, a alma presa em uma personagem épica e diferente de si.

Skye percebeu tarde demais que o escritor tinha muito mais a ver com as colegas do Instituto do que ela, que estava presa ali. Em pouco tempo, o homem estava envolvido. Ajudou no plano de fuga, escutou suas histórias, desejou a morte de funcionários e pediu para que as sete confiassem nele, porque ele as tiraria dali.

E ele quase tirou.

Infelizmente, o plano de Kiara deu errado. Um erro de Raymond Ernest colocou tudo a perder, e em pouco tempo os sete estavam mortos.

Isso mesmo, sete. Sky permaneceu. Ela fugiu do incêndio e viveu a sua vida normalmente em alguma cidade litorânea da América, sempre pensando neles: nos sete. No modo como a morte do escritor salvou a sua vida e em como, de fato, ela nunca fez parte daquele grupo como ele fazia.

Ah, os sete psicopatas.

Às vezes ela sentia falta deles.

7 Psicopatas (COMPLETA ATÉ DIA 25/11)Onde histórias criam vida. Descubra agora