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Após dois dias que eu havia ido ao castelo, as crianças não apareciam na igreja para as aulas algumas pessoas da cidade não nos recebiam mais

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Após dois dias que eu havia ido ao castelo, as crianças não apareciam na igreja para as aulas algumas pessoas da cidade não nos recebiam mais. Ainda nos restava a parte mais pobre de Turim, que por causa de nossas generosas doações ainda nos recebiam com medo de serem mortos se um guarda visse.

Estava indo para a cidade, quando encontro Gabriel em direção a fazenda.

- Paz Júlia, para onde vai? - pergunta ele ao se aproximar.

- Paz do Senhor Gabriel, vou ao centro ver se encontro um perfume que quero comprar. E você vai nos visitar?

- Infelizmente não. Minha tia está de cama, já mediquei e chamei o médico dela que me disse que ela ainda terá um mês. Não sei porque, como médico tem algo errado nessa doença dela, mas estou indo informar aos meus avós.

- Acha que ela está mentindo?

- Não sei Júlia, talvez ela esteja querendo me obrigar a casar com quem ela quer.

- Gabriel, você não gosta nem um pouco dela? Digo, acha que não poderá viver bem com a princesa da França?

- Ela lhe humilhou por ser evangélica, é esnobe, metida, além de feia. O que acha que me propõe?

-Desculpa Gab, não quero que fique com raiva, mas achei que porque vocês eram da mesma sala de aula, que como você precisa assumir o trono poderia considerar aceitar.

- Eu estou indo hoje com meu avô Júlia, preciso tentar assumir o trono sem ter que casar com Jezabel. Meu coração já escolheu a princesa dele, só estou orando para ver se é de Deus ou não.

Não sei porque, meu coração acelerou na hora que ouvi ele dizer isso.

- Pois então confie em Deus que Ele irá direcionar o que deves fazer com relação ao trono. Se cuida tá?

- Pode deixar, mas Júlia, cuidado por aqui, com a perseguição de minha tia, sei que está fazendo a obra, mas se cuide.

- Sim papai. - disse isso e começamos a rir.

Já no centro eu encontrei com Teresa e Cláudio que evangelizavam:

- Oi menina, como ta lá na fazenda?

- O vô vai viajar com Gabriel, e as meninas estão por lá. Sem a escola estamos um pouco desanimadas. Como foi por aqui na praça?

- Estávamos entregando literatura e os soldados recolheram. Mas fomos fazer umas visitas e fomos recebidos em duas casas, já é alguma coisa.

- Verdade, não podemos desistir.

- Cláudio, se importa de ir com Júlia? É que vi o pastor Manoel passar para a mercearia e ia aproveitar para comprar algo que necessito. - diz Teresa.

- Imagina, não me importo não, só se Júlia se importar.

- Será um prazer, vou só na botica e já voltamos.

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